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Coluna

Carlos Patrocinio
Publicada em 02/06/2023 às 16h52

Drops juninos...

A sequência “maldita”...

Na coluna passada, logo após o empate em casa contra o Goiás, trouxe a dura(lá ele!) sequência de jogos que o Bahia teria pela frente. Pois escrevo essa sequência após os dois primeiros desafios e antes do início de junho:

  • 28/05 - 0X1 Internacional (fora) – DERROTA;
  • 31/05 -1X1 (4X3) Santos (casa) – EMPATE (com triunfo nos pênaltis);
  • 03/06 - Fortaleza (fora) –;
  • 10/06 - Cruzeiro (casa) – ainda que seja em casa, o Cruzeiro vem bem depois da chegada do técnico português deles;
  • 21/06 - Palmeiras (casa) – não tem muito o que falar;
  • 24/06 - Fluminense (fora) – apesar da oscilação recente do Fluminense, é inegável a dificuldade de encarar, no Maracanã, o time que, até pouco tempo, vinha jogando o futebol mais vistoso da temporada; e

Dá pra ver que será um mês de junho com 04 jogos grandes, bem complicados. O lado, ao menos em tese, positivo é que, entre cada confronto haverá tempo de recuperação e trabalho, com uma viagem curta para Fortaleza, dois jogos seguidos em casa, finalizando com uma viagem que também não é longa para o Rio de Janeiro.

Ou seja, neste caso, como tem sido comum nas coletivas de Renato Paiva, ele não poderá usar como argumento o desgaste, a sequência de jogos e a falta de tempo para trabalhar com o grupo. Inclusive, está aí a escolha do nosso CT para ilustrar essa sequência.

Até poderia incluir um outro desafio bastante complicado nessa sequência, que é o jogo contra o Grêmio, em casa, no dia 01/07. Mas ele vai ser assunto para o mês que vem.

Até lá, é torcer e acompanhar como o Bahia se sai. Um grande amigo cravou que não visualizava o Bahia fazendo mais do que 5 pontos. Já perdemos do Inter e o jogo contra o Santos não conta pontos. Olha que, agora, olhando os 4 jogos que temos pela frente, começo a achar que esses 5 pontos já seriam uma previsão bastante otimista. É torcer para o Bahia queimar minha língua (por cautela, lá ele).

 

Bahia x Inter: mais do mesmo, parte 1...

Mais um jogo que foi um suco deste Bahia: defesa exposta no primeiro tempo, mesmo com uma linha de 5, tomando bola nas costas (vale um lá ele...), correndo riscos, numa etapa que poderia ser 2x0 ou 0x2. Acabou, por incompetência de lado a lado, 0x0.

No segundo tempo, mais um suco de Bahia: tomando seu golzinho de lei, numa bola cruzada, mesmo com 03 zagueiros, seguido por uma sequência de gols perdidos e finalizando com mais um gol sofrido no apagar das luzes.

Um ponto de alerta é que o Bahia conseguiu tomar 2 gols do pior ataque da competição até então. Afinal, o Internacional era um time que tinha feito 5 gols até ali. Contra o convidativo Esporte Clube Bahia, conseguiu aumentar sua produtividade ofensiva em quase 50%.

Ranzinzisse (existe essa palavra?) e ranço com a fase defensiva do Bahia à parte, até dá pra dizer que o Bahia fez um jogo com alguns aspectos positivos, criando chances que poderiam trazer o triunfo. Mas, com essa fase defensiva, é muito complicado trazer resultados positivos, porque a impressão é que, mesmo quando o jogo está 0x0, que estamos atrás do placar.

Paiva, após o jogo, afirmou que o Bahia teria sido “melhor”. Vejo de forma diferente. Vi um primeiro tempo equilibrado, com chances para os dois lados. E, após o Internacional chegar ao gol, o que vi foi o que vemos em praticamente todos os jogos de Brasileirão: um time fechado em busca de uma bola para matar o jogo, contando com a incapacidade do adversário de definir suas chances. Foi o que ocorreu.

O que quero dizer é que essa “superioridade” vista por Paiva me parece como circunstância do jogo, como risco calculado do adversário. O que concluo desse jogo é que, com essa incapacidade defensiva, mesmo contra um time pressionado, com ataque frágil, correremos sérios apuros no campeonato, se isso não melhorar.

 

O Bahia e as chances desperdiçadas...

Não é publi, já que nem blogueirinho eu sou, mas curto bastante o Sofascore. Gosto de ver os mapas de calor, alguns dados estatísticos, enfim, curto muito o conteúdo deles.

Uma das estatísticas legais que eles reúnem é a de “Grandes chances perdidas”, listando as equipes. Segundo este ranking, até o dia 02/06, o Bahia figura na 4ª posição, que, na verdade, é a 3ª posição, empatado com Atletico e America Mineiro:

  • Flamengo – 15 grandes chances perdidas
  • Red Bull – 13
  • Atletico Mineiro, Bahia e América Mineiro – 11.

Outra estatística que espelha bem o que é o Bahia é a de “Jogos sem sofrer gols”, na qual figuramos na 14ª posição, empatados com Corinthians e Cuiaba, totalizando apenas 1 partida nesta condição. Abaixo, apenas Vasco, América, Goiás e Coritiba, que sofreram gols em todos os jogos. Não por acaso, estes 4 times ocupam a zona de rebaixamento da competição até aqui, justamente com Bahia, Cuiabá e Corinthians logo acima.

Estas estatísticas explicam bem o jogo do Bahia contra o Internacional, por exemplo: um time que perde muitas chances e sempre (ou quase sempre) sofre gols.

O aspecto positivo aí, e o que pode trazer algum alento para uma evolução no campeonato, é que uma melhora no índice de conclusão de chances pode melhorar a pontuação da equipe, evidenciando uma margem para melhora.

A questão é que, até lá, caso a fase defensiva não evolua, o time estará sempre se vendo obrigado a marcar 2 ou mais gols para começar a trazer pontos, colocando uma grande pressão no grupo.

 

Bahia x Santos: mais do mesmo, parte 2...

Talvez alguns entendam que chamar a atuação do Bahia neste jogo de mais do mesmo seja um pouco de exagero, talvez outros não. Até consigo concordar um pouco com quem entenda exagerado, mas, mesmo com a classificação, contra uma equipe que vem apresentando irregularidade ofensiva, o Bahia conseguiu ser vazado. Pior: numa bola áerea, quando o time tinha em campo 3 zagueiros de boa estatura.

O fato é que, pra mim, mais uma vez o Bahia foi aquele time que perde chances e não consegue transmitir uma segurança defensiva. É verdade que o Santos não foi capaz de criar grandes chances, ainda que ache que isso seja mais uma ineficiência dos santistas, do que um grande mérito defensivo do tricolor.

Mas, quem sabe, talvez eu esteja errado e a montagem do time com Rezende e Acevedo na cabeça de área traga mais segurança, como, inclusive, já disse lá atrás (a cautela manda eu largar um lá ele aqui também.

De qualquer sorte, a classificação veio. E, pelo menos por aqui, já começou a torcida pra que os Deuses e Orixás coloquem a bolinha (lá elezinho) do América Mineiro do nosso caminho.

Outra torcida é para que as lesões de Biel e Jacaré não sejam sérias, porque o primeiro é nossa principal arma ofensiva e o segundo seria substituído por Cicinho, e nós não merecemos isso.

 

Cauly, Biel e Ademir juntos: é possível?

 

Uma ooisa que me inquieta é o pouco tempo que esses 03 jogadores estiveram em campo juntos. Talvez sejam os jogadores com mais recursos técnicos do elenco, mas passam quase tempo nenhum juntos no campo de jogo e isso é algo que me preocupa.

Claro que futebol não é vídeo game, no qual a gente escolhe os caras com maior rating e tenta enfiar (lá ele mesmo!) no time de qualquer jeito em qualquer posição. E nem é isso que quero propor aqui.

Contra o Fortaleza, por exemplo, caso Biel tenha condições de jogo, penso que é a formação ideal, inclusive. Neste caso específico, com Ademir aberto pela direita, Cauly pelo centro, como um falso 9, e Biel aberto pela esquerda, com os pontas fazendo as diagonais na fase ofensiva, abrindo espaço para os alas, e recompondo na fase defensiva, com Cauly mais solto.

Nesta formação, manteria a dupla Rezende e Acevedo e, caso Jacaré não possa atuar, escalaria Thaciano na ala direita, como já jogou algumas vezes no Grêmio (tudo para não ter Cicinho).

Acredito que Paiva fará isso? Não. Mas não acho que seria loucura montar um time assim contra o Fortaleza, lá dentro.

@c_patrocinio

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