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Coluna

Caio Vasconcelos
Publicada em 15/10/2018 às 17h05

Minha Análise - Bahia 2 x 0 Paraná

Meus Amigos,

 

Num Pituaço lotado, como há muito tempo não se via no antigo caldeirão tricolor, o Bahia fez uma partida afobada, mas conseguiu triunfar sobre a frágil equipe do Paraná.

Com alguns sustos no início da partida, muito pelo desespero de abrir o placar, o time tricolor buscava o gol de forma bastante agressiva, mas ineficaz.

Com um primeiro tempo ruim de Elber e Zé Rafael, que não conseguiam dar continuidade às jogadas iniciadas pelos volantes, além da ineficiência dos laterais em acertar cruzamentos, apenas o garoto Ramires levou perigo ao time paranaense. Sua movimentação, com toques de primeira e velocidade, confundia a marcação. Além disso, quase deixou o dele numa linda cabeçada que tirou tinta da trave. 

Gilberto, muito isolado, pouco produziu. Na melhor chance por ele criada, arriscou de fora da área, sem direção. De bom no primeiro tempo deve-se destacar a linda jogada de Flávio e Ramires. Toques de primeira, em velocidade, que permitiram ao camisa 18 cruzar para Zé Rafael. O narigudo bom de bola pegou de primeira, mas a bola tirou tinta da trave. Fim da primeira parte e 0x0 no placar.

No segundo tempo, o Bahia voltou com outra postura. Mais calmo, entregando menos a bola ao adversário, o Esquadrão de Aço começou a trabalhar a bola pelos lados, na esperança de encaixar um drible/cruzamento que resultasse na abertura do placar.

Entretanto, apesar da melhora na construção das jogadas, a bola insistia em não entrar. Ou por erros de finalização, tanto na cabeçada como no chute, ambos mal executados por Zé Rafael, ou porque forçava a jogada por dentro, quando o time paranista fechava o espaço. Apesar do amplo domínio, o Paraná ainda assustou num lance que o seu atacante ficou livre dentro da área mas isolou, aliviando os corações tricolores.

A mudança que fez o time tricolor conquistar mais um triunfo no Brasileiro veio somente com a entrada de Vinícius no lugar de Bruno. O lateral tricolor não conseguia dar sequência às jogadas ofensivas criadas por Élber, não se apresentava como uma opção pelo lado do campo, talvez por cansaço. Com isso, Flávio foi deslocado para a lateral direita, Ramires passou a ser o 2º homem de meio-campo e Vinícius passou a ficar mais próximo de Gilberto. Para completar, Edigar Junio entrou no lugar de Zé Rafael, exausto, e passou a povoar a ponta esquerda. O Bahia foi para um 4-2-4, praticamente, como nos velhos tempos, encurralando o Paraná.

Numa linda jogada de Élber, que limpou 4 adversários e foi derrubado na risca da área, Vinícius abriu o placar. Uma cobrança de falta com a mão do dançarino, com muita categoria, sem chances para o goleiro encerador do Paraná. Bahia 1-0 e alívio nas arquibancadas do Pituaço. 

Logo depois, numa jogada de Léo pela esquerda, que chutou torto, a bola sobrou para o iluminado Vinícius completar de primeira. Bahia 2-0 e festa nas arquibancadas até o apito final. 

 A nota triste deste jogo foi a desorganização para o acesso ao metrô, após o término da partida. Uma passarela superlotada, com a estrutura balançando, roubos e desesepero quase ocasionaram uma tragédia sem precendentes na capital baiana. Poderíamos ter o risco de desabar aquela estrutura metálica imensa, com 2 mil pessoas aproximadamente, por causa de uma falta de controle da organização do evento, com PM, Estado e Metrô envolvidos. Sabia-se que teríamos casa cheia e nada foi feito para coibir o acúmulo de pessoas na entrada da passarela, nem o controle para entrar nela. Graças a Deus e à Nossa Senhora Tricolina que nada de mais grave aconteceu. O torcedor que ficou pulando na passarela para ver se ia cair, deve ter a consciência que o futebol, apesar de apaixonante e único, não pode ser comparado ao risco de perder a vida de pessoas.

 

Douglas - Muito seguro, se afirma cada vez mais como uma das melhores contratações da temporada. Salvou o time em 3 oportunidades.

Bruno - Nulo em praticamente todo o confronto. Apesar de não comprometer defensivamente, foi nulo no ataque. 

Grolli - Um pouco inseguro, vacilou em alguns lances que levaram perigo ao gol tricolor.

LF - Partida simples mas eficiente. Ficou perdido somente em um lance no primeiro tempo, que teve que sair para matar a jogada mas não encontrou o atacante paranista.

Léo - Um lutador. Apesar das deficiências nos cruzamentos, não deixou de se entregar em campo, de aparecer para tentar as jogadas ofensivas. 

Gregore - Um dos melhores em campo. Eficiente, dono da meiuca tricolor, conquista a cada dia mais fãs. Tem a cara do time e da torcida. Será ídolo aqui se tiver cabeça.

Flávio - Combinou bem com Gregore, fazendo um bom revezamento defensivo/ofensivo. Ainda carece de ajustes na marcação, mas compensa com a voluntariedade e bom passe. Arriscou um belo chute de longe na segunda etapa, algo que o time pouco fez durante o ano. Talvez essa característica deve ser mais explorada. 

Ramires - O melhor em campo. Joga muito fácil, sempre com poucos toques. Dá muita opção de passe, movimentação e ainda tem visão de jogo. Realmente uma grata surpresa e deve ser titular pela próxima década no clube.

Élber - Destoou do time no primeiro tempo, quando quis resolver sozinho quase todos os lances. Na segunda etapa, mais participativo, foi decisivo no primeiro gol. Tem evoluido bastante e merece os aplausos do torcedor.

ZR10 - Lutador, mas totalmente fora de sintonia com o restante do time. Algo o está incomodando, pois claramente joga em outra rotação. Faz jogadas interessantes, arrisca chutes e cabeçadas, mas cai em demasia, pede faltas em excesso, prende demais a bola. Enderson Moreira precisa descobrir o que passa pela cabeça do camisa 10 tricolor e explorar o que ele tem de melhor.

Gilberto - Sacrificado pela falta de inspiração dos 2 armadores no primeiro tempo, ficou bastante isolado. Na segunda parte saiu mais da área e buscou tabelar com os outros jogadores. Foi melhor. 

Nilton - Entrou para segurar o jogo e não comprometeu. 

Edigar Junio - Entrou e não comprometeu. Forçou mais as jogadas pelo lado esquerdo, fechando quase como um 2º centroavante. Participou do lance do 2. gol.

Vinícius - Entrou e foi decisivo no confronto. Chamou a responsabilidade, numa bela cobrança de falta e depois esteve na área para ampliar o placar. Sempre cobrei dele ser um meia atacante que entrasse na área e fizesse gols. Merece os elogios. Além disso, está visivelmente mais magro, o que demonstra comprometimento.

EM - Está de parabéns pela montagem do time e pelas mudanças efetuadas. Além disso, com o que tem nas mãos vai conseguindo rodar o elenco e obter resultados interessantes. Faltam 15 jogos para acabar o ano (9 do Brasileiro + 6 da Sula - se Deus quiser) e temos condições de ter um Natal maravilhoso esse ano.  

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