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Coluna

Djalma Gomes
Publicada em 10/09/2022 às 15h15

Um cético São Tomé pecador

Não tenho como negar, estou apreensivo quanto a esse imbróglio que está à vista de todos: O Bahia-SAF se tornará uma realidade como City? Os especialistas da imprensa falada, televisada e escrita dizem que sim. Mas este simples “cara pálida”, por acaso colunista, passou a ter dúvidas. Daqui em diante assumirei a identidade de um cético São Tomé pecador. Preciso ver o City assumir, para crer. Tomara que o Presidente do Bahia não apareça a qualquer momento falando bombasticamente sobre um desfecho decepcionante para a torcida do Tricolor, ou seja, sem Bahia City... 

Comecei a pensar num fracasso de nível “trágico” quando Bellintani declarou, ao ser perguntado, se seu mandato se encerraria após o Bahia se tornar uma SAF. Sem vacilo algum ele respondeu; “pretendo cumprir meu mandato até o final”. Em seguida ele deu uma aliviada falando que nada sobre isto foi comentado e nem discutido com o possível comprador; “mesmo porque o negócio nem foi fechado ainda” - disse.  

Ora, a essa altura do tempo, que já passa de 01 ano em negociação com o comprador, e nada efetivamente de real se sabe, alguma lógica aponta que o negócio não está indo bem e pode até não ser fechado. São apenas probabilidades aventadas por este colunista, mas onde essas estão, tudo pode acontecer. São muitas especulações, num montante tal que confunde qualquer mortal e as almas também. O problema é que nenhuma dessas especulações se torna realidade e as previsões feitas por jornalistas de credibilidade não são materializadas e até deixam esses profissionais em estado de constrangimento. 

A ansiedade da torcida e da imprensa é tão grande, que tudo que ocorre a partir de uma simples informação vinda do contexto Bahia/City, se torna manchete nos canais dos youtubers. Entendo eles, precisam criar conteúdo, e tudo que gera alguma correlação nesse processo do Bahia com o City Group, deve sim, ser explorado. 

Mas vamos lá; sejamos otimistas com a possibilidade de o Bahia se tornar uma SAF de capital multinacional. Entretanto; acontecendo; o torcedor precisa estar com os pés bem firmes no chão para não ficar na ilusão de que o Bahia, sendo de fato e de direito pertencente a um grupo multinacional, se transforme numa super estrutura futebolística capaz de mudar o Tricolor da água para o vinho. Pasmem; nem o Manchester City ainda está nesse patamar de grandeza. 

Pep Guardiola, disse recentemente que o Manchester City precisará de uma década para se comparar aos gigantes europeus, como Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique e Juventus. O treinador entende que por melhor nível que alcance, o City ainda ficará abaixo dos demais em termos de conquistas e história no futebol. “City é um grande time, mas comparado com Real, Bayern, Barcelona e Juventus... é muito complicado. Isso levará tempo, uma década”. Disse Guardiola em entrevista ao jornal catalão “L’ Esportiu”.  

É claro que em caso de uma transformação estrutural no Bahia, por parte do City, as coisas não irão chegar, resguardando às devidas proporções com a Europa, no mesmo nível de tamanho do Internacional, Grêmio, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG, São Paulo, etc., sequer em médio prazo. Competir tecnicamente para estar entre os 6 primeiros, pode ser a médio prazo.   

Enfim, tudo isso a partir do momento em que a SAF seja uma realidade, anunciada oficialmente. Enquanto isto não acontece, arrefeço meu estado anímico, reforço minha esperança e sigo dialogando com a minha dúvida. Mas achar, por exemplo, que pelo fato do staff técnico do Bolívar, que faz parte do City Football Group, ter sido convocado pelo staff do Manchester City para uma reciclagem técnica e filosófica na Europa, já me possibilita fazer quaisquer correlações com o Bahia, não. Não faz nenhum sentido. 

Melhor seguir curtindo o atual Bahia de Enderson Moreira e seu time de medrosos, que tem dificuldades para ganhar dentro de casa, e pânico em alto teor quando joga fora da Fonte Nova. Porém, em um paradoxo incrível, o time se mantém sempre no G4 e dificilmente deixará de ascender à séria A. É o futebol, onde nem sempre prevalece a lógica. Tomara que no próximo dia 12, segunda feira, contra o Sport, não prevaleça a lógica.  

É no que meus olhos veem que preciso acreditar. No Bahia City vou acreditar quando ver. 

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