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Bahia acusa Flamengo de interromper diálogo com clubes e diz: “futebol não tem um dono”

Notícia
Brasileiro
Publicada em 4 de outubro de 2025 às 11:00 por Victor de Freitas
Clubes da LIBRA se juntam para questionar ações do Flamengo sobre divisão de receitas
escudo bahia
Foto: Divulgação

Em um posicionamento contundente divulgado ao público, o Bahia SAF, um dos membros da LIBRA, emitiu uma nota oficial para responder às alegações feitas pelo Flamengo. A nota rechaça afirmações de desequilíbrio, questiona a postura do clube carioca e reforça a importância da coletividade entre clubes.

Bahia garante que Flamengo interrompeu diálogo e prejudicou clubes

O Bahia acusa o Flamengo de interromper o diálogo por meio de uma liminar sem urgência, que bloqueou o fluxo de caixa dos demais clubes da Libra.

Segundo o clube, isso contraria o espírito associativo e mostra uma tentativa unilateral de pressionar financeiramente os demais participante.

É falso afirmar que o Flamengo deseja o diálogo. Quem interrompeu o diálogo foi o Flamengo, com medida liminar sem urgência, obstruindo o fluxo de caixa dos demais clubes da Libra, com o objetivo de pressioná-los economicamente, e sem que estes sequer tenham sido ouvidos no processo. Ato que contradiz o espírito associativo e é o exato oposto do diálogo. A LIBRA representa a vontade coletiva de seus membros em construir uma futura liga robusta e sustentável para o futebol brasileiro na busca por soluções que beneficiem a todos e não só ao Flamengo”, afirma o Bahia.

Estatuto da Libra e distribuição de receitas

O Esquadrão argumenta que o estatuto da Libra, aprovado por unanimidade pelos próprios clubes participantes, já estabelece critérios para distribuição de receitas de audiência — o que contraria a alegação de omissão feita pelo Flamengo.

A nota enfatiza que o clube rubro-negro foi o único a propor mudança para usar número de cadastro como métrica de audiência, algo que não consta no estatuto e foi rejeitado pelos demais clubes.

É falso que o Estatuto da LiBRA seja omisso sobre os critérios de distribuição de receitas de audiência. A regra de distribuição da receita negociada coletivamente pela LIBRA está descrita no Estatuto. Foi aprovada em Assembléia Geral. Por unanimidade. Inclusive pelo próprio Flamengo. E sem ressalvas. Portanto, também é falso que o Clube não tenha concordado com a forma de determinação de audiência descrita no Estatuto da LIBRA”, indica o Bahia.

A nota publicada pelo Tricolor também contesta a legitimidade do Flamengo sobre aceitar decisões tomadas em conjunto.

Cadastro não é audiência, e é falso que o Flamengo queira respeitar a decisão dos demais clubes. Insatisfeito com o critério de audiência previsto no Estatuto da LIBRA, o Flamengo propôs que a métrica fosse alterada pelo número de cadastro de torcedores. Cadastro não é audiência, e não se enquadra e nem é mencionado no critério previsto no Estatuto. A proposta de alteração do cálculo de audiência para cadastro que o Flamengo defende pública e judicialmente foi levada à votação em Assembleia Geral da LIBRA e foi rejeitada pelos demais oito clubes da Série A integrantes da LIBRA. Considerando que foi apenas o próprio Flamengo quem votou favoravelmente e buscou via judicial para reverter a decisão colegiada, é falso que o clube não busca uma “virada de mesa” pela via judicial”.

Bahia acusa Flamengo de estratégia midiática e desinformação

Já um trecho forte da nota questiona por que o Flamengo escolheu levar a disputa ao ambiente público, em vez de resolver as divergências no âmbito técnico da Libra. O Bahia acusa o clube de usar declarações distorcidas à imprensa para gerar apoio narrativo, apelando à “realidade paralela” e “visão solitária”.

“O Flamengo demonstra que há outros objetivos em seus movimentos. Questionar os fatos e distorcê-los para conseguir apoio midiático com base na desinformação é querer viver uma realidade paralela, de imposição econômica, sem qualquer fundamento coletivo. Uma visão antiquada e solitária”, acrescenta o Bahia.

Por fim, o Esquadrão finaliza sua nota afirmando que não existe um dono no futebol brasileiro.

O futebol brasileiro não tem um dono. Tem milhões. Tem 212 milhões de donos”.

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