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Grupo City encerra operações em clube asiático; entenda os motivos

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Publicada em 26 de dezembro de 2025 às 11:45 por Victor de Freitas
CFG desiste de atuar na Índia em razão da falta de instabilidade e institucional e econômica da liga
bahia entre clubes do grupo city
Foto: Divulgação / EC Bahia





O Grupo City confirmou o encerramento de sua participação majoritária no Mumbai City FC, da Índia. O conglomerado, que detinha 65% das ações do clube desde 2019, alienou sua fatia para os proprietários fundadores, o ator Ranbir Kapoor e o empresário Bimal Parekh, que agora assumem o controle total da organização.

A decisão ocorre após um período de grande sucesso esportivo sob a gestão árabe. Em cinco anos, o Mumbai City conquistou quatro títulos nacionais importantes, incluindo dois títulos da fase regular (League Winners’ Shields) e duas Copas da ISL (play-offs).

Apesar do êxito em campo, fatores externos e estruturais do futebol indiano foram determinantes para a saída estratégica da holding, que não vê expectativa de de crescimento esportivo da Liga Indiana, tampouco retorno financeiro através do clube.

É o primeiro clube que o Grupo City deixa de operar desde que assumiu o controle em toda a trajetória da rede multiclubes.

mumbai city
Mumbai havia passado por mudança em logo há dois anos (Foto: Divulgação)

Leia mais: “Lá na frente, quem sabe”: Talisca cogita retorno ao Bahia apenas no futuro

Os motivos por trás da saída do Grupo City de clube indiano

O comunicado oficial destaca que a saída foi motivada por uma “revisão comercial abrangente” e pela “incerteza contínua em torno do futuro da Indian Super League (ISL)”.

O futebol indiano atravessa um momento de instabilidade institucional, com impasses na governança entre a federação e os clubes, além de dificuldades financeiras da própria entidade máxima do país (AIFF).

Outros pontos que influenciaram a decisão incluem:

  • Falta de calendário estável: A incerteza sobre a continuidade e o formato da liga dificultava o planejamento a longo prazo, pilar fundamental do modelo do City;
  • Impasse comercial: A ausência de garantias sobre acordos comerciais e direitos de transmissão tornou o investimento insustentável para os padrões da holding;
  • Disciplina estratégica: O CFG optou por redirecionar seus esforços e recursos para mercados onde possa ter maior impacto e estabilidade institucional.

O Bahia precisa se preocupar?

Para o torcedor do Bahia, a notícia pode gerar questionamentos, mas o cenário no Esquadrão é oposto ao vivido na Índia.

Diferente do projeto em Mumbai, o Tricolor de Aço é tratado internamente e por contrato como o segundo maior projeto do Grupo City no mundo, atrás apenas do Manchester City.

Leia também: “Bahia é o 2º maior projeto do Grupo City, está em contrato”, afirma Bellintani

Enquanto o Mumbai sofria com a instabilidade da liga local, o futebol brasileiro oferece uma estrutura consolidada de Série A e um mercado de direitos de transmissão em crescimento. Além disso, o compromisso do CFG com o Bahia está blindado por garantias orçamentárias que superam os investimentos feitos em clubes como Girona e New York City, independentemente da participação desses times em torneios internacionais.

Atualmente, o Bahia vive seu momento de maior expansão estrutural:

  • Orçamento garantido: O contrato prevê que o Esquadrão tenha o segundo maior orçamento da rede global.
  • Novo CT: Foi anunciado um investimento de R$ 300 milhões para a construção do novo centro de treinamento em Camaçari, o CFA Bahia, com previsão de entrega para 2028.
  • Retroalimentação econômica: O acaba de realizar a venda do jovem Tiago, revelado na base, e fez suas três maiores vendas em 2025.

Portanto, a saída do Mumbai City reflete uma correção de rota em um mercado instável e não sinaliza qualquer desinvestimento no Brasil. Ao contrário, ao encerrar operações em centros menos rentáveis, o Grupo City tende a concentrar ainda mais foco em seus projetos prioritários, onde o Bahia ocupa um dos lugares mais altos da lista.

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