O ano era 1989, O muro de Berlim ainda estava de pé. Ayrton Senna ainda colhia os louros do seu primeiro mundial de Fórmula-1, José Sarney era o presidente do país, Waldir Pires era o governador do Estado e Fernando José era o prefeito da Capital há menos de dois meses. Salvador ainda estava voltando à normalidade após cinco dias usando mortalha e agitando sua mamãe sacode colorindo o Campo Grande, avenida Sete e Carlos Gomes.
Há mais de 3 mil quilômetros dali, um pequeno grupo de atletas entrava em campo para promover a primeira micareta de Porto Alegre. Ronaldo, João Marcelo, Paulo Rodrigues, Tarantini, Paulo Robson e Claudir, Marquinhos, Bobô, Charles e Zé Carlos e Gil. Esse é o time que pode ser visto abaixo.
Eles são os responsáveis diretos por mostrar ao Brasil pela segunda vez que ao Bahia não basta ser o melhor do nordeste. O clube que nasceu para vencer veio ao mundo para bater de frente com as maiores potências do futebol brasileiro. Se em 1986 o time ficou no quase ao cair diante do Guarani na quartas de final, a base mantida foi reforçada por jovens da base e outros jogadores experientes e comprometidos com o Tricolor.
O resultado dessa combinação de talento, determinação e respeito à camisa foi visto em campo: mantendo a regularidade nos dois turnos classificatórios, o Bahia avançou às quartas de final quando eliminou o Sport. Nas semifinais, teve pela frente o Fluminense em uma Fonte Nova lotada por mais de 110 mil tricolores e por fim o Internacional na grande final.
Triunfo tricolor em casa por 2 a 1 e empate sem gols no Beira Rio. Estava decretado o retorno do carnaval às ruas não só de Salvador mas de toda a Bahia. O Bahia conquistava seu segundo título nacional, dentro de campo, sem tapetão ou coisa similar e marcava definitivamente seu nome no panteão dos grandes clubes do Brasil.
Parabéns aos guerreiros que em 19 de fevereiro de 1989 deram um presente à Bahia!
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