Após um 2019 cheio de esperanças, temporada atual do Bahia decepciona

O Bahia fechou o ano de 2019 com a esperança de que a evolução do time seria persistente. O time fechou o Campeonato Brasileiro em 11º lugar, com apenas 3 pontos de diferença entre o Tricolor e o último time da parte de cima da tabela, o Goiás. Ao mesmo tempo, o elenco apresentava um futebol aguerrido por conta de suas limitações, mas que ainda dava gosto de ver tão-somente pela dedicação em manter bons resultados como as vitórias sobre Vasco da Gama e Grêmio fora de casa durante o Brasileirão.

Infelizmente, em 2020 tudo se tornou mais difícil. Além da saída de jogadores-chave como o atacante Artur, que retornou ao Palmeiras após o fim de seu empréstimo, e o lateral-esquerdo Moisés, que foi emprestado para o Internacional, o calendário com vários jogos em um curto espaço de tempo não dava descanso a um elenco que já não contava com tantas peças de confiança.

Hoje o Bahia sofre das consequências destes problemas, algo que se reflete nas casas de apostas como a Betfair. Os fãs que fazem apostas de futebol e acompanham o movimento dos mercados percebem que o Tricolor se encontra quase que cronicamente visto como um “azarão” nos confrontos do Brasileirão nas casas que oferecem odds para jogos do torneio. É uma situação que acaba refletindo o estado atual do time dentro do campo e bola, com resultados adversos que acabam se tornando uma “bola de neve” de baixa confiança, e placares nada favoráveis para o time de Salvador.

Não se pode argumentar que a diretoria do Bahia não tentou corrigir a situação do jeito que podiam. A diretoria que apresenta em algumas situações uma capacidade muito melhor que suas contrapartes de identificar problemas dentro e fora do campo, e resolve-los com boas ações, assim o fez inicialmente depositando o máximo de confiança no trabalho de Roger Machado, que havia feito afinal um bom trabalho no ano passado com o elenco baiano.

Infelizmente, o técnico se encontrava em uma situação cuja saída tornava-se cada vez mais difícil a partir de cada resultado negativo acumulado no campo na Série A. Mesmo que o time durante a fase de campeonatos regionais tenha tido resultados louváveis, como a reconquista do campeonato estadual sobre o Atlético de Alagoinhas e o vice-campeonato na Copa do Nordeste contra o Ceará, essas performances não se traduziram no nível nacional.

E contra um Flamengo ainda cambaleante após a saída de Jorge Jesus e a tentativa do novo técnico flamenguista, Domènec Torrent, de achar um encaixe para o rubro-negro, o Bahia tinha a sua frente a chance de virar a chave. Entretanto, o que se viu foi o Bahia aceitando uma derrota de 5 a 3 que poderia ser bem pior não fosse o gol de Daniel já no fim da partida.

Era a hora de dizer adeus a Roger. Em seu lugar entra Mano Menezes, conhecido por seu futebol com foco muito mais defensivo, e que poderia ser a solução para as mazelas explicitadas pelo Bahia principalmente neste seu jogo fatídico contra o Flamengo.

Mas até aqui, as adversidades continuam. Desde a chegada do novo comandante até o dia 14 de outubro, o Bahia teve apenas uma vitória sobre 3 a 0 contra o Vasco, e seis derrotas em sete partidas no Campeonato Brasileiro. Pelo menos, exceto pela derrota por 3 a 2 contra o Corinthians, os reveses tem sido de fato mais “magros” do que aqueles que eram lugar-comum durante os tempos de Roger.

Entretanto, é uma situação insustentável para o Bahia que se vê cada vez mais próximo da zona de rebaixamento, que este ano é ocupada por três times ao invés dos costumeiros quatro clubes que vão para a Série B todo fim de temporada. Não se pode contar com os adversários sendo piores que o Tricolor para que uma eventual fuga do rebaixamento aconteça. Ao invés disso, é hora de Mano começar a entregar resultados o quanto antes.