Assim como em 2020, o Campeonato Brasileiro será iniciado em 2021 sem a presença de público nos estádios, em razão dos altos índices da pandemia de Covid-19 no país. A CBF, maior responsável pelo futebol no Brasil possui uma projeção para a volta da torcida às arquibancadas.
O planejamento da CBF indica a possibilidade de retorno dos torcedores aos estádios no mês de setembro, quando a competição já estará no segundo turno.
No entanto, existem inúmeros critérios, condições e necessidades que deverão ser atendidas para que seja possível e seguro liberar a entrada de torcida nos locais de jogos oficiais.
Presidente nacional da Comissão de Médicos do Futebol da CBF, o doutor Jorge Pagura concedeu entrevista ao Redação SporTV e comentou sobre o assunto, explicando a dificuldade de cravar uma data.
Ele não descarta a chance de retorno do público a partir de setembro, mas ressalta que tudo depende do panorama da pandemia.
“Sei que todo mundo está ansioso por isso, mas em saúde e medicina você não pode entrar na ansiedade nem do paciente, nem da situação. Tem que ter critério. A gente ainda está um pouco longe (do panorama ideal). Quando a gente fala em setembro… Toda vez que você fala em pandemia e crava uma data, você erra. É como uma série, um episódio por dia. Recebemos atualizações todo dia
Outra dificuldade será o critério de isonomia entre clubes de cidades diferentes. Afinal, o público só será liberado quando todas as cidades com estádios nas competições deem o aval para abertura dos portões.
“Por exemplo, aqui em São Paulo poderia jogar com público, aí o Corinthians, o São Paulo ou o Palmeiras recebem o Atlético-MG ou o Flamengo. Aí você chega em Minas Gerais ou no Rio de Janeiro, (os mandantes) não podem utilizá-lo. (…) Quando você fala em volta do futebol, você tem um controle rígido daquele clube. Com público, as variáveis são imensas”.
Existe pressão por retorno do público aos estádios?
“Tenho a impressão que, do ponto de vista do governo, não (sofremos). Acredito que quem sofre mais essa pressão sejam muito mais o presidente (Rogério Caboclo), o diretor de competições (Manoel Flores). A gente trabalha com uma autonomia bastante grande. Tem havido um respeito enorme às colocações da comissão médica”.
O médico também fala em aproveitar e aprender com a experiência de outros países, ressaltando que haverá público na final da Champions League, na Olimpíada de Tóquio e provavelmente na Eurocopa.
“Nós vamos ter possibilidade de avaliar uma série de dados. A final da Liga dos Campeões, Jogos Olímpicos. Você também aprende muito com a experiência dos outros. Pretendemos utilizá-las e aplicá-las aqui.
Público nas finais dos estaduais seria inviável em qualquer local
“Para mim, sim (era delírio). Não posso interferir nos estaduais. Embora respeite, cada um tem seus dados e parâmetros, por nós na CBF não passaria mesmo”.
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