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CBF promete decisão democrática sobre paralisação, mas diz: ‘não é tão fácil’

Notícia
Brasileiro
Publicada em 14 de maio de 2024 às 10:13 por Victor de Freitas
Ednaldo Rodrigues descarta 'proteção contra rebaixamento' a clubes gaúchos e fala em dificuldades que serão geradas por paralisação
Ednaldo Rodrigues CBF
Foto: Rodrigo Ferreira / CBF

A maioria dos clubes da Série A já tem uma posição definida sobre a necessidade de paralisar a competição de forma imediata, após o envio do ofício por parte dos 11 clubes que compõem a Liga Forte União.

Além dos clubes que já se manifestaram com o ofício por meio da LFU, Grêmio e Atlético-MG também são outros declaradamente favoráveis à pausa na competição.

Pelo lado da CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues afirma que aguarda para ouvir o posicionamento de todos os 20 clubes da primeira divisão antes de tomar uma decisão e mostrará as dificuldades que poderão ser causadas.

No entanto, ele afirma que a decisão será tomada respeitando o desejo dos clubes e não só o que a CBF pensa.

“Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário (aos clubes) porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes”, afirmou Ednaldo, em entrevista ao ge.globo.

O mandatário da Confederação Brasileira de Futebol argumenta que parar as competições resultaria também na paralisação da economia que é gerada através do futebol.

“Quando a gente constrói uma competição, a gente reúne o Conselho Técnico e ali se decide início, término, quem ascende e quem rebaixa. A CBF tem a prerrogativa de fazer o adiamento (de jogos). Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol. E aí é interessante que a CBF não tenha uma decisão monocrática, mas sim democrática. Nós sempre temos feito assim”.

Sobre uma possível ‘proteção contra rebaixamento’, Ednaldo descarta a possibilidade.

“Essa teoria eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece a leis e princípios. E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer ‘não vai ser rebaixado’ se puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade”.

Uma Reunião do Conselho Técnico da Série A foi marcada para o dia 27 de maio para abordar sobre a possível paralisação.

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