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Ex-dirigente diz que política da CBF interfere arbitragem no Brasil

Notícia
Brasileiro
Publicada em 21 de junho de 2022 às 11:41 por Victor de Freitas

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A arbitragem do futebol brasileiro costuma ser marcada por reclamações de todos os lados. Se um lado está satisfeito, geralmente o outro lado terá críticas a fazer. Nesse meio, a Comissão de Arbitragem da CBF é quem tem o papel de fazer mediação entre as reclamações e as punições contra os árbitros do país.

Porém, segundo o ex-dirigente da CBF, Manoel Serapião Filho, tem havido mais interferências políticas do que deveria.

Ele faz críticas ao início de trabalho de Wilson Seneme no comando da Comissão de Arbitragem da CBF.

“Sobeja a impressão de que Wilson Seneme, ao lado de ainda não haver feito o que dele mais e imediatamente se esperava: traçar diretrizes filosóficas para a arbitragem; dar apoio e segurança aos árbitros, de modo a lhes fortalecer para adotarem as urgentes e profiláticas medidas que o futebol brasileiro está a exigir, em especial no campo disciplinar; estabelecer urgentes diretrizes técnicas para as atuações dos árbitros, especialmente do VAR etc. etc. etc. ainda não foram reveladas”.

De acordo com a opinião de Serapião, as ações tomadas pelo comandante da arbitragem do país devem ter como ordens do ex-presidente da FBF e atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

“Todavia, em lugar de agir como esperado, ou seja, de dar uma ”nova cara” para a arbitragem brasileira, Seneme adotou duas posturas políticas inaceitáveis, seguindo, quiçá, ordens desregradas do atual Presidente da CBF – Sr. Ednaldo Rodrigues – como, aliás, é traço da personalidade do indigitado dirigente, cuja fama segue aguçada na Bahia, por força de atuação do Ministério Público Estadual, cujos processos, inclusive por suposto desvio de conduta, ainda não foram concluídos”.

Serapião prossegue citando dois casos de afastamentos de árbitros que teriam ocorrido por pura interferência política, e não técnica, para supostamente dar satisfação a algum clube.

“Não bastasse, ainda houve o repentino encerramento da Carreira do consagrado Ricardo Marques Ribeiro, que teria migrado para a função de Observador do VAR. Houve a também injustificável punição do árbitro Bruno Arleu, da FIFA, em razão de um erro em lance de fina interpretação, quando outros mais claros passaram em branco, possibilitando a conclusão de que, também aqui, teria havido uma nefasta interferência política, para dar satisfação ou ao clube que esperneia ou ao situado em determinada região do país. A CBF é do Brasil”.

“Esses dois exemplos são um cartão de visita que depõe não apenas contra Wilson Seneme, também e principalmente contra nossa arbitragem e a CBF. Quando a arbitragem deixa de ser técnica para ser política, não é só ela que adoece, mas o futebol como um todo. Essa contaminação é como metástase de um câncer”, afirma.

Manoel Serapião Filho teve uma carreira em campo como árbitro FIFA, foi integrante da Comissão de Arbitragem da CBF e da IFAB como Ouvidor, além de se destacar como autor do único projeto VAR oficialmente registrado na CBF e na FIFA/IFAB.

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