Nesta última terça-feira (22), o Flamengo surgiu como uma nova acusação contra Índio Ramírez. Desta vez, contra o atacante Bruno Henrique. Já nesta quarta (23), a perícia contratada pelo Bahia afirma que não houve racismo.
A acusação feita pelo Flamengo foi de que Ramírez teria dito a Bruno Henrique: “está falando muito, seu negro”, com base em laudo emitido pelo INES – INSTITUTO DE EDUCACAO DE SURDOS.
Logo em seguida, a diretoria tricolor procurou o jogador e ele afirmou ter dito “tá quanto? tá quanto?”. Em perícia contratada pelo Bahia, a afirmação do atleta do Esquadrão foi tida como verdadeira.
Já nesta quarta-feira, um dos especialistas contratados pelo Bahia descartou que o jogador colombiano tenha usado o termo “negro” durante a discussão com Bruno Henrique.
Em entrevista ao “ge”, o especialista chileno Eduardo Llanos fez as seguintes explicações:
“Incialmente nós conseguimos ver que ele (Bruno Henrique) fala para Ramírez: “arrombado” e depois “gringo de m…”. A palavra “arrombado” também é utilizada em cima do outro jogador (Daniel) do mesmo time do Ramírez. Posteriormente, na sequência, quando vem aquela conduta de ambos os jogadores, Ramírez pergunta: “qué pasó?”. Que é o mesmo que perguntar qual é o problema, o que você está querendo. “Qué pasó” é chamar para a briga”.
“Com a mão, ele faz o gesto, que significa que você é um fanfarrão, um falador, você fala o que não sabe, o que não conhece. Para irritar o jogador. E posteriormente, ele fala “tá quanto?”, “tá quanto?”, separado. A palavra correta seria “está quanto”.
“Tá quanto?” significa provocar o jogador do outro time: abre os seus olhos, o placar está favorável para nós, e não para vocês. Por isso ele falou “tá quanto?” Ou seja, veja quem está ganhando, você está perdendo. E com isso irritar e deixar ele prejudicado para continuar jogando concentrado, que é que mais necessita um jogador de futebol”, explicou o especialistas.
Guilherme Bellintani espera anunciar procedimentos do clube nesta quinta (24)
Para o presidente Guilherme Bellintani, além de os laudos afirmaram o contrário da denúncia feita pelo Flamengo, a situação em que o jogo se encontrava, no momento da acusação, sugerem que é improvável que tenha ocorrido o que foi afirmado.
Isso porque este caso citado pelo Flamengo aconteceu depois da confusão que se formou entre Gerson, Ramírez e Mano Menezes.
“É importante lembrar que esse suposto fato de injúria racial de Ramírez em Bruno Henrique seria após toda a confusão e toda a acusação que ele já sofreu do primeiro caso com Gerson. Imaginemos aqui que depois de toda aquela confusão, de ele ter sido acusado de injúria racial, o jogo retoma e ele faz novamente. Se a gente confirmasse isso, naturalmente, seria algo muito assustador. Entendo como improvável que tenha acontecido não só pelos laudos, mas pela circunstância do jogo e do ser humano em uma situação de pressão como aquela
Segundo o presidente tricolor., a expectativa é de que até amanhã (quarta-feira, 24/12), a investigação interna feita pelo Bahia seja anunciada, assim como as decisões tomadas.
“A expectativa é terminar ainda hoje essa apuração que foi feita. (…) Provavelmente amanhã já anunciaremos os dobramentos e procedimentos que a gente decidiu a partir do que a gente investigou”.
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