E a dúvida shakespeariana de Guilherme Bellintani – ser ou não ser – finalmente chegou ao fim para o bem geral da nação e felicidade de todos. Demorou, mas saiu de cima do muro nas circunstâncias que a coerência exigia, ou seja, para o lado de dentro. Fim de um capítulo mal escrito.
Não vou entrar no mérito do porquê de ele ter desistido da Política nesse momento, mas imagino que algum guru o tenha dissuadido dizendo-lhe que um tiro no próprio pé, além de doer, poderia deixar sequelas incuráveis.
Sendo assim nem o Bahia ficou sem o seu melhor gestor dos últimos tempos – sem demérito aos demais – e nem Bellintani cometeu a sandice de deixar de colocar seu nome na história do Bahia de forma grandiosa. Seria uma saída como ele mesmo disse, pela porta lateral.
Mas ao invés dessa saída nada honrosa, ele acertadamente optou por cumprir sua missão no clube, completamente. Após isso o “Harry Potter”, se quiser alçar voo fora do Bahia, poderá se candidatar para o cargo que quiser e será eleito. É que tudo tem de ter o tempo certo e sem atropelos.
Então meu caro Presidente, tudo na vida é uma questão de prever o momento das oportunidades e ter ouvidos sensíveis aos clamores de uma torcida que não o elegeu para fazer ponte para projetos pessoais além do Bahia. Isto seria o retrocesso que o torcedor já não mais aceita. Marcelo Santana construiu a estrada e você sequenciou com a pavimentação, mas precisa concluí-la.
Metáforas à parte, tudo agora está definido e Bellintani segue dirigindo o Bahia para alegria de muitos, tristeza de poucos, e a certeza de que o trabalho seguirá em alto nível. Aliás, a torcida em sua maioria esperava por essa decisão sensata e bem a tempo.
Virando completamente a página; o Bahia deste ano tem tudo para fazer ótimas participações nas competições que disputará, porque além da inegável organização do clube e um responsável planejamento, a Cidade Tricolor será um grande marco nessa nova fase e dará à história do clube toda a grandeza que ele merece.
No novo CT todas as condições de trabalho serão oferecidas aos profissionais de A a Z para que nenhuma engrenagem do contexto emperre. Pensando no social há um projeto de interatividade mais intimista do clube com o torcedor que visa o lazer ocasional do mesmo na Cidade Tricolor, por sinal, uma ótima ideia do Presidente.
Já as divisões da Base – berço natural de qualquer clube que pense o futebol no seu mais tradicional princípio cultural, que é manter forte a fonte reveladora de talentos, que seria a alimentadora do time de transição – marcarão uma nova Era na Cidade Tricolor e grandes revelações acontecerão.
Será a partir disso que o Bahia se tornará um autêntico concorrente dos chamados grandes clubes do Brasil porque é nesse hall que ele estará a partir de 2022.
O torcedor até pede agora grandes jogadores, mas eles ainda não serão possíveis em nível de “estrelas”. Porém, as contratações atuais são pontuais e já estão dentro de um planejamento em andamento muito criterioso que visa um 2022 como a plataforma para a decolagem sem volta.
Vai valer a pena ter paciência porque a viagem limitada ao infinito já começou a partir do novo CT EVARISTO DE MACEDO. Aliás, vale muito salientar; com todos os méritos ao Mestre.
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