Escrevendo à Cosme Rimoli, adaptado:
O Bahia está na vice-lanterna do Campeonato Brasileiro.
O Bahia contratou uma carreta de jogadores, gastou o dinheiro que alegadamente não tinha e segue na corda bamba.
O Bahia apostou prolongadamente num treinador neófito cujo modelo não deu certo: sem autoridade, sem alternativas de jogo e cujo maior feito foi anular o maior rival no dificílimo campeonato baiano.
O Bahia segue com batalhas de egos, divergências internas e uma figura presidencial a qual não bota a cara nos momentos mais difíceis, delegando tais funções a eminências pardas.
O Bahia persiste em manter no seu elenco atletas supostamente integrantes de conspirações internas anteriores.
O Bahia contrata, contrata, contrata e até agora não vimos um elenco efetivo dentro de campo.
Agora com um treinador novo e caro, existe a esperança de que num médio prazo tudo possa mudar. Deverá mudar, sim, como já tem mudado alguma coisa. Temos visto um time mais organizado em campo pelo menos… porém, ainda nada efetivo.
Nos últimos dias, o maior factoide tem sido um argentino marrento de trinta e três anos, o qual visivelmente prefere disputar o Mundial Interclubes no final da sua mediana carreira do que disputar a Taça Menos Zê Quatro num jogo muito provavelmente tenso em Curitiba no dia sete de dezembro; fazendo contas para não ter que enfrentar portuguesas ou vilas novas no futuro.
Precisamos de um jogador de qualidade, sim; e se for gringo, melhor ainda, haja vista a qualidade dos meio-campistas argentinos. Jogador ídolo do atual campeão da Libertadores não se joga fora, ainda mais com o time na zona de rebaixamento.
Contudo, preocupa-me demais saber que o sujeito se nega a jogar no Bahia o tempo inteiro, a despeito da incrível recepção da nossa distímica e carente torcida (com uma festa digna de campeão mundial) que o dito cujo teve no aeroporto. É notório que o pensamento deste rapaz está literalmente pra lá de Marrakesh.
Apesar disso, a diretoria tricolor ainda insiste… não seria melhor cobrar os tais 500 mil dólares e chamar um outro reforço de qualidade, até mesmo da Argentina??
Enfim: quase um ano se passou, e o regime de governo tricolor mudou: antes ditatorial, agora democrático.
Mas como democracia é meio e não fim, não é motivo de surpresa observar a manutenção de velhas práticas e velhas culturas no nosso clube.
Afinal de contas, há muito mais coisas debaixo desse tapete do que imagina nossa vã filosofia. O Nordeste ainda precisa se libertar de práticas provincianas as mais diversas.
Parece tudo ingual, já diria a poetisa mutuipense Edinéia Macedo… mas não é.
Desta vez, no fim do ano os sócios terão mais uma oportunidade de TENTAR escolher o melhor.
Ou o menos ruim…
Saudações Tricolores!
PS: dando continuidade à minha exoneração como torcedor da SeleCBF, trago novidades a respeito da minha nova seleção, a de VANUATU, que rima de forma bem acertada com a qualidade do futebol tricolor apresentado até agora. Os vanuatuenses ficaram em quinto lugar no futebol dos últimos Jogos Olímpicos da Juventude e retornam a tal certame neste ano na esperança de pelo menos chegar às semifinais do torneio. Infelizmente, tomaram de 9×0 da Coreia do Sul na estreia e agora contam com a sua imensa torcida na busca pela reabilitação diante de Cabo Verde na próxima partida. Força aos oceanienses, na esperança de um dia repetirem o feito do Taiti na última Copa das Confederações! BVMP!!!
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