é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia
Publicada em 13 de setembro de 2009 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

A pilantragem, a incompetência e outros bichos

O árbitro sergipano Antônio Hora Filho não é flor que se cheire. Algum baiano deve ter-lhe atormentado a infância, deve tê-lo chamado de sergipaninho atarracado da moléstia ou talvez feito coisa pior (não vamos especular). O certo é que, por algum motivo, ele não gosta de baiano. E resolveu se vingar justamente no Bahia. Há anos que ele vem metendo a mão gorda nas partidas do Bahia, interferindo ou tentando interferir nos resultados dos jogos.

Antônio Hora Filho é cabra suspeito, sobre isso não paira a menor dúvida. Não ousaria acusá-lo do que não possa provar, mas em Sergipe garantem que ele é um dos 40 maiores amigos de Ali Babá. Agora ele resolveu meter a mão de vez no Bahia e quer inverter o resultado da única partida de qualidade que o time fez no atual campeonato. Ele acusa o médico do Bahia de ter mandado um jogador fazer cera. Botou isso na súmula do jogo e quer ver o Bahia denunciado no artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que além de multa prevê a perda dos pontos em disputa em favor do adversário.

O que não se sabia ainda é que Antonio Hora Filho também prima pela criatividade e destaca-se como um bom ficcionista de súmula. O médico do Bahia, Dr. Daniel Araújo Silva, não disse o que o árbitro escreveu que ele teria dito. O pequeno juiz aparentemente agiu de má fé e inventou aquela frase para prejudicar o Bahia. Se não foi assim, ele vai ter que provar. Aliás, em qualquer caso, ele vai ter que provar o que escreveu na súmula. Como é que se acusa e não se prova? Ele está acusando o Bahia de um delito esportivo que pode custar ao clube três preciosos pontos no campeonato. Então, tem que provar a acusação. Ele gravou? Ele tem testemunhas, que não sejam jogadores do São Caetano? Se não tem, se não gravou, vai ficar palavra contra palavra: a do médico do Bahia contra a do diminuto árbitro. Se eu fosse o jurídico do Bahia, não abriria mão desse raciocínio.

A verdade é que vai ser um absurdo sem tamanho se um time vagabundo como o São Caetano foi naquele jogo reverter um resultado incontestável obtido em campo, sob o argumento de que um jogador recebeu ordem de fazer cera. O chamado Azulão tomou um passeio do Bahia em Pituaçu e só não levou uma balaiada maior graças ao goleiro.

De modo que podemos ter a oportunidade de ver, pela primeira vez na história do futebol, um clube perder pontos ganhos em campo, com sobras, por causa de uma suposta e injustificada cera. Are baba! Batam-me um abacate! Cera tudo que é time faz, no mundo inteiro. E o Bahia, no caso específico, nem fez. Mesmo porque não precisava fazer. Estava ganhando de três e dando olé no São Caetano, além de abusar de perder gols. Ao contrário de fazer cera, o Bahia estava era jogando muita bola e botando o adversário na roda. Portanto, Sr. Antonio Hora Filho, que vossa senhoria me perdoe, mas vá contar suas culhudas em outro terreiro.

E já que desde o início deste artigo estamos tratando de porcarias, vamos aproveitar para falar um pouco desse time do Bahia e do tremendo vexame que foi o jogo contra a Portuguesa no último sábado. Uma verdadeira porcaria. Só deu para salvar Nadson. O goleiro Fernando falhou feio em um dos gols – mas, coitado, de cinco em cinco minutos aparecia um atacante da Portuguesa na cara dele, pronto para encher o pé. O ataque da Portuguesa entrava na defesa do Bahia como faca quente entra em manteiga.

Lembro que terminei meu último artigo aqui no ecbahia.com elogiando o time tricolor e dizendo que esperava não ser desmentido pelos fatos. Pois fui. E os fatos são: 1. o time é ruim; 2. a diretoria é pior, porque responsável direta pela ruindade.

A defesa é uma gracinha, tem um tal de Evaldo que só há pouco tempo deve ter tomado conhecimento de que a bola é redonda. O meio de campo não funciona se não tiver Leandro na frente da zaga. A diretoria, com sua tradicional competência para contratar, trouxe um certo Bruno Silva, que até agora tem atrapalhado bastante o futebol do time. Isso para não falar no meia Juninho, que sofreu um apagão total no sábado (espera-se que aquele não seja o seu verdadeiro futebol).

Já no ataque tinha um sujeito com a camisa 11 que, entre outras asneiras, perdeu um gol inacreditavelmente feito, dentro da pequena área, sem goleiro. Parece que o nome do cara é Lima e, francamente, só um cego ou um idiota seria capaz de perder o gol que ele perdeu. Ao deixar o campo sob intensas vaias, no fim do primeiro tempo, ele declarou à imprensa que não tinha nenhuma satisfação a dar à torcida – provando que, também fora das quatro linhas, não tem muita capacidade de discernir as coisas.

E assim vai o nosso Bahia, aos trancos e barrancos, alternando, como um paciente bipolar, momentos de euforia com outros de prostração – infelizmente estes bem mais do que aqueles. Até poderíamos dizer que temos um time, mas não temos elenco. Quando jogadores como Leandro, Elton, Jael ou Nadson sofrem lesões ou são suspensos, é um Deus nos acuda. Não há reservas à altura. O time até pode ganhar do ABC e do Brasiliense, seus dois próximos jogos, e animar incautos como nós. Afinal, a ilusão é nossa profissão de fé. Mas não convém nos entregarmos a ela agora. A coisa realmente está muito complicada.

Desse modo, nada mais me resta senão encerrar este artigo exatamente como encerrei o último, só que invertendo a reza. Que os fatos me desmintam. Amém.

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Qual a posição que o Bahia mais precisa de reforços para 2025?
todas as enquetes