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Publicada em 6 de abril de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

A vitrine

Por mais que não queiram, por mais que uns trabalhem contra, o Bahia continua firme sem perder a sua identidade. Impressionante a sua capacidade de ser vitrine nacional. Estar na Terceira Divisão ou em qualquer outra, tanto faz, neste caso. A marca é a mesma e nunca se desfaz, pois as marcas fortes são referências mesmo quando o ostracismo lhe faz companhia. O Bahia é uma espécie de mito.

O atacante Moré, enquanto no Ceará, jamais apareceu para os chamados grandes clubes do País. O máximo que conseguiu foi ser levado para o Ituano. Ali, bem próximo de Itu, estão o São Paulo e o Santos, que agora, segundo dizem, se “apaixonaram” pelo futebol do cearense. No Ituano, Moré, nem era titular, e tanto não era que resolveu voltar à terra natal.

Foi então que apareceu o Bahia na vida do jogador, que diz frequentemente ser agradecido ao clube. Agora dois dos melhores times do futebol brasileiro querem-no. Que fazer para não perdê-lo? Conversar com o moço, ora! Fazer um adendo no contrato, pensar grande e oferecer-lhe um salário digno do grande jogador que é e do que ele represenata para o Bahia no momento. Bem como conscientizá-lo que o futuro será muito melhor para as duas partes a partir do fim do ano em curso. Certamente aparecerão propostas irrecusáveis para o Bahia e para Moré.

Mas esse papel de vitrine e levantar quem está “caído” profissionalmente, ou precisando aparecer para os grandes centros, o Bahia já o desempenha há décadas. Lembro-me que no São Paulo, por volta de 1976, havia um jogador chamado de “pé de pato”, que raramente tinha oportunidades no time titular. Fantoni, então técnico do Bahia, que o conhecia de Minas, recomendou a sua contratação. Foi então que Jésum, apareceu para todo o Brasil.

Evaristo de Macedo começou praticamente no Flu de Feira, aos 37 anos de idade. Aos 38 anos já estava no Bahia onde surgiu a sua fama como técnico de futebol, chegando inclusiveà Seleção Nacional. Orlando Fantoni, com passagem sem muito brilho pelo Cruzeiro das Minas Gerais, veio para o Bahia e se tornou um técnico de primeira linha, marcando época em times como o Vasco de Roberto Dinamite, Gremio, Corinthians, novamente Cruzeiro e outros.

Joel Santana, este só decolou depois de passar pelo Bahia. Serginho, lateral esquerdo, egresso do Friburguense, Rio de Janeiro, onde nenhum time demonstrou interesse por ele à época, passou uma temporada aqui no Bahia e jogou uma enormidade. Seguiu para o Flamengo, depois São Paulo e dali foi para a Itália, onde continua. Temos mais ainda, Geraldo e Calisto, num caso bem típico dessa vitrine que é o Bahia e o próprio Preto (atualmente de volta), que saiu do Bahia após a queda para a Terceira Divisão e foi para o Santos. Inegável a visibilidade do Bahia.

Só uma coisa me intriga, o fato de ser duas vezes CAMPEÃO BRASILEIRO e amargar atualmente uma injusta Terceira Divisão. Digo injusta para a tradição do Bahia, um verdadeiro monstro sagrado do futebol. Tomara que toda essa injustiça imposta ao Bahia de tantas glórias e feitos, esteja servindo de exemplo para uma futura direção a partir de 2008. Seja quem quer que seja o presidente que assumir no próximo ano, só desejo que venha imbuido dos melhores propósitos e com o mais alto senso de responsabilidade. Não visto camisa da situação e nem da “oposição”. Só quero que apareça um homem capaz de mudar o destino do Bahia.

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Estou gostando do atual time do Bahia, isto é: dos laterais e do meio para frente. Exceto Emerson, que me parece o mais competente jogador do miolo da defesa (excluo Rogério que não é genuinamente zagueiro), o resto é para mandar embora. Mas a safra de atacantes eu diria que é bem razoável. Veja que não tem havido solução de continuidade. É verdade que os caras tem perdido muitos gols. Contra o Poções, no segundo tempo, o que se perdeu de gols foi além dos limites do coração do torcedor, mas os atacantes estavam lá no lugar certo e no momento certo, só que a inspiração não estava com eles. Acontece.

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Definido. O próximo adversário do Bahia, na Copa Brasil, será o Fluminense de Joel Santana. Francamente?… Acho o Bahia, no momento, favorito. Até porque o Fluminense atravessa uma fase de desunião no grupo, onde uns são pagos pelo patrocinador (em dia) e outros pelo clube (com atraso). Além disso os jogadores estão sem confiança, durante as partidas, devido aos constantes insucessos.

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Charles. Tá na hora de Artuzinho dar mais oportunidades ao menino, é muito bom dentro da área, além de habilidoso. Harley é outro que tem futuro, apesar dos seus 28 anos. Ananias… grande descoberta de Artuzinho, uma grata surpresa para mim.

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Tá provado que a melhor defesa é o ataque, pelo menos no caso do futebol. Toma dois e faz três, e se tomar três fará quatro. Para isto é preciso escalar certo e definir a tática mais eficiente. Acho que “material” técnico Artur dispõe.

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Maracás… terra natural do alecrim e da minha querida Danusa, vai se transformando numa Holanda brasileira pela cultura de flores, de espécies várias e lindas. Além do clima ameno e constante, bem ao estilo europeu. Só que contrário da Holanda (na região dos países baixos), Maracás está bem acima do nível do mar. Mas vale a pena conhecer, faz bem aos olhos e à alma.

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