é goleada tricolor na internet
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Publicada em 25 de outubro de 2009 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Adeus, Corina… Que eu já vou embora!

É uma tristeza muito grande ver esse time do Bahia sem poder de reação alguma… Se para reverter uma situação em um jogo já é dificílimo, então reverter a situação dentro da tabela será impossível. A verdade é que esse time aí está afundando com tudo. Nisso ele tem sido rigorosamente competente. Fato é fato, e não é má vontade!

Pelo andar da carruagem, o Bahia cai. E posso até afirmar isso se contra o Juventude não acontecer alguma anomalia e esse time conseguir um resultado positivo. Caindo, onde chegaremos? No fim da picada, é claro. Mas a pergunta crucial é: haverá retorno? Mais uma vez na Terceira Divisão e será o fim de todos os sonhos. Possivelmente o mapa do inferno será conhecido até pelas suas entranhas, que é a série “D”.

É o que posso imaginar que aconteça em caso dessa possível queda. E o E.C.Bahia não conhecerá daí em diante o seu lugar… Fizeram do Bahia algo tão complicado, para não dizer outras coisas, que nem essa diretoria, e nem outra qualquer, será capaz de saneá-lo em médio prazo, talvez no longínquo Século XXII aconteça. Aí a maioria desta torcida já não existirá.

Deu para sonhar até a metade do campeonato, acreditei piamente, mas agora estou absolutamente descrente de qualquer possibilidade positiva. Sabia, e escrevi insistentemente dizendo que o Bahia era um projeto para três anos em caso de pelo menos continuar na Segunda Divisão. Caindo mais uma vez será somente um sonho qualquer projeto.

O Grêmio desceu e subiu em seguida, o Palmeiras, o Botafogo, o Atlético-MG, o Vasco da Gama, o Goiás, o Corinthians… Todos esses ficaram um ano na Segundona. Já o Bahia só fez descer e descer. Os clubes acima citados são clubes de torcidas fantásticas, logo os investimentos para o retorno à série “A” são fortes e embasados no respeito às tradições e à torcida. Por que aqui no Bahia não? Porque uma doença de 30 anos dificilmente tem cura. Podem acontecer espasmos, mas nada mais que isso.

No Rio de Janeiro o Fluminense agoniza por culpa dos maus dirigentes num clube que no ano passado estava disputando a final da Libertadores da América. Como explicar isto? Má-gestão e desunião em todos os segmentos do clube, nem o patrocinador se entende com a diretoria, e por força de contrato impõe o que quer. Dois comandos numa só empresa acaba com ela. Foi assim aqui no Bahia. Um pouquinho diferente, mas na essência é a mesma coisa.

O Bahia desceu em 2003 e nunca mais voltou à série “A”. Se não cair poderá até voltar em 2010, mas se cair passará longos anos esquecido nos porões do futebol, no lixo. Ninguém será capaz de resgatá-lo, até porque não há bons jogadores dispostos a encarar o ostracismo. Sequer os famigerados empresários vão querer expor seus “produtos” ali.

Apostei, apoiei, arrisquei a minha credibilidade como crítico, confiei na prometida democracia e agora chego à conclusão de que a própria vontade do Presidente Marcelo foi contrariada, assim como foi a de Petrônio em passado recente. Na coluna anterior eu digo que o Bahia é sinônimo de antítese? Agora eu acho que é a própria antítese personalizada.

Fala-se por aí que a política partidária estaria tendo influência sobre certas decisões que dariam ao Bahia a liberdade definitiva. Por vontade do Presidente não acredito, isso só o prejudicaria politicamente – embora ele tenha eleitorado independente da torcida do Bahia. A proposta dele seria democratizar, isto ele não disse só a mim, disse efusivamente a todos que estiveram presentes nas duas reuniões acontecidas num hotel, na Barra, meses atrás.

Eu costumo cobrar dos homens aquilo que eles prometem em favor dos interesses das instituições públicas, ainda que da minha maneira, o prometido. E sem sombra de dúvida alguma, como conselheiro, cobrarei do Presidente Marcelo todas as ações prometidas. Comprometimento e ética são coisas que não pertencem à retórica, pois são normas naturais do caráter que devem e precisam ser praticadas.

A verdade é que não resta outra alternativa exceto torcer por uma anormalidade na terça-feira, porque se o normal acontecer, “adeus, Corina… que eu já vou embora!”.

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