A Pandemia avança tragicamente deixando um rastro de destruição em todos os segmentos da sociedade brasileira, notadamente na economia, causando perdas, prejuízos com fechamento definitivo de empresas, e vai gerar um porte de desemprego jamais visto no Brasil se não houver um entendimento entre as autoridades governamentais verdadeiramente patriótico. Ao contrário disso as consequências serão inimagináveis. A união e a democracia devem ser a tônica entre os poderes no Brasil em todos os níveis.
No futebol não poderia ser diferente e este sofrerá também com as incertezas de um futuro que não dá perspectivas aos profissionais da bola, em sua grande maioria. A união de todos deve ser priorizada para salvar o futebol porque projetos e planejamentos irão todos por água abaixo. Clubes que têm uma boa estrutura sofrerão menos devido à organização. Os que estão de pires na mão deverão esquecer este ano e projetar suas aspirações para o ano de 2021.
Campeonatos estaduais foram interrompidos e não mais serão sequenciados neste ano. Tudo indica. Clubes dispensaram atletas e a maioria colocou seus uniformes na naftalina. Outros finalizaram os aspirantes e priorizarão somente o elenco principal. Funcionários de apoio serão demitidos e por aí segue o jogo arbitrado pelo Covid-19. É lastimável tanto quanto é real.
Nesse 20 de Abril a má noticia chegou também ao time sub-23 do Bahia de forma avassaladora acabando com a Comissão Técnica e mais o elenco. Uma pena. A família Tricolor lamenta o final tão triste de um projeto que vinha dando certo. Sinto muito pela dispensa de alguns que sairão sem passagem de volta a curto prazo levando com eles seus sonhos.
Dado Cavalcanti é um dos profissionais que deixará saudades pelo trabalho que ele vinha realizando no clube. Espero que num futuro não muito distante ele esteja de volta ao Bahia. É um profissional muito dedicado, competente e estudioso. Além, é claro, de ser um treinador jovem com imenso potencial.
– Alguns jogadores serão incorporados ao time principal, outros emprestados e alguns dispensados… A vida seguirá seu curso normal porque tudo passa e essa pandemia também passará, em breve.
No Rio, o Flamengo já busca empréstimos bancários para honrar sua folha de 30 milhões. Os grandes clubes que devem salários – atrasados –, que farão? Jogadores reclamarão na Justiça por passes livres e conseguirão. Fazer um novo elenco custa caro e não haverá muito tempo para uma segunda pré temporada, e o remédio mais barato será lançar jogadores da Base ao time de cima e boa sorte!
Alguns clubes tidos como favoritos na série B poderão até retroceder e cair para a série C. Outros mais tradicionais e tidos como possíveis candidatos à série A poderão ter que adiar o projeto de ascensão e a briga será nivelada por baixo, e nesse caso as surpresas serão inevitáveis. É uma realidade dura, crua e drasticamente absoluta. Teoricamente e devido ao forte apelo de grande clube o Cruzeiro leva vantagem porque tem potencial para atrair grandes patrocinadores, mesmo vivendo a pior crise da sua existência. O resto brigará no escuro e quem tiver olhos de coruja se dará melhor.
Quanto ao Bahia, o melhor caminho a ser percorrido é o que leva às divisões de Base. Acreditar nelas como saída e fornecedora de peças de reposição do time principal de agora e para o futuro é tudo que se tem pra fazer e dar certo. A Base é uma vertente e deve ser trabalhada como um grande celeiro mantenedor do time profissional, e, por que não dizer, do próprio caixa do clube. Agora é elementar que se pense um novo projeto de clube depois dessa retraída forçada por uma Pandemia. Isto não é opcional, sim uma necessidade premente
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