é goleada tricolor na internet
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Publicada em 27 de novembro de 2013 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Apostas Arriscadas

No Campeonato Brasileiro da pá virada, nunca antes na História desse país o Bahia fora tão bem. Estamos prestes a emplacar o quarto brasileirão Prime Quality seguido, algo inédito na Era dos Pontos Corridos; estamos decidindo o título do não-rebaixamento palmo-a-palmo, ao lado de clubes “grandes” como Fluminense e Vasco da Gama; e a adrenalina sobe a mil grau a cada rodada, ao contrário de lá de cima, onde praticamente as quatro ou cinco vagas para a Champions League Bolivariana estão seladas entre mineiros, cariocas, gaúchos, paranaenses e… goianos!

E cadê Sum Paulo nessa zorra, Seo Cáçu?! Pois é… parece que quando um paulista assume a Cebeéfe, o cabôco do Exu baixa nas terras de Piratininga e tranca os caminhos da paulicéia phutebolística. Saravá! Menção honrosa ao Sporcaccione Maledetto da Barra Funda, bicampeão de uma competição que nem o nosso glorioso Vice-de-Tudo, o Demonho Maior do Terreiro, conseguiu ter o gostinho de vencer e colocar em seu pano-de-chão uma estrelinha de alumínio da feira de São Joaquim.

Por falar em Vice-de-Tudo, celebremos o sucesso do nosso rival, rumo ao inédito e glorioso título de Vice-do-G4: a cada dia eles se superam! Fim de ano vou dar um pulo lá em Caxias e vou subir num parreiral em homenagem ao nosso Leãozinho de pelúcia.

Por falar em Goiás, eis o exemplo de um clube literalmente com dono o qual pela segunda vez na história dos pontos corridos poderá figurar entre os quatro ou cinco melhores do Brasileirão. Ou seja: vou chover no molhado dizendo que democracia é meio e não fim. Como na terra do Sertanojo Universitário com Cotas o colonialismo clubístico ainda é muito forte, aguardemos o tempo deles se libertarem de ditadores, políticos “abnegados” e afins. Pelo menos os “nossos” políticos são [bem] assalariados, pagos com o dinheiro dos torcedores e sócios para fazer o melhor pelo clube em tempo integral, e não apenas de quatro em quatro anos. No dia que o pessoal do Goiás se tocar disso, serão efetivamente uma das maiores forças de fora do Eixo do Mal.

A organização, o planejamento em longo prazo e a boa governança são pressupostos importantes para o sucesso de uma organização. Entendemos que a renovação de contrato do criticado volante Hélder pode traduzir-se na construção de uma base vencedora, mas desde que aquele que joga pra carvalho (BORGES, 2013) entenda que o lugar dele é desarmando e marcando, e não passando. Até a manutenção do Professor Pardal tricolor poderá ter um lado positivo, desde que ele pare de escalar cones, postes e vasos de planta na equipe titular, saiba substituir quando oportuno e que assuma as rédeas da equipe [e demonstre isso] quando necessário. Apenas isso.

O time é fraco, e há coisas nebulosas que desafiam a vã filosofia Ximitiana no intramuros do [futuro finado] Fazendão, mas quem sabe, depois de varrer do clube certos elementos não-agregadores, reforçar setores deficientes da equipe e contratar um gestor de futebol de verdade para tocar o barco, o nosso conterrâneo Cristóvão não fique mais à vontade? De toda a sorte, não deixa de ser uma aposta arriscada a sua manutenção, do mesmo modo que o conservadorismo na manutenção do elenco que tomou duas lapiadas do time da Vega/Marquise/Comlurb/Limpurb [e de times de várzea da Amazônia Legal] fora igualmente arriscado.

Uma pena a iminente transferência de Fernandão pro exterior, jogador bastante elogiado por torcedores do Grêmio na minha última visita à capital gaúcha – do jeito que eles gostam, lembrando um pouco o folclórico Jardel. Ainda mais diante da escassez de goleadores adequados à nossa realidade financeira, realidade que um dia fez do boxeur Jael ídolo de uma torcida que já teve Charles, Marcelo Ramos e Beijoca, dentre outros.

Ainda existe risco de queda, e teremos duas batalhas mortais pela frente: uma contra o incrível Cruzeiro em ritmo de festa e em ritmo de solidariedade com seus parceiros do mercado colonial da bola. Outra, contra o protestado clube das Laranjeiras, aquele que tem um boleto da Cerei C vencido e não pago, e que jogará com onze no campo, com a massa pó-de-arroz na torcida e com a Máfia dos Doze como regra-três.

A massa tricolor segue confiante, contra tudo e contra todos os interesses de São Januário ao Jardim Botânico. Vejo cariocas preocupados, procurando até o registro do dia em que o presidente do Criciúma amarrou uma bomba no rabo do gato quando este brincava entre as carvoarias na sua tenra infância, a fim de poder escapar da degola no tapetão. Catarinas em festa, Porcos e fazedores de choriça na Elite. Te liga, Baêa!

Mais um ano lutando para não cair. Seguimos na esperança de que a gestão democrática do tricolor faça a sua parte, não dê mutivo (MAIA, 1983) para uns e outros se assanharem e pelo menos, eu disse PELO MENOS, que em 2014 a gente possa ligar a TV ou ir à Fonte na certeza de que o velho Bahia guerreiro, vencedor e temido pelos adversários um dia possa voltar com força total, carregando em suas vestes o azul de uma nova alvorada, o branco da paz e o vermelho do sangue tricolor que corre em nossas veias. Baianos de todo mundo, uni-vos. Tricolores do Universo, gritemos: Bora Baêa minha… porreta! (NEVES, 2010)

Finalizo dando uma sugestão para a diretoria tricolor, com tanta gente boa e capacitada: que me perdoem os peagadês e emibiêis, mas um boleirão na diretoria de futebol também é fundamental, inclusive no comando das categorias de base. A visão do manager é importantíssima, mas a visão do cara que fala o boleirês também o é.

Saudações Tricolores!

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