Ver o Bahia lançando cada vez mais jogadores oriundos da base é uma gratificante e ainda melhor é vê-los com personalidade e confiança. João Paulo, Éder, Jean, Juninho Capixaba, Mário, Rodrigo e demais já experimentados. Méritos para o treinador.
Sou completamente à favor do aproveitamento desses jovens valores e quero fazer aqui justiça ao Guto Ferreira porque ele tem sido um sábio em relação às divisões de base do clube lançando na hora certa os garotos, já com ares de veteranos, como foi o caso de João Paulo no jogo contra o Altos de Cocos.
Não tenho problema em curvar-me diante da evolução das pessoas, às vezes criticadas por mim num outro momento e isto é devido à condição de fazer críticas não pessoais. O peso que tem a crítica sobre um modelo filosófico é o mesmo que tem o elogio, pelo menos no meu caso. Guto tem evoluído muito e já podemos notar isso na forma do seu time jogar.
Tá dando certo a filosofia adotada pelo treinador tricolor e isso deixa-o numa situação privilegiada para exercer o seu trabalho com autonomia absoluta, o que é ótimo para o futuro do Bahia porque ele trabalha em duas frentes importantes: uma é a interatividade com a Divisão de Base e a outra é o time que ele quer dentro de campo.
O mais essencial para o treinador em tudo isso é o manancial à disposição e a determinação do grupo — formado por comissão técnica e jogadores — para alcançar seu objetivo. Tem sido um trabalho árduo e bonito, embora lento pelas circunstância, porém eficiente e calculadamente a curto, médio e longo prazo. É passo por passo cada fase, mas há uma direção.
A torcida precisa só ter a paciência necessária para que o ambiente no elenco seja o melhor possível sempre, porque isto só ajuda a fluir.
Animador é o fato de o Bahia já estar com um plantel bem esboçado para o campeonato nacional — Brasileirão — sobretudo pelo trabalho do seu treinador. Claro que ainda precisa melhorar muito, mas a evolução é notória e é isso que agrada, e consequentemente gera esperança no seio da torcida.
Dificilmente se encontra no mercado algum treinador que pense nas divisões de base com a convicção de que essas não são motivo de medo, sim de garantia da continuidade do trabalho pelo reconhecimento da capacidade profissional de fazer a coisa diferente do habitual da maioria dos técnicos brasileiros.
Dirigir um clube com grandes jogadores é fácil, difícil é fazer o trabalho em um clube com orçamento mediano como vem fazendo desde o começo desta temporada o treinador tricolor com o que lhe restou do ano passado e com as apostas deste ano. É justamente pelo que ele faz agora que tenho como obrigação reconhecer e respeitar seu trabalho.
Eu sempre quis ver essa evolução no Bahia buscando se fortalecer com a colheita da sua própria semeadura. Se vejo isso, para quê reclamar?
Méritos também para a evolução de Marcelo Sant’Ana que mesmo sabendo ser o Bahia um clube de massa, que exige resultados imediatos, não se amedrontou e está a fazer algo que só dará frutos a médio e longo prazos, porém, terá ao final do seu mandato o reconhecimentot em forma de reeleição, se assim o quiser.
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