Quebrar o jejum de triunfos com uma sapecada de três gols no Atlético-MG tem um sabor especial porque afasta uma possível crise iniciada com a derrota diante do Flamengo, numa partida apática do nosso tricolor e porque nos reposiciona no campeonato brasileiro, após uma sequência negativa. Mas, também fará a alegria de muitos tricolores nos grupos de WhatsApp, que já não aguentavam mais os “técnicos de sofá”, postados diante das telas dos celulares, prontos a disparar soluções mágicas e a criticar até a respiração de Rogério Ceni.
Dizia-se antigamente que todo brasileiro é um treinador de futebol. Eu complementaria dizendo que todo torcedor tricolor não só é técnico, como tem certeza de que é um campeão nato. Muitos criticamos Ceni por demorar em substituir, mas poucos percebemos que essa demora pode significar uma coisa bem simples. A dúvida. No caso, olhar para o banco e não perceber quem pode mudar a cara do jogo.
Ah! Ceni é o treinador, ganha bem e tinha a obrigação de fazer mudanças para o time voltar a vencer. Deveria colocar alguns titulares no banco para eles aprenderem e voltarem a jogar bem. Como se o banco fosse remédio para curar diversos males. Fosse assim, todo técnico de futebol nomearia o banco de reservas como seu auxiliar… Muitas vezes, a realidade está diante de nós e não percebemos. Se o treinador entendesse que seus reservas lhe dariam o triunfo, não os deixariam como reservas. Elementar! Mas, tem gente que para ter razão ainda acrescenta que o treinador não faz as substituições por birra ou para irritar a torcida, por mais non sense que uma atitude dessa possa transparecer.
É verdade que, nos últimos jogos, exceção às partidas contra o Botafogo e Atlético-MG, o Bahia deixou muito a desejar com um comportamento abaixo do razoável. Mas, não é motivo para fazermos disso “terra arrasada”. O Bahia esteve sempre ou na zona de classificação para a Libertadores ou bem próximo dela. Nenhuma equipe joga com rotação máxima todo o tempo. Já disse aqui e repito, jogadores são seres humanos e podem falhar. Somos um dos melhores ataques do Brasileirão e, também, uma das melhores defesas, demonstrando o equilíbrio da equipe. Há muito tempo não vivíamos momento tão feliz com o Bahia. Nem sabemos quem está na zona de rebaixamento ou a quantas anda esse campeonato à parte. Mas, parece que alguns torcedores só são felizes na crítica e na percepção negativa. Pare esses, o Bahia não ganha. O adversário é quem perde.
Esses torcedores e suas ideias me lembram muito o bálsamo unguento de peixe-elétrico, que alguns camelôs vendiam no Largo da Calçada, nas cercanias da estação de trens que saía para o subúrbio ferroviário. Servia para curar as doenças mais inimagináveis, de unha encravada a pneumonia. Os palpites que exalam nos grupos de WhatsApp também, curam da covardia do treinador à falta de pontaria dos artilheiros. BBMP! Rumo à Libertadores!!
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