é goleada tricolor na internet
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Publicada em 17 de março de 2018 às 00:38 por Autor Genérico

Autor Genérico

Breves tópicos sobre segurança jurídica, política e esporte

Vive o Brasil um momento esquisito na discussão política e partidária. Em certos momentos parece que estamos vivendo os anos sessenta do século passado, temendo o comunismo que caiu há quase trinta anos com o muro de Berlim.

Fato é que tudo o que tem ocorrido, dos escândalos criminais envolvendo agentes políticos à crise na segurança pública, passa pela segurança jurídica. Há leis, porém sua execução permite recursos tantos que as tornam praticamente sem efeito.

Temos uma legislação penal arcaica e uma legislação de proteção à infância e juventude que não acompanhou as mudanças na sociedade. Recentemente, uma parlamentar municipal do Rio de Janeiro, ativista dos “direitos humanos” e representante das comunidades pobres chamadas favelas, morreu de forma brutal e suspeita, quando inclusive agentes de segurança pública e seus agregados podem estar envolvidos diante de recente denúncia da vereadora contra os mesmos. O nosso Bahia, através de seu perfil em redes sociais, manifestou-se de forma polêmica a respeito do fato, conceituando-o como um crime direcionado contra mulheres, negras e faveladas. Cabem discussões e questionamentos quanto a hermenêutica desses conceitos.

Inicialmente, longe da preferência pelas iguarias brasileiras coxinhas ou mortadelas, vamos falar de justiça.

Em que pesem os fatos, comprovados por imagens de televisão, ficou barato para o clube de Canabrava no que diz respeito ao papelão protagonizado por seus jogadores, dirigentes e treinador no último clássico Ba-vi.

Suspeitas envolvendo julgadores e a própria Federação Bahiana de Futebol vieram à tona, e a decisão final, ao meu ver, foi mais política do que técnica, ou seja: alijar o Inominável do grandioso campeonato baiano pareceu punição muito gravosa àqueles que analisaram o caso. Talvez por temerem a força política do segundo protagonista do futebol local. Demais hipóteses a respeito vou me abster de comentar por razões legais.

Em razão de tantas suspeitas, a credibilidade do Estadual, bem como da Federação de Futebol local, fica seriamente abalada, com tanta insegurança jurídica para se coibir atitudes que vão contra o esporte jogado dentro de campo: primeiro passo para a desordem e outros episódios igualmente lamentáveis no futuro.

Aliás, o campeonato baiano, assim como a quase totalidade dos Estaduais, não me parece fazer muito sentido a esta altura, do jeito que é formatado.

Dois clubes profissionais, um ou outro que tenta se profissionalizar e o restante de amadores fazem do referido certame um campeonato cujo desfecho, normalmente, é mais do que óbvio. Parafraseando conceitos da geografia, diríamos que o campeonato baiano é um Ba-vi cercado de interioranos por todos os lados – quem perder menos para os últimos tem grande chance de ser o vencedor, exceção a Bahia de Feira e Colo-Colo, que impediram uma sequência avassaladora de titulos do rival nos anos de penúria do Bahia.

Numa época em que os clubes nordestinos precisam se consolidar como força regional para depois se nacionalizarem, os Estaduais acabam gerando relação receita x despesa desfavorável, e os clubes de série A, especialmente, já entram deficitários no Nacional em termos financeiros, sempre saindo atrás no mercado da bola.

Ora, dirão que o Bahia deve investir no Estadual, pois é “o campeonato que se pode vencer” e estimula a formação de jovens torcedores: argumento mais do que correto a princípio, mas insuficiente para quem almeja voos mais altos.

Pelo bem do futebol baiano, de repente, em os dois maiores do Estado escalando equipes alternativas no Estadual permte que se reduza o abismo técnico entre as equipes e torne a competição um laboratório para fomento de identidades clube x torcida no interior do Estado e force que os dois protagonistas invistam mais na base.

Da parte do rival, duvidamos que tome tal inciativa conforme aqui proposto, pois seu mote é o ranço, o ressentimento, de vencer as “sardinhas” (sic) “que sempre os roubaram”, pobres coitados; de abandonar partidas nas quais estava em inferioridade técnica de momento com atitudes antidesportivas. Seu maior orgulho são placares elásticos em clássicos do passado, ou um incrível cartel de vice-campeonatos de tudo o que disputa.

Da parte do Bahia, creio, também, que seja resistente a tal proposta, porque vencer Estadual, ou vencer clássico, ainda é vantajoso para o clube, para passar sensação de esperança em dias melhores ao torcedor…

Enfim, chamem-me rabugento: um baiano desterrado que não consegue mais se empolgar com um formato de competição que fazia sentido no tempo dos DC-3 ou dos Constellation.

Mas vale a pena refletir.

Saudações Tricolores!

PS: Alguém ainda tem paciência com o teimoso treinador Guto Ferreira? Eu avisei…

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