é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia
Publicada em 5 de maio de 2015 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Conquistando novas gerações

As últimas duas semanas do Tricolor de Aço foram muito, mas muito tensas. Depois de tomar mais um coco (merecido) do Siará Possível na terra de Iracema, o Bahia, já nas cordas em razão da porrada que levara no sudoeste baiano, recuperou-se de forma surpreendente, descontando no bode serrano todos os gols perdidos nos dois jogos contra o Vovô e no primeiro jogo disputado no interior baiano.

Os mais críticos poderiam dizer: “ganhou do aleijado”, porém não apenas o alviverde do sudoeste venceu bem o tricolor na primeira rodada do baiano como chegou à final invicto. O mundo conquistense caiu diante da máquina de golear (e de perder gols em escala exponencial) azul, vermelha e branca. Apenas no Estado do Paraná a zebra de Ponta Grossa (lá ele) passou rasgando em Campo Largo e chegou à Curitiba com um enema de pinhão esvaziado no orifício do alviverde das araucárias. Como de praxe, mais um interiorano amarela em decisões contra o Bahia, o que não costuma ocorrer quando ilheenses e feirenses disputam decisões contra o Vice-de-Tudo, aquele clube do depósito de lixo que deu férias coletivas ao seu elenco alguns dias atrás.

Conquistado o quadragésimo-sexto título, ampliando sobremaneira o domínio do Bahia frente aos demais concorrentes no âmbito local, o Esquadrão não precisa provar mais nada a ninguém no Estado. Não obstante o ganho político da administração tricolor com esse triunfo, mitigando (em boa parte) a desconfiança do torcedor após a triste perda do Nordeste, entendo que a conquista deste campeonato de modelo obsoleto, falido e anacrônico tenha a sua maior importância em recuperar a capacidade do clube para cooptar novos torcedores.

Sem sombra de dúvida, o primeiro passo para um clube crescer são os triunfos e conquistas de campeonatos. À medida que este clube amplia os seus horizontes e começa a ocupar espaços antes não ocupados, sua torcida cresce e a pressão por melhores desempenhos idem, o que é salutar. O primeiro semestre tricolor foi salvo de um retumbante fracasso com essa incontestável goleada de ontem, porém, espera-se que a direção tricolor saiba colher os frutos ao mesmo tempo em que continue a semear cada vez mais.

Em mantendo o desempenho no âmbito local e regional, o primeiro passo da nova era tricolor está dado, e a proporção de jovens torcedores do Bahia diante dos rivais (e não falo apenas do Rival de Canabrava) tende a se ampliar favoravelmente ao clube da Fazendávila. Que uma jovem e pujante massa de torcedores venha, fazendo do nosso querido Lião, eterno sparring, o velho clube simpático dos aposentados, pensionistas e moribundos do Estado da Bahia.

Finalmente, espero que esta conquista também seja, de fato e sem trocadilhos, o primeiro passo rumo ao acesso, sendo o acesso o primeiro passo para que o nosso tricolor saia do âmbito regional e comece a trilhar uma nova e promissora era na esfera nacional. Um passo de cada vez, e sigamos em frente porque, como diria um falecido prefeito do Recôncavo, sábado que vem tem mais.

PS: o mesmo Ceará que fez festa tão bonita na quarta-feira passada promoveu mais um triste espetáculo envolvendo torcedores que invadiram o campo na final estadual de ontem, vencida pelo Fortaleza EC. O fenômeno da violência associada ao futebol, combatida com certa eficácia na Bahia, tem se agravado em capitais como Fortaleza e Natal, envolvendo quadrilhas que se escondem dentro das torcidas organizadas, com o tráfico de drogas e delinquência juvenil a tiracolo. Isso também mancha a imagem do Nordeste e afasta o torcedor comum das praças esportivas. Um dia, o gerente de marketing tricolor qualificou a violência como inversamente proporcional ao preço do ingresso. Tal afirmativa, caolha e reducionista, é facilmente contestada quando o violento sabe que sua vida será muito difícil em dias de jogos diante do policiamento; sem falar que os atos violentos ocorrem muito além do entorno dos estádios, como nos terminais de ônibus e bairros periféricos, sendo mais uma questão de segurança pública do que propriamente de uma faxina social.

PS2: Se não contratar direito não sobe. Alertamos o headhunter tricolor que quantchô mais ele chama seus apaniguados sem a correspondente qualidade em campo, pior fica para a folha de pagamento do Esporte Clube Bahia, cujos torcedores, sócios ou não, sustentam a contragosto alguns elementos que mal conseguem dar um passe de três metros. Zagueiros, laterais e meias ofensivos que prestem, só pra começo de conversa, urgem de forma urgentíssima.

Saudações Tricolores!

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Qual a posição que o Bahia mais precisa de reforços para 2025?
todas as enquetes