é goleada tricolor na internet
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Publicada em 6 de outubro de 2021 às 23:14 por Autor Genérico

Autor Genérico

Corrigindo Rumos?!

Erramos. Faltou essa palavra na nota divulgada pelo tricolor pra explicar a demissão de Diego Dabove. Talvez o orgulho ferido da diretoria só tenha permitido chegar até a admissão da “escolha equivocada” e da necessidade de “correção de rumos”. O técnico argentino foi desligado do clube após completar sua sexta partida e tendo alcançado a nada agradável performance de 27,8% de aproveitamento, com um triunfo, dois empates e três derrotas, a última delas na partida de terça-feira contra o Corinthians, em São Paulo.

Esse jogo serviu para referendar o quão perdido estava o treinador, sem conseguir alcançar uma base titular para o grupo, variando as escalações sem método e também sem alcançar êxito em pacificar o grupo e uní-lo em torno do objetivo da permanência na série A do Brasileirão, como restou evidente na entrevista concedida por Gilberto, no intervalo do jogo, logo após o Bahia sofrer o gol de empate em lance infantil de Lucas Araújo.

A derrota para o time paulista e a própria demissão de Dabove ofuscaram as comemorações em torno da marca alcançada pelo próprio Gilberto. O camisa 9 tricolor se tornou, com o gol marcado, o maior atacante do Nordeste em campeonatos brasileiros, marca que perdurava desde os anos setenta e pertencia a Ramón, atacante do Santa Cruz, de Recife.

De bom mesmo, a demissão trouxe o auto-reconhecimento da incompetência da diretoria tricolor em conduzir os assuntos de futebol. Não é possível terem descoberto como é o método de trabalho de Dabove somente após ele iniciar os trabalhos. Os motivos apontados por Guilherme Bellintani para o descontentamento com o técnico argentino escancararam o completo non sense das decisões que norteiam o futebol do Bahia. Triste realidade!

Mas, Dabove são águas passadas. O anúncio do retorno de Guto Ferreira tem o condão de renovar as esperanças do torcedor tricolor. Ainda que desconfiado das passagens anteriores de Guto no Bahia, é inegável que as recentes passagens dele por Sport e Ceará mostram um treinador capaz de entregar aquilo que dele se espera, capaz de montar equipes competitivas e com um padrão definido de jogo. É claro que Gordiola vai tratar de “fechar a casinha”, evitar tomar gols e beliscar alguns pontos, jogando defensivamente. Se fizer só isso, já será um grande avanço em relação ao que somos hoje em campo. No entanto, a experiência anterior mostra que ele também é capaz de montar times que joguem ofensivamente, sem abrir o meio de campo. Vamos torcer para que ele consiga equilibrar o time, com o elenco que temos, e o torne capaz de

surpreender positivamente o torcedor do Bahia, fazendo com que o retorno do público aos jogos contribua para uma atmosfera positiva que nos empurre para cima.

O Bahia precisa desesperadamente permanecer na série A. Temos todos que nos unir em torno desse objetivo, primordial para o futuro do clube. Se a situação está ruim agora, muito pior será com a perda de receitas que vem com um eventual rebaixamento para a série B. Aliás, nosso presidente ou padece de excesso de otimismo ou gosta de distorcer a realidade (e acreditar nela!). Na entrevista que concedeu na noite de quarta-feira, perguntado sobre os riscos que a ruptura de contrato com a Turner traria às finanças do Bahia, buscou passar a imagem de que esse era um “bom problema”, já que permitia negociar com a Globo (ou outras emissoras) e obter receitas maiores. Meia verdade. Esqueceu de dizer que as regras mudaram e que, prevalecendo a regra do mandante, o Bahia vai negociar sozinho, não mais em bloco, o que reduz o poder de barganha do nosso time. Bellintani também deixou de dizer que a receita pode ser maior, mas somente se permanecermos na elite do futebol. E, para completar, que só saberemos qual série jogaremos em 2022 ao fim do campeonato, o que atrapalha enormemente o planejamento para o próximo ano. 

Podíamos esperar algo de diferente de nosso presidente, incapaz de assumir que houve protestos por parte dos jogadores? Creio que não. Porém, como ele mesmo disse, o Bahia está acima de seus diretores, sejam eles quem forem. Vamos torcer! Vamos apoiar Guto e os jogadores! É hora de soldar nossas fraturas e seguir adiante! BBMP!!

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