é goleada tricolor na internet
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Publicada em 11 de janeiro de 2014 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Do coma à convalescença

Em mais uma pré-temporada, os bastidores do Bahia nunca estiveram tão agitados. É um entra-e-sai de jogador, mistérios, especulações e até mensagens de texto em primeira mão ao sócio. Ano de Copa, de Eleições majoritárias, de um Campeonato Brasileiro cuja fórmula possivelmente não deverá ser mantida. Bem-vindos a dois mil e quatorze! Segue a minha primeira coluna deste ano em forma de breves tópicos:

Campeonato Brasileiro do Tapetão: Cristóvão Borges não rebaixou o Bahia, mas foi o provocador de uma partida extracampo sem precedentes na história do futebol brasileiro. Simplesmente, ao recuar um time apático, sem disposição e confuso enquanto vencia por 1×0, o [Graças a Deus] ex-treinador do Bahia permitiu que o moribundo Fluminense acionasse a sua rede de influências e descobrisse que Manuel da Lupa era feio, bobo e chato, o que configura infração gravíssima no Código Brasileiro de Processo Ludopédico Penal. De acordo com a Teoria do Domínio do Fato, o causídico terceirizado da Associação Portuguesa de Desportos não sabia de nada e comeu bacalhau com mosca esperando uma singela notificação do Superior Tribunal Carioca de Justiça Desportiva. Ave, Joaquim do Terceiro Poder! Dai um jeito no futebol brasileiro e manda prender esse advogado abestado por burrice suprema e uns e outros cartolas por escrotice magnânima!! Alô, Schmidt, bota Vitor Ferraz pra fora e traz esse advogado do Fluminense! Com ele certamente é Rumo a Tóquio, Baêa!!

Novo treinador Marquinhos Santos: Como diriam os colegas da Organização Mundial de Saúde: “WHO?!” Diz a lenda que se trata de um jovem e inteligente treinador, que atuou no Coritiba ano passado e conquistou um Paranaense no qual o rival Atlético disputou como pré-temporada. Possui um rico histórico com categorias de base, inclusive da CBF, e é mais uma aposta desta diretoria que gosta muito de adrenalina, haja vista as emoções vividas em 2013 e o “tudo dentro do planejamento”. Oxalá dê certo e seguimos apoiando o clube e os esforços da atual gestão diante de um treinador barato e que, caso dê certo, poderá ser o iniciador de uma nova era dentro de campo para o Bahia.

Novas contratações: Percebo, até agora, que os empresários são uma realidade no futebol nacional a ponto de membros da nossa diretoria, tão inocentes (ou não), afirmarem que “aqui empresário não se mete” ou coisa do tipo. Não apenas “se mete” como também os nomes podem ser trocados. Urano, Netuno e Plutão (o primeiro planeta rebaixado para a Série B e que voltou à primeirona planetária graças ao advogado do Fluminense, que entrou com recurso na Sociedade Internacional de Astronomia) agradecem.

Novas contratações 2: O perfil dos contratados já era esperado: jogadores-aposta. A única quase unanimidade até agora é o famoso Primo de Messi. Seguimos confiantes que ele faça mais gols do que fez no Rival, que DNA esteja diretamente relacionado às habilidades de jogadores de futebol (citar Edinho de Pelé não vale) e que a sua contratação se efetive mesmo como a maior da história do Bahia em mais de vinte anos. Por que “maior em vinte anos”? Porque eu não me lembro, de vinte anos para cá, de um jogador jovem com mercado no Sudeste, em boa forma física e técnica e sem histórico de envolvimento com drogas, bebida excessiva e afins aportar no Bahia. O irmão dele ter vindo de contrapeso “faz parte do negócio”…

Novas contratações 3: os demais contratados, como falei, são apostas dentro do perfil de austeridade apregoado pela diretoria (com um pouco mais de critério). Depois do Jobson que gostava do branco, temos um Branquinho. Rafinha, promessa da Gávea, foi trocado pelo Feijão pra ver se faz mais do que o arroz e deverá voltar pro Rio mais tarimbado depois de carregar a Fonte Nova em vez do Maracanã nas costas. Galhardo, Rhayner… jogadores com atuação em times da Série A, e, que me lembre, não passaram mais de ano na Turquia sem fazer um gol sequer tampouco voltaram de grave contusão esperando apenas o Espírito do INSS bater à porta do Fazendão. Alguns deverão compor o elenco. O argentino já pode entrar e vestir a camisa 10 ou 11. Rafinha, se der certo, será ídolo rapidinho… ainda poderá ter paraguaio legítimo na parada, e de qualidade!

Demissões: Seguimos no aguardo da demissão dos supostos envolvidos nos vexames dos clássicos Ba-vice em 2013, seus amigos e asseclas, bem como todos os demais atletas que estiverem sobrando no elenco, cujas únicas atribuições no clube ano passado foram enfeitar as salas do Mundo Plaza dentro de xaxins por valores mensais exorbitantes.

Democracia: Depois duma sofrida sodomização no ano passado, de acordo com recomendação das almas sebosas peninsulares, a torcida tricolor, após tratamento com enemas analgésicos, não apenas pode se orgulhar de poder votar para presidente, como também deve se orgulhar de sua “voz” – a ponto de se mobilizar em redes sociais e no fórum deste site -contrariamente a uma suposta negociação envolvendo outros valores da nossa base em negócio supostamente desvantajoso. Sócios recebendo notícias oficiais em primeira mão, maior transparência na divulgação das notícias… “mas isso tudo é culpa do partido A ou B”: gargalham ao vento os ressentidos. Nada foi ganho, nada foi conquistado ainda dentro de campo exceto uma não-queda, mas alguém duvida que alguma coisa tem mudado para melhor???

O argentino pode não jogar nada, o branquinho pode virar amarelinho… mas pelo menos são atletas em forma que não deverão ficar recebendo para não jogar.

Democracia é o meio e não a finalidade, e a diretoria que vier no próximo pleito deverá encontrar um clube em melhores condições de governabilidade, e não um clube vencedor de algo que não seja o campeonato baiano.

Exigências: Além do campeonato baiano (lembremos do fator psicológico positivo de vencer o rival), deveremos entrar na Copa do Nordeste como um dos favoritos ao título e no Brasileiro como favorito ao não-descenso. Fora disso, repito, é improvável ocorrer. Se conseguirmos superar o ano da Copa e das eleições com a instituição EC Bahia fortalecida, mediante melhores campanhas nas competições que disputar, o clube ganhará uma força institucional tão grande que em 2015 “tenha medo” desse clube… os olhos do mundo voltar-se-ão ao Brasil neste ano, e a hora do Bahia “botar a cara” é essa.

O torcedor precisa entender que mais do que ganhar títulos de expressão, o Bahia deve recuperar o respeito e a credibilidade perdidas depois de anos de descaso.

Este é o nosso Bahia: do coma da garbosidade à convalescença no hospital da democracia. E um campeonato baiano conquistado, esperamos, será o primeiro remédio rumo à cura total.

Saudações Tricolores!

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