Se o Bahia jogasse a primeira partida da mesma forma como jogou a segunda na Fonte Nova certamente a história da decisão seria outra completamente diferente. Dizem os filósofos da bola que a melhor defesa é o ataque, certamente.
Se o treinador do Bahia tivesse tido ousadia e marcasse o adversário em seu campo no jogo da ida assim como fez aqui na Fonte Nova, a essa altura o choro estaria do outro lado. Errou na casa do adversário e acertou em casa porque aprendeu com seu próprio erro, e não fosse o gaúcho Vuaden a festa não aconteceria do lado de lá.
Não gosto de falar sobre armações fora do campo, detesto o tema porque acho que o futebol é pra ser jogado como espetáculo e não como joguinhos de cartolas querendo ser maiores que o clube.
Falam depois da perda do campeonato que a CBF tem má vontade com a diretoria do Bahia. Não acredito, até porque a escolha dos árbitros nesses casos regionais não foi e nem é da CBF. A preferência por esse ou aquele juiz é do presidente da FBF que escolhe os nomes dos árbitros e solicita-os, a CBF apenas verifica se tais árbitros solicitados estão disponíveis e libera-os
— A Federação Baiana de Futebol na pessoa do seu presidente é 99% responsável pelo que ocorrer relacionado à arbitragem.
Porém, a culpa cabe também pela cultura ainda colonial dos dirigentes do nosso futebol em achar que tudo que vem de fora é melhor que o que se tem em casa. E assim todas as decisões entre Bahia e Vitória têm de ser com árbitros importados do Sul e Sudeste, e se os clubes concordam não cabem reclamações à CBF.
A Bahia tem excelentes árbitros e não vejo motivo algum para buscá-los em outros estados. Dois jogos e dois erros grosseiros que decidiram à favor do rival. O primeiro por incompetência de um árbitro novo sem o devido traquejo — aqui tem melhor que aquele –, o segundo por ausência de critério de avaliação instantânea do árbitro no lance claramente faltoso.
Vuaden é um árbitro que gosta de deixar o jogo seguir e não raro se envolve em lances polêmicos por conta desse seu estilo. Mas há limites, ele jamais poderia ter deixado de marcar aquela penalidade porque naquele momento ele, possivelmente — porque poderia ou não ser convertido –, tirou o título do Bahia e o entregou ao Vitória…
Não acredito em má fé porque não é em lance como aquele que um juiz “preparado” entregaria a rapadura. Evidentemente que existem sutilezas que não chamam a atenção onde o apito pode mudar resultados. Daquele jeito no domingo passado fica muito escancarado, daí a minha convicção de que foi erro de avaliação.
O equívoco de Anderson Daronco sobrecarregou o erro de Leandro Vuaden e complicou ainda mais a situação deste e, os dois juntos, colocaram uma mancha no título conquistado pelo rival.
— É para que não aconteçam erros com esse nível de desconforto que o AV — árbitro de vídeo –, projeto aceito pelo IFAB — International Football Association Board — e aprovado pela FIFA, do baiano Manoel Serapião Filho, que a partir de 2017 entra em vigor em todo o Planeta Terra onde quer que tenha futebol filiado à FIFA.
O Campeonato é passado e a torcida precisa acreditar no trabalho que há no Bahia e aguardar os acontecimentos deste ano porque o presidente que aí está foi referendado por ela, torcida, com toda legitimidade. Há que se dar crédito também à juventude de Doriva e confiar no trabalho que ele faz porque não é momento para desmonte de estruturas.
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