é goleada tricolor na internet
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Publicada em 8 de julho de 2021 às 19:34 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

E assim segue a saga dos insensatos

Gostaria muito de entender esse sobe e desce “crítico” do torcedor que não raro revela uma dose elevada de um radicalismo desnecessário, desinteligente e infundado — claro que as exceções são muitas e num patamar bem acentudo de grande parte da torcida Tricolor que usa a sensatez para entender a dimensão de tudo que acontece com o Bahia e o porque de não ser da forma que o anseio deseja.

Dado Cavalcante tem sofrido uma discriminação impiedosa e injusta para o tamanho do seu trabalho. O “pecado” por ele ser nordestino e os seus 39 anos de idade não deveria ser problema porque nesse caso o que conta é a brasilidade e as ideias da inteligência afinadas com a evolução constante do futebol e não com os ditames da paixão repletos de preconceitos tolos — o preconceito aliás é o pior dos defeitos da pobreza de espírito do ser humano, em quaisquer circunstâncias.

As reclamações dessa insensatez disfarçada em nome de uma pretensa inexperiência portada por Dado não combinam com absolutamente nada porque o que importa neste mundo cibernético — sistema interdisciplinar de estudo entre homem e máquina — é que não há indicação de que o jovem e o idoso sejam obrigatoriamente duas mentes desalinhadas e distantes uma da outra e muito menos seja a preconceituosa regionalização um fator de inteligência.

São as novas ideias e as que se renovam e fazem a revolução moderna de tudo que vivenciamos hoje que torna tudo viável e faz a diferença, independentemente de idade e origem.

Mas as pessoas mesmo vendo a olhos estampados o progresso tático e técnico do Bahia, dentro do que é possível, ainda assim pensam e pedem a substituição do técnico por outro que seja da grif dessa chamada prateleira de cima com a nobreza do sonho dos incautos para treinar o Bahia. Mesmo que o staff do clube se dispusesse a contratar alguém consagrado, um orçamento de menos de 200 milhões seria suficiente? Não. Ao contrário, seria irresponsabilidade ao nível de um chapéu num prego bem alto onde a mão do Tricolor não alcança.

Fechar os olhos para o desenvolvimento do time do Bahia em campo é no mínimo má vontade para com um profissional nascido, criado e formado no Nordeste. Por que será que depois de se ver tanto trabalho fracassado de técnicos renomados, ainda assim há clamores favoráveis a esses? É uma pergunta para a qual não há respostas devido à obviedade dos fatos.

Observe caro leitor quem são e que idade têm os respectivos treinadores do Palmeiras, do Bragantino, do São Paulo, do Santos, do Fluminense, do Atlético-Go, do Flamengo, do Fortaleza etc. etc. que estão todos na faixa etária entre 39 a 50 anos. Por que Dado Cavalcante, que livrou o Bahia do rebaixamento na temporada passada, foi campeão da Copa Nordeste, está na terceira fase da Copa Brasil, e faz ótima campanha no Campeonato Brasileiro não tem capacidade para dirigir o Tricolor?

Por tudo que tenho visto no Bahia deste ano é que ratifico minha opinião sobre o trabalho do atual treinador e aposto firmemente no seu estilo e na sua competência. Ele tem demonstrado capacidade não só técnica quanto de liderança. Se queremos um Bahia evoluído não dá mais para apostar em figurões estacionados na fama com salários astronômicos em detrimento da inovação com nova filosofia de trabalho e metodologia moderna abrangente à parte técnica e psicológica do jogador.

Tudo se renova, tudo se transforma. Se o Bahia entrou nessa de se estruturar para obter resultados eficazes a médio e longo prazo aderindo a um novo modelo de gestão com responsabilidade, tem de se sustentar nesse pilar porque há como base um plano bem elaborado que passa principalmente pela renovação que transformará o clube.

Os sonhadores com a irrealidade reclamam um Bahia muito superior ao atual e esquecem que atualmente o Tricolor é o sexto colocado… opa!, tem algo errado. Contra a Chapecoense a substituição feita pelo coach ganhou o jogo. Contra o Juventude a substituição também ganhou o jogo… Opa! Foi sorte, é o que dirão. Não foi sorte, foi convicção de quem trabalha certo para executar com excelência seu plano de jogo.

Matheus Bahia não serve, Juninho Capixaba não sabe jogar — onde ele foi revelado e amado pela torcida que ficou viúva de saudade quando ele foi embora não conta –, o treinador não está à altura do Bahia, Guilherme Bellintani é omisso porque não quer ser irresponsável, o Fazendão não pode ser vendido porque acham que vale 50 milhões… e assim, sempre insatisfeita, segue a saga dos insensatos.

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