é goleada tricolor na internet
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Publicada em 20 de julho de 2012 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Encruzilhada

Futebol é coisa séria. Tomar 4 a 0 dói. Mexe com os brios. Quando acontece, gostaríamos até de ter estado em campo. Quem sabe não poderíamos ter feito algo diferente? Sei lá, algo poderia ser pior que aquilo?

Mas acontece. Com mais frequência do que desejamos. Ultimamente, com muito mais frequência do que desejamos. #TendePiedade

O que dói mais, porém, no fundo, lá no último restico de esperança que se encontrava em meu peito, era saber que o roteiro para esta indigesta mesa-posta-para-o-abate já estava escrito. Há muito. Muito mesmo. Várias rodadas atrás. E toda a torcida tricolor já sabia. Nem Binha poderia ousar duvidar que o cardápio hoje seria diferente: Baêa frito com arroz. Pó-de-arroz. E 4 “na Lomba”. Até acho que não escreveram no ingresso, previamente, por educação. Mas que o porteiro sabia, sabia!

Oito desfalques? Gostaria de pensar que foi isso. Desentrosamento dos recém-contratados? Alguém tem uma desculpa melhor? Ahhh, alguns dirão que o placar não condisse com o que se viu em campo. Piada. Assisti ao jogo, até acho que o Bahia se defendeu bem e teve as melhores chances com Kleberson, por duas vezes no primeiro tempo, até acontecer o pênalti infantil. Também não vou pôr a culpa em Lomba, que pula antes em todos os pênaltis, em gesto tão generoso. Seria cruel. O fato é que o placar já estava decretado antes mesmo da bola rolar.

Todos sabem o quanto faço questão de reconhecer que o futebol é uma caixinha de surpresas e que favorito não ganha jogo antes da bola rolar. O jogo do Bahia poderia tranquilamente ter se encaixado em pleno Engenhão. Aliás, já está mais do que na hora de começarmos a morder os dito grandes. Mas não hoje. Hoje era um daqueles dias em que todos já sabiam, os próprios jogadores inclusos, que entrar em campo era uma mera questão de formalidade.

Os sinais para tanto estavam mais do que claros. O tempo para tanto já estava mais do que maduro. Não dá para se querer chegar a qualquer lugar na Série A, jogando-se com a cara e a coragem. Ninguém avisou que subimos? Atenção! Quem está na B é o Vi-ce.

A culpa? A culpa é da limitação do elenco. Da omissão da diretoria ante às evidências que se desnudam desde o primeiro empate contra o time B do Santos em pleno Pituaçu. Da preparação física que não consegue manter os jogadores distantes do DM. Do DM que parece gostar da companhia. Da antiga comissão técnica que abriu mão de suas próprias convicções em vista dos resultados negativos. E de qualquer outra combinação de tantos e tantos fatores que enredam o, atualmente, Ex-quadrão.

A culpa? Sinceramente, pouco me interessa. O que me interessa mesmo é que ainda há espaço para uma reformulação. Que temos na figura de MGF um presidente que diz pensar grande como o Bahia merece ser, mas tem que agir. Que o elenco recebeu, enfim, jogadores com a experiência necessária para fazer a diferença nas horas decisivas. Mas precisamos começar. Já! Pra ontem. Em todas as áreas, em todas as frentes.

Que o novo técnico tenha sorte, que não se concretize o meu diagnóstico para toda essa situação. Sinceramente, Falcão é o menos culpado.

Abaixo à inferiorização. O Bahia é grande demais para se fazer tão pequeno.

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