As palavras acima são do presidente Marcelo Sant’Ana logo após a derrota para o Vila Nova. Dessas palavras faço uma curta análise.
Perder é admissível porque futebol não é ciência exata. Perder seis em sete jogos seguidos é que ninguém aceita. Mas a fase ruim do time também tem a ver com a gestão falha no futebol do clube. Pandolfo não me parece com autonomia, vejo outras pessoas aparecendo na mídia para falar sobre o futebol mais que ele, inclusive o presidente.
Não era momento de conceder entrevista de cabeça quente, era momento de ir para casa e ouvir o travesseiro porque tem muito mais a ser feito no futebol do Bahia. Não citar nomes intranquiliza muito mais do que citar porque deixa o elenco nervoso e apreensivo, todos se sentem com a pescoço na guilhotina.
— Presidente não tem que ficar dando entrevistas, isto é função do Diretor de futebol.
Esse destrambelho presidencial pós derrota acontece desde o jogo contra o Tupy e isto só tem piorado as coisas. Em Minas o presidente disse que “cabeças vão rolar e novas contratações virão”.
Até agora só foi para a guilhotina Hayner, jovem promessa que o Bahia joga pela janela, Thiago Ribeiro que nem deveria ter desembarcado na Bahia, Paulo Penha — que foi sumariamente julgado pela necessidade de elencar maior número de bodes expiatórios — e Danilo Pires.
Da comissão técnica caiu só o preparador físico, mas deveria ser sumariamente extinta a gerencia de futebol porque além de inútil serve somente ao leva e traz encrenqueiro que gera mal estar no grupo. O diretor de futebol juntamente com o supervisor seriam suficientes.
Se o presidente quer mesmo que o Bahia esteja no seu devido lugar em Dezembro tem realmente que modificar muita coisa, inclusive, eliminar o cabide de emprego. Não dá para creditar o insucesso do time somente aos jogadores, há muito mais defeito na composição do departamento de futebol que no elenco.
O fato é que efetivamente ainda não deu e nem dará para notar o tão propalado profissionalismo no Bahia, não enquanto algum protecionismo a afilhados de maléficas correntes dentro e no entorno do clube existir.
— “Cabeças vão rolar e novas contratações virão”. Fazendo apostas em juniores de outros times e dispensando os da casa? A torcida quer jogadores consagrados e não apostas no desconhecido. Mais um João Paulo… nada contra o rapaz, falo somente da insensatez dos dirigentes. Cadê o artilheiro Itinga?
Para não dizer que não falei das flores; a parte administrativa e organizacional do clube — exceção feita ao futebol — merece elogios. Ocorre que o Bahia é um clube essencialmente futebolístico e sem nenhuma tendência para instituição bancária. O que a torcida deseja é um clube organizado, sim, mas igualmente forte dentro de campo para voltar ao seu lugar de tradição e respeito no cenário do futebol brasileiro, o resto é enganação barata como dizem os fatos.
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