O Esporte Clube Bahia está fora da Copa Sul-Americana. A eliminação ocorreu de maneira inaceitável, considerando a postura apática e a falta de uma consciência coletiva. Faltou urgência nos períodos de maior dificuldade durante a partida. Sendo objetivo: a queda foi merecida. Em 180 minutos de mata-mata, o Tricolor de Aço não mostrou a mínima contundência que se espera de um time que ambiciona algo maior no continente, falhando tanto na Libertadores quanto na Sul-Americana.
Na Colômbia, uma sequência incompreensível de erros: Michel Araújo falhou ao perder a bola de maneira desatenta; Santiago Ramos Mingo, ao dominar a jogada, fez um recuo temerário em direção ao gol; Marcos Felipe errou ao demorar no retorno para sua posição… Faltou atenção e comunicação, principalmente. A atitude nos jogos pela Sul-Americana não poderia ser pior – cabe a reflexão para os jogadores e a comissão técnica.
Para além do quadro fotográfico das duas partidas eliminatórias contra o América de Cali, em uma observação mais ampla sobre a trajetória, a direção de futebol do Esporte Clube Bahia precisa compreender que a janela de transferências do meio da temporada é fundamental para ajustar, refinar e progredir. Não se trata de uma janela de transferências dispensável. A passividade nesse quesito causa preocupação no torcedor, tendo em vista os problemas na defesa e no ataque do time.
Nesse sentido, ficam evidenciadas as carências: um goleiro titular indiscutível, um zagueiro que traga mais qualidade e sustentação ao setor defensivo e um centroavante para revezar com Willian José. Fica nítido que não se trata de um “luxo”, mas sim de uma necessidade profunda. Por causa dessas deficiências, estamos fora da Libertadores e da Sul-Americana… Cabe uma reflexão à direção de futebol, na figura de Cadu Santoro e companhia.
Agora, a Copa do Nordeste – que já era uma obrigação de título – ficou ainda mais “pesada”, e o torcedor estará de olhos abertos para a postura do time nessa competição. Não há mais desculpas: restam três competições. No Brasileirão, a vaga na Libertadores também se tornou uma obrigação. Por último, mas não menos importante, a Copa do Brasil precisa ser levada a sério, tendo em vista o retorno financeiro e a possibilidade de um título nacional – palpável.
Dentro desse contexto, é importante que o torcedor saiba: não há terra arrasada. Há muita margem de crescimento dentro do próprio elenco atual. O trabalho continua indo na direção certa, entendendo que há uma curva de aprendizado ascendente. Há muito a ser disputado e conquistado nesta temporada, e não há espaço para uma “rusga” entre torcida e time.
Para os jogadores, fica o lembrete: no Bahia, não há mais espaço para o esforço “mediano”. Só há lugar para a busca incessante pela superação… Foi assim em 1959 e foi assim em 1988. A exigência da torcida voltou para o padrão de fábrica. Atuações sem ímpeto, sem vontade e força, não farão parte do cenário. Que fique em evidência a necessidade de urgência, determinação e coragem, sempre.





comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.