Chegamos entre lágrimas e perdas ao fim de mais um ano com peculiaridades anormais que se apresentou mais trágico pelos desastres naturais, o cruel terrorismo, as insanas guerras com suas impiedosas consequências que não poupam crianças e nem idosos. Assistimos impotentes diariamente ao desespero dos nossos irmão sírios, somalianos, paquistaneses e afegãos que se arriscam em frágeis embarcações onde desespero, sofrimento e o medo se confundem.
Desde janeiro deste ano, mais de 350.000 pessoas buscaram refúgio atravessando o Mediterrâneo. Entre crianças e adultos, morreram afogados cerca de 2.500 nessa fuga de guerras civis e terrorismo. As imagens nos dizem muito mais do que escrevemos.
Como se nada disso fosse muito, ainda tivemos que admitir o espírito da irresponsabilidade de um piloto mercenário e suicida que juntamente com o controle de tráfego aéreo boliviano dizimou a delegação da Chapecoense e uma parte da imprensa esportiva brasileira. O que deveria ser festa acabou em tristeza e enlutou o mundo esportivo.
Parecia inverídico o que eu assistia estupefato num apartamento de hotel às 5:00h da manhã de terça, 29 de novembro. Mas não. Era um noticiário impiedosamente realista que me fez gelar. Olhei em volta de mim mesmo para saber se eu houvera realmente acordado, puxei a cortina e vi o dia nascendo com um duro golpe na alma.
Desapareceu quaisquer vestígios de alegria no transcurso daquele dia que, para este colunista, foi tão marcante quanto o 11 de setembro golpeando o mundo, destruindo vidas e o magnífico World Trade Center. Foi como num sonho.
Mas o mundo não para e essa página triste que entrou para a história será virada ainda que lenta e pesadamente. Esquecer… jamais! Aliviaremos a dor e a saudade com o decorrer dos anos. Por enquanto, nos consola ver que o povo colombiano nos abraçou e, também, dividiu conosco as nossas próprias dores.
Finalizo este assunto sonhando ver o Brasil se superar e tornar-se digno e organizado com o mesmo sucesso alcançado pela Colômbia que há dez anos ainda era um mar de conflitos internos causados pelo separatismo ideológico e o tráfico de drogas. Hoje é uma nação digna do Prêmio Nobel que ganhou, bem como do nosso reconhecimento e gratidão eterna.
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E o Bahia chegou com a ajuda de São Judas Tadeu e da santa estrela tricolor à Primeira Divisão. Importante é que chegou. Agora é aproveitar bem a experiência e fazer um time de acordo com o orçamento do ano vindouro, que não é nada pouco. Dá para fazer bonito em 2017.
Finalizo este ano parabenizando o presidente do Bahia pela negociação muito bem feita com a empresa que construiu a Cidade Tricolor. Gosto da forma como administra o clube o presidente Marcelo Sant’Ana. Embora o tenha criticado pela sua postura imatura e a prepotência que revelou desastrosas atitudes com o futebol, jamais deixei de reconhecer seus méritos administrativos à frente do clube.
Ocorre que o tempo passa e as pessoas amadurecem, tornam-se maleáveis, melhoram afinal. É isto que espero do presidente do Bahia: ser tão eficiente com o departamento de futebol quanto tem sido com a organização do clube. A Cidade Tricolor e a manutenção do Fazendão sob domínio do E.C Bahia são fatos para se comemorar.
Sobre futebol propriamente dito, falaremos em janeiro próximo. Adianto, porém, que trazer o colombiano Armero é sinal de que o Bahia colocará em campo um time para brigar por posições privilegiadas na tabela do campeonato nacional. Pablo Armero não é nenhum craque, mas é colombiano. Também é voluntarioso e eficiente, com nome feito no cenário do futebol mundial.
FELIZ NATAL!
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