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Coluna

Manuelito Magalhães
Publicada em 07/12/2021 às 06h07

Espada de Dâmocles

Sete dias, duas derrotas e um triunfo. As derrotas para os dois Atléticos, o de Goiás e o de Minas, inexplicáveis. O triunfo, contra o Fluminense, um respiro de alívio e esperança. Eis o resumo da semana do tricolor, combalido mas aguerrido. Ferido, mas vivo. O saldo final, saberemos apenas na próxima quinta-feira, no Castelão. Assim como na temporada passada, chegamos ao fim do campeonato tal qual Dâmocles, com a espada pendurada sobre a cabeça, amarrada num fio de cabelo. Espelho da administração desastrosa (no futebol) de Guilherme Bellintani e Vítor Ferraz, que podiam ter mudado para cima o patamar do clube no cenário nacional. Deixam, contudo, o legado desastroso dos campeonatos disputados sob o risco de retorno para a segunda divisão, que o clube não frequenta desde o ano de 2016.

A dupla colheu o que plantou. Após a temporada de 2020 em que escapamos nas últimas rodadas, prometeram uma reformulação de elenco e mudanças na gestão de futebol. Entregaram um time com jogadores de pouca alma, diretores executivos incompetentes e um caminhão de contratações pífias, com poucos acertos. Alguns aconteceram do meio para o final do campeonato, casos de Rodallega e Raí, por exemplo, demonstrando claramente o desacerto das decisões iniciais.

Tivemos três técnicos, se não contarmos o interino. Um deles, Dabove, invenção da dupla dinâmica, mal esquentou a cadeira, desarranjou o time. Ainda que isso fosse tarefa quase impossível, já que vínhamos ladeira abaixo com Dado Cavalcanti. O único acerto nesse campo, Guto Ferreira, chegou a nos encher de esperança por posições melhores, mas foi contido por um elenco que deixa muito a desejar.

Criticado por muitos, especialmente após a virada do Atlético-MG, Guto merece uma análise à parte. Com 14 partidas sob seu comando, nosso treinador conquistou 20 pontos em 42 disputados. Um aproveitamento de quase 48%. Com esse desempenho, durante todo o campeonato, estaríamos disputando vaga na Copa Libertadores. À guisa de comparação, nos 23 outros jogos, alcançamos a marca de 1 mísero ponto por jogo. Guto é o menos responsável pela situação em que nos encontramos. Erra ou acerta como todos nós, inclusive os torcedores, embora sempre estejamos contando o que faríamos de diferente, engenheiros de obras prontas que somos. 

A torcida, essa sim, merece um capítulo à parte. Abraçou o time e fez a valer a máxima de que somos caso único no país de clube que não tem torcida e sim, de torcida que tem um clube. Lotou a Arena Fonte Nova nos jogos decisivos, aplaudiu, vibrou, cantou, empurrou o time contra os adversários, esquecendo as decepções com uma diretoria que não está à altura, nem do clube, nem da torcida. 

Espero que essa mesma vibração seja usada após o campeonato para exigir mudanças na gestão do futebol. Não podemos mais aceitar o lero-lero dos anos anteriores, o discurso fugidio e a falta de assertividade e transparência nas contratações. Não defendo a irresponsabilidade financeira. Antes, pelo contrário, ser responsável não é contratar um caminhão de jogadores. É contratar bem. É trazer jogadores que dão resultados dentro e fora de campo. Não é trazer “oportunidades” que, regra geral, são de alto risco e baixo retorno. Combinação que qualquer investidor foge, exceto nosso tão badalado “mago das finanças”, Guilherme Bellintani.

O Bahia volta à Fortaleza, uma temporada depois, em busca de um triunfo para se manter na série A do Brasileirão. Cidade que nos traz boas lembranças, pois recentemente lá ganhamos a Copa do Nordeste, contra o Ceará. Que nossos jogadores e nosso técnico estejam inspirados como naquele já longínquo 8 de maio. A nação tricolor merece esse presente antecipado de Natal. Eu Acredito! BBMP!!

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