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Publicada em 1 de outubro de 2009 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Esses bananas acabaram com o Bahia

A sede de praia do Bahia é um patrimônio vagabundo. Não sei se tão vagabundo quanto o atual time de futebol, que é vagabundaço. Mas, de qualquer maneira, mesmo vagabundo, mesmo degradado, representava um patrimônio. Valioso, diga-se de passagem. Não pelo imóvel, que não vale nada, mas pela localização, no filé mignon imobiliário da orla de Salvador. Termina de ter sua desapropriação negociada com a Prefeitura por menos do que vale o terreno.

O negócio foi referendado por uma dessas reuniões fajutas da Assembléia Geral do Esporte Clube Bahia, com convocação malandra e quase sigilosa, publicada num canto de página de jornal de pouca circulação. A diretoria atual continua com as mesmas práticas, as mesmas formas de controlar o Conselho Deliberativo e a Assembléia Geral. Só que agora com uma face aparentemente nova, mas de uma falsa modernidade que não resiste à menor análise. As promessas de transparência, de eleições diretas, de reforma no estatuto do clube ou ficam no papel ou são “cumpridas” de forma canhestra, quase amadora, no intuito único de levar o torcedor na conversa.

É como a história do Conselho Consultivo, criado como inovação democrática e que, na verdade, era só jogo de cena, enganação. Nunca funcionou, nunca saiu do papel. Tem gente que nem sabe que faz parte do tal Conselho, o qual, a bem da verdade, nunca aconselhou coisíssima nenhuma. Falo de cátedra. Sou Conselheiro sem que nunca tenha sido consultado ou mesmo simplesmente comunicado dessa ilustre condição por algum representante do Esporte Clube Bahia. Desconfio que assim seja com outros Conselheiros. O que significa, no frigir dos ovos, que tão nobre colegiado é mera ficção, no máximo um factóide.

Mas, voltemos ao tema do patrimônio. Li em algum lugar que se pretendia utilizar o dinheiro da sede de praia para quitar a dívida com o Banco Opportunity. Opa! A quem interessa esse negócio? Serve aos propósitos e aos interesses do Bahia? Vamos perder um patrimônio para entregá-lo a uma instituição como o Opportunity, pilotada pelo notório banqueiro Daniel Dantas, frequentador de 80 por cento dos escândalos financeiros do país?

Embora a administração do Bahia continue hoje a mesma caixa preta ordinária que vinha sendo nos últimos 30 anos, o que se sabia até agora, divulgado pelo próprio clube, é que já havia sido feito um acordo com o Opportunity, pelo qual o banco teria um determinado percentual de qualquer negociação de jogadores feita pelo clube até 2023 ou coisa que o valha. Ou seja, a dívida com o Opportunity já foi renegociada. E dívida renegociada não é mais dívida.

Esse dinheiro da sede de praia, se é que vai entrar mesmo algum, deveria ser aplicado em débitos ainda não negociados, que podem vir a gerar problemas futuros ao clube, como penhora de rendas e outros bichos. Feita dessa forma, a desapropriação da sede de praia só beneficia o Opportunity, que, em troca do título baiano de 1998 (pois foi só o que rendeu ao Bahia o acordo com aquele tamborete de investimento), vai levar praticamente metade do patrimônio do Bahia.

Agora, aparece a diretoria do Bahia com essa história mal explicada de troca, com a construtora OAS, do Fazendão por outro centro de treinamento, na Estrada do Côco, longe da torcida, perto de onde Judas perdeu as botas. Ou seja, torrada nos cobres a sede de praia, os coveiros do Bahia estão cuidando agora de se livrar do último patrimônio que resta ao clube.

Essa história da troca do Fazendão muito certamente será danosa aos interesses do clube. Alguém vai ganhar com isso – e não será o Bahia nem sua torcida. Aliás, deixar o Bahia sem nada parece ser o verdadeiro objetivo desses caras. São como abutres que só largam a carniça quando restam apenas os ossos. E sem esperanças, porque Marcelinho, Marcelão, Maracajá, Petrônio, Acciolly é tudo banana do mesmo cacho. Na verdade, é tudo banana, sem adjetivações complementares.

Quanto ao time de futebol, bem, peço que me perdoem a expressão chula: é uma merda, sem tirar nem por. Agora inventaram um técnico novo. Ao invés de irem novamente buscar Ferdinando Teixeira, resolveram trazer Bonamigo. Bonamigo? Que namigo, que amigo coisa nenhuma… Só se for Muy Amigo, como o argentino Gardelón, antigo personagem de Jô Soares.

Pois é, dá uma tristeza danada, mas a verdade não é outra: esses bananas de quinta categoria estão levando o Bahia para a terceira divisão. Mais do que isso: eles acabaram com o Bahia. Deviam ir junto…

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