é goleada tricolor na internet
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Publicada em 20 de setembro de 2006 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Fenomenal torcida

Nada, absolutamente nada, pode ser compararável à torcida do Bahia. Não há Flamengo e nem Corinthians, a qualidade da torcida tricolor é insuperável em gênero e grau. Ter a melhor média de público, jogando na Série C, é algo para ser estudado por cientistas esportivos. Caso a ciência não tenha chegado especificamente ao futebol, estudando os seus fenômenos, então, terá que fazer isso a partir do Bahia e a sua fiel torcida. Eu fico imaginando daqui o “espanto” do Sul e Sudeste, que devem estar se perguntando por que um clube como o Bahia, com um poder de apelo incalculável, encontra se debatendo na Terceira Divisão. São coisas que só o “sobrenatural do Almeida” (acabo de ressuscitá-lo) pode explicar. Ou quem o mandou pra lá.

Não era o São Paulo e nem o Internacional que o Bahia estava enfrentando na Fonte Nova no dia 17 de setembro, era o desconhecido Ananindeua… isso mesmo, o Ananindeua! Que, por seu turno, nunca imaginou nem em sonho jogar na Fonte Nova para um público de 50.000 torcedores. Certamente que filmes e fotos desse jogo farão parte do acervo principal do Ananindeua, para posteridade. Só o Bahia e a sua fenomenal torcida são capazes de proezas desse porte. Há dirigentes de grandes clubes pelo Brasil afora que gostaria de poder contar imensamente com uma torcida dessa.

A honra que teve o Ananindeua de jogar para um público recorde nas três divisões deveria ser retribuída em nome da gratidão, colocando o seu mando de campo, contra o Bahia, no Mangueirão. Seria inteligente além do reconhecimento, pois certamente que a renda seria bem maior que a do Curuzu, afinal, o Bahia é atração onde quer que jogue, independentemente da divisão em que eventualmente se encontre. Mas é claro, estou só expondo a minha opinão de torcedor apaixonado e inconformado por estar jogando a Série C. Não é mole estar “me” submetendo às regras previstas de um regulamento que pune com o rigor dos descensos quem não tem competência administrativa e consequentemente em campo. Eis aí onde nos leva a falta de planejamento.

A questão não é de difícil equação, é muito simples até, coloquem executivos preparados e isentos de influências das eminências pardas, com poder total de decisão, que certamente passaremos a respirar os ares da modernidade no nosso Esporte Clube Bahia. Tomem como exemplo o São Paulo, único modelo no Brasil para os demais, lá existe um presidente que desígna executivos profissionais à todos os departamentos do clube, deixando como é certo que esses façam jús de forma correta e benéfica para o clube, aos salários que recebem.

Por quê será que o Santa Cruz está mais uma vez à beira de mais um rebaixamento? Falta de planejamento é a resposta certa. Não se pode dirigir nos dias atuais, um clube de massa à base do amadorismo, é inaceitável. É muita responsabilidade sobre os ombros dirigir clubes como o Bahia, Atlético Mineiro, Botafogo, Flamengo, Corinthians, Santa Cruz e outros clubes de apleo popular guiado pela vaidade pessoal, o resultado é exatamente o que se vê atualmente na prática. Mas isto vai mudar, a modernidade e a pressão natural das massas farão com que os retrógados “donos” de clubes se afastem ou se enquadrem. Eu acho que não vou precisar ser neto de mim mesmo para vivenciar isso.

Mas enquanto isso, não podemos abrir mão da nossa alegria de ver que o Bahia está quase no octogonal que vai permitir quatro acessos à Série B. O Bahia será dono de uma vaga, pois trilhou um caminho àrduo para conseguir enfim armar um time que nos permite vislumbrar este objetivo. Muitas críticas foram feitas à diretoria, por estar contratando “caminhões” de jogadores. Eu não me incluo entre esses, pois achava que não havia outro caminho senão o da garimpagem, e alguém para encontrar ouro tem que peneirar muita lama e pedra, só assim se consegue selecionar o “ouro”. Se foram tentados e experimentados quase 100 jogadores, paciência! Buscava-se uma fórmula de encontrar o elenco certo e isto aconteceu. Palmas para Mota, fez o trabalho certo (apesar das duras críticas) e está mostrando que o objetivo de todos está ficando cada vez mais próximo.

Não tem importância alguma para mim se o time está ganhando com escores apertados, eu só sei que a fenomenal torcida está feliz e a “galinha” está enchendo o papo de grão em grão. Temos a melhor campanha da Série C, a melhor torcida das três séries e o récorde (por consequência) de público também das três séries. Nessas circunstâncias, o quê mais seria preciso? Dar goleada? Goleada é consequência do jogo, e o pau que dá em Chico dá em Francisco, quem vai para dar tem que levar um saco para trazer, não é assim que diz o ditado? Então…

Para encerrar eu gostaria de sugerir a quem de direito, algo simples e de um reconhecimento à toda prova… ergam uma estátua que simbolize a torcida do Bahia, em algum ponto de Salvador ou da Fonte Nova. Nada seria mais justo para com a nação tricolor que numa época em que a mídia nacional nem fala no Bahia (fala timidamente com raridade), a sua torcida é motivo de admiração nacional por: presença no estádio, comportamento dentro e fora dele, e a sua indescritível paixão. A Série C, em tempo algum desde que estabelecida, nunca foi tão prestigiada, e não é nenhum paradoxo em relação ao que sempre escrevi aqui nesta coluna a respeito da Série C, é uma constatação.

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Mais um pontinho Bahia, e tudo estará bem. Aliás, temos ainda um jogo na Fonte, o que já me autoriza dizer que a classificação está assegurada, mas acho que dos dois jogos que faremos fora ganharemos um. falo embasado na tranquilidade que o tricolor tem neste momento. O Bahia não fará nenhum jogo nesta fase sob pressão alguma. Exceto se esquecer de jogar futebol.

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Um grande abraço para Marcelo Vítor, filho dos meus amigos Reinaldo e Branca. Marcelo está residindo em Zurique, Suiça, e colocou uma foto aqui no site. Bela surpresa, Marcelo!!

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Antonio Resende está ansioso pelo dia em que o seu Bahia vai enfrentar o Ferrim aí em Fortaleza. Paciência amigo, tá próximo, mas se concentre uns três dias antes do jogo evitando estados etílicos. Cuidado com as “loiras” e atenha-se ao jogo!!

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Dois tricolores que moram em Aracajú, Guilherme (tricolor sergipano) e Joca Néri, um grande abraço para vocês. Por coinciência os dois trabalham na área pública. Já em Porto Alegre reside outro tricolor, o abnegado Ricardo Nascimento, que sofre e rí à distância. Um abraço à todos vocês!

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