Quando escrevi “Fiasco na Flórida” disse que Doriva teria vida curta no Bahia caso algumas conquistas não acontecessem antes do Brasileirão. Na Flórida Doriva deixou claro que não tinha perfil de treinador para o Bahia. Enfim, foi demitido dentro do prazo que previ.
Mas os males do Bahia não se encerram em Doriva, eles continuam em forma de comprometimento e responsabilidade ausentes porque o próprio presidente dá exemplos. Não gostaria de voltar ao passado recente, mas há momentos em que erros precisam ser relembrados para que possam ser corrigidos…
Como cobrar “vergonha” dos seus jogadores quando o presidente vai assistir a final da Champions em pleno San Siro ostentando a camisa de um dos finalistas enquanto o clube que ele preside jogava em São Januário no mesmo horário — observando-se devidamente o fuso — às duras penas de uma sofrida derrota?
O anti marketing que o presidente foi fazer no estádio de San Siro, na Itália, é que em minha opinião foi vergonhoso. Não representou o Bahia, não teve postura ética, humilhou e envergonhou, sim, o clube que ele preside e prometeu honrar.
Marcelo Sant’Ana falou na Rádio Metrópole, após o jogo em Juiz de Fora, que está com vergonha até para sair de casa, referindo-se evidentemente aos fiascos do clube que ele dirige… Teve esse mesmo sentimento quando regressou da Itália, Presidente?
— Naturalmente, um time em campo é reflexo do seu Gestor e será tão forte esse clube quanto os sentimentos que ele transmite como mentor aos seus comandados e à torcida.
Criciúma, Londrina e Tupi, dentro e fora de casa, parou por aí ou o Brasil de Pelotas fechará tampa do caixão? Se a quarta derrota seguida acontecer será melhor parar para administrar com a razão porque a crise será inevitável. Profissionalizar não é pagar simplesmente, é colocar as pessoas certas no lugares críticos pertinentes ao futebol.
TREINADOR
Especulam sobre Guto Ferreira e esse namoro não é de agora. O que há de especial nele não sei, é um treinador de times considerados do segundo e terceiro escalões do futebol brasileiro. Vai bem na Chapecoense, mas isto basta?
Ocorre que agora o Bahia precisa de um nome que traga impacto junto aos jogadores e torcida. Tem de trazer alguém competente e que imponha ordem e respeito no departamento e ao nome do clube.
Diego Aguirre é um treinador que poderia encaixar perfeitamente no perfil do Bahia, tem bagagem suficiente porque conhece o futebol brasileiro e Sul Americano, trabalha com princípios básicos do futebol moderno e não é caro. Gosto de quem cria e não de quem vem para garantir emprego.
É preocupante o fato de o Bahia estar de alguns anos para cá buscando treinadores sem bagagem, pois, isto mostra que não há um objetivo definido visando, mesmo que a um custo mais alto, a excelência do clube de acordo com as suas tradições. Por que será que a torcida está se afastando do estádio, seria devido ao custo do ingresso? Sabem que não é.
Ninguém se iluda, o Bahia para se tornar um clube de ponta no futebol do Brasil tem que mudar muito mais ainda e isso não é aconselhável com pessoas inexperientes na direção do clube, é preciso que candidatos abalizados e atualizados em administração de grandes empresas aconteçam nas próximas eleições. Chega, torcedor, de votar em discursos!
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.