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Coluna

Djalma Gomes
Publicada em 02/06/2019 às 12h54

Ganhar a Copa do Brasil é tão provável quanto ainda não o é o Brasileirão

O Bahia bem e a torcida dando show de cumplicidade... Deveria ser sempre assim, porque igual atrai igual. Se você aplaude, o agradecimento vira prêmio em forma de triunfos em campo; se você vaia, a autoestima fica em frangalhos e a energia negativa paira no meio e impede avanços. O lema é "Nasceu para vencer" e é em cima desse mantra que o torcedor tem de se sustentar para dar sustentação ao time em campo.

Torcedor do Bahia é autêntico e espirituoso nas brincadeiras movidas pela paixão que envolve o coração. É congênito, é nato, é místico. Há uma simbiose com algum sobrenatural tricolor e a inspiração sai da alma e ganha asas, explode no ar como fogos de artifício e tudo se transforma magicamente em belo. Foi assim com o espontâneo vídeo de um torcedor no exato momento do gol contra o São Paulo, que bombou nas redes sociais sem nenhuma cerimônia com a súplica do anônimo torcedor: "faz a TED, CBF... faz a TED!”.

No campo, o time mostra que treinador ganha jogo, assim como também o perde. No caso de Roger Machado, o discurso é forte e abrangente, voltado sempre para a verticalidade objetiva de um sistema tático, com variedades, que passa toda a confiança ao torcedor e ao próprio time.

Já dá para começar a pensar em algo maior nos dois certames em disputa, preservando a premissa da humildade, é claro. Ganhar a Copa do Brasil é algo tão provável quanto ainda não o é o Brasileirão por pontos corridos. Enquanto o primeiro é eliminatório -- o que facilita a possibilidade de um time bem armado e bem treinado eliminar um favorito, como é o Palmeiras, por exemplo --, por outro lado a disputa em pontos corridos requer um orçamento bem maior em se falando de elenco para chegar ao título, e o Bahia ainda não chegou a um patamar orçamentário que lhe permita brigar pelo título – pelo menos em tese.

Ainda é cedo para tanto otimismo falando em Copa do Brasil e vaga na Libertadores, mas o que garante esse otimismo é justamente o comando técnico de ótima qualidade que hoje está à frente do Bahia. Roger é a unanimidade que não havia há muito tempo  – décadas desde a época Evaristo. O trabalho é novo e já se vê no contexto muita qualidade nesse curto prazo.

O princípio de tudo isso é a administração de Bellintani, Vitor Ferraz & cia, que é uma consequência aprimorada da gestão de Marcelo Sant’Ana. Esse cenário administrativo inconteste fez com que o Bahia chegasse a uma condição orçamentária que já permite sonhos maiores. Por exemplo, trazer uma comissão técnica com grife de primeiro escalão é parte desse processo de crescimento organizado do Bahia.

Nesse momento, o clube está tão certinho em todos os seus departamentos que se torna acrítico no atual contexto. O time em campo vai muito bem -- mas não é invencível, longe disso. Vai perder um ou outro jogo porque isso é da natureza do Futebol. Porém, nada mudará o fator de positividade organizacional que domina o ambiente no Tricolor.

Outro departamento que anda jogando um bolão é o Marketing, indelevelmente uma fonte rica em inspiração e criatividade com ações de sucesso que já transcende fronteiras! O departamento funciona de forma tão eficiente que está ganhando espaço na grande mídia nacional, com todos os méritos, devido à inovação arrojada.

Parte do esforço para se alcançar a Qualidade Total é o aprimoramento contínuo – o Kaizen japonês – das habilidades de viabilizar, realizar e reconhecer as pequenas melhorias nos processos e produtos a cada dia. Dá para notar com clareza que no Bahia, de A a Z, a busca pela excelência vem sendo trabalhada incansavelmente em detalhes porquanto há um claro objetivo de se fazer as coisas acontecerem planejadamente e não com a fórmula cômoda da retórica.

Não foi à toa que Roger Machado e sua equipe violaram seus próprios princípios filosóficos e assumiram a direção técnica do clube sem fazer a pré temporada – Roger não gosta de pegar a locomotiva em movimento. No Bahia, ele viu o projeto, o analisou, gostou e se engajou dentro dele porque inteligente e metódico como é Roger, sabe exatamente onde o Bahia pode chegar conduzido por ele.

O que me faz crer no sucesso dessa temporada não é somente o time em campo, é o conjunto da obra onde vislumbro como a cereja do bolo a Cidade Tricolor com uma estrutura digna de ser colocada entre os dez melhores centros de treinamentos do mundo.

São por todos esses fatores aqui colocados que me dou ao direito de pensar e expressar a minha modesta opinião que retrata os motivos que me levam a imaginar um Bahia diferente nesta temporada.

-- “Roger deve priorizar os 45 pontos salvadores e a partir disso buscar 52/55 pontos que possibilitarão uma vaga na Libertadores” (Dr. Renato Gomes).

PREPARO FÍSICO

No jogo contra o Grêmio vi um Bahia mais rápido e eficiente no segundo tempo e isto se deve ao trabalho do mago Paulo Paixão e sua equipe. Artur é o símbolo desse trabalho. É o Usain Bolt do Bahia. Só que este além de correr, sabe muito jogar bola.

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