Ninguém precisa mais colocar a bandeira do clube em cima do caixão de defunto, não em Jaguaquara, cidade pioneira onde uma casa funerária já vende a urna com o escudo do time na tampa do caixão. Isso mesmo, e independe qual clube era o dono do coração do falecido. Tem para todas as preferências.
Segundo o proprietário artesão, a idéia surgiu quando o Vitória se sagrou mais uma vez vice, e desta feita diante do Bahia de Feira. Como não há muito material do rubro negro baiano bandeiras e camisas disposto à venda na cidade, e, diante da procura por causa de muito desgosto, surgiu tal idéia.
Vasco, Flamengo, Botafogo, Bahia, Corinthians, Palmeiras, Fluminense e Santos são os que mais dominam o mercado jaguaquarense quando o assunto é homenagear o defunto com a bandeira, digo, escudo, do clube do coração do viajante com destino para o além, devido à densidade de suas torcidas na região.
Fiquei impressionado com o inusitado e jurei pra mim mesmo que escreveria sobre o assunto, um tanto sinistro, é verdade, mas de criatividade de acordo com o jeitinho brasileiro de ganhar dinheiro. E não é dizer que o escudo sobre a tampa do dito cujo é pequeno, fica bem vistoso e cobre metade da urna.
Se a concorrência não agir rapidamente, antes que o Góes sobrenome do pioneiro registre a marca, Jequié, Itiruçu, Maracás, Irajuba e Planaltino, cidades circunvizinhas, fecharão suas funerárias e o Góes em Jaguaquara vai matar a pau, no bom sentido.
A idéia do Góes não é simplesmente ganhar dinheiro, isto é conseqüência do movimento e do porte demográfico da região. O negócio dele é inovar e atrair mais gente para as sentinelas das noites frias de Jaguaquara, já que a solidão do defunto ficava estampada, especialmente no inverno. Como torcedor que se preza não abandona seu clube…
Já pensou se o cara registra a marca? Sai gente de Salvador para comprar uma embalagem dessas para o ente-querido que viaja sem mala. Principalmente, o pessoal que torce por times da Segunda Divisão, que segundo as estatísticas morre de ataques cardíacos com muito mais facilidade que o ser humano normal.
E.C. BAHIA
Hoje o presidente Marcelo Guimarães Filho disse-me que o Bahia está absolutamente em dia com as suas obrigações, inclusive com todas as certidões negativas em poder do clube. São certidões do governo municipal, estadual e federal. Em outras palavras, crédito junto a bancos e financeiras, ou, quaisquer outras instituições, se precisar, não será problema.
Para o caos financeiro em que se encontrava o Bahia há dois anos, na Segunda Divisão, devendo a todos e, atualmente na Primeira Divisão, pagando salários antecipadamente, com um elenco de jogadores capazes, categoria de base ganhando títulos internacionais, time profissional fazendo uma campanha até aqui equilibrada, convenhamos, efetivamente o Bahia está caminhando a passos largos e firmes para o sucesso absoluto.
Atualmente, qualquer jogador de nível poderá vir para o Bahia sem muita dificuldade. Aliás, muitos já foram oferecidos. O que está acontecendo no Tricolor não é obra do acaso, sim de muito trabalho e competência em todos os seus departamentos. Basta olharmos o passado para ver que muito já foi feito em apenas dois anos e meio. Claro, muito mais ainda há que se fazer, porém o prazo para se chegar a este momento é que foi muito corrido.
CIDADE TRICOLOR
As obras já não começaram devido à burocracia com a tramitação dos documentos. O Fazendão já está pronto legalmente para ser entregue, sem nenhum empecilho. Ou seja, o Bahia já fez a parte dele, resta à empresa que vai construir a Cidade Tricolor fazer efetivamente como fez o Bahia com o Fazendão, disponibilizar a documentação.
Porém, tudo está certo entre as partes e a obra deverá ser iniciada em breve. É normal o atraso devido à burocracia em negócios desse porte. Tudo tem de estar muito bem amarrado para não dar errado depois. A torcida pode estar tranqüila, pois está em jogo o nome da OAS, do Bahia e do seu Presidente. Uma vez anunciado o negócio firmado pelas partes, não há mais volta.
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