Pra mim chega! Não discuto mais a capacidade de Jorginho. Começou a dar certo. Olha… quer saber mesmo? Pacaembu é campo neutro à essa altura do meu entusiasmo, e não ficarei surpreso de ver o tradicional estádio Paulo Machado de Carvalho cheio de bandeiras tricolores comemorando mais um Baêea! mais um Baêea! Porque em São Paulo o que não falta é baiano tricolor.
— Só uma palhinha, viu Jorginho?! O segundo gol contra o Galo mineiro foi obra prima de três renegados: Mendoza, pela torcida, Juninho e Régis por você. Pronto, falei. Não falo mais.
Dá pra ganhar do Santos… Dá pra empatar… Temeria um pouco se o jogo fosse na “Vila famosa”, mas lá em cima após a Serra do Mar a pegada é diferente, porque o Pacaembu neste domingo será a casa de todos os baianos que moram em São Paulo.
Mais uma palhinha, Jorginho: deixar Régis no banco pra ver Vinícius jogar é complicado demais para eu entender. Vinícius é bom jogador, mas Régis é cerebral. É a bola mais expressiva do Bahia do meio de campo em diante. Arranja um lugar também para Allione nesse time porque cabe, viu!
— João Paulo é ótimo, mas é aquele jogador que entra melhor da metade do segundo tempo em diante.
Meu recado agora é para parte da imprensa e da torcida, respectivamente: O Bahia não necessita de mais reforço numérico. Só se for um craque, mas o orçamento não dá para trazê-lo, e jogador para compor elenco não vejo necessidade. Imagine que Jorginho se dá ao luxo de deixar Régis e Allione no banco e ainda assim o time esteve soberbo!
No momento em que o pessoal que está no DM sair de lá definitivamente para integrar o elenco, o Bahia fecha um grupo de qualidade indiscutível para o tamanho do seu orçamento e fará, sem dúvidas, uma excelente segunda fase na competição. Eventuais necessidades, pega da Base — aliás, Jorginho tem esse lado que me agrada muito, observar e aproveitar a prata da casa.
Pode não ser agradável aturar certos conceitos de Jorginho, que a princípio podem parecer equivocados, mas se deixá-lo trabalhar, certamente ele montará um Bahia muito competitivo, inclusive para o ano que vem. Ainda bem que o presidente do Bahia sabe o que quer e o que faz, e vai deixá-lo trabalhar porque não se deixa levar por pressão externa.
E não deixaram o Galo trabalhar… Partiu!
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