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Publicada em 22 de outubro de 2019 às 15:57 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

Minha Análise – Bahia 1×2 Ceará

Meus Amigos,

Ontem num Pituaço em estado lastimável, o Bahia foi dominado pelo Ceará durante a maior parte do jogo e saiu derrotado merecidamente pela 27ª rodada do Brasileirão 2019.

Inicialmente, antes de adentrar a peleja, devo destacar o péssimo estado que se encontra o Estádio de Pituaço. O gramado em péssimas condições, placar sem funcionar, escuro nos arredores do estádio, imundo, alambrados com rombos enormes, imensa quantidade de ambulantes praticamente na porta do Estádio, o que impede a livre circulação das pessoas, uma passarela entupida de gente, sem organização alguma por parte da CCR, PM e Bahia. Os ambulantes ocupam praticamente todo o entorno do Estádio, o que dificulta e muito a chegada e saída. Terceiro jogo do Brasileiro no Estádio e a perigosa desorganização e sensação de abandono persistem. Só vai mudar quando acontecer uma tragédia de grandes proporções?

Voltando ao confronto, precisamos destacar a partida ruim do Bahia. Os erros de passe e de posicionamento, aliado a atuações muito ruins dos principais atletas do time demonstraram a incapacidade da equipe de construir jogadas ofensivas. E o Ceará sequer jogou fechado, longe disso. Veio com um meio campo com mais qualidade técnica que o do Bahia inclusive. O camisa 10, Felipe Silva e o camisa 8, Ricardinho, mandaram no jogo. O retrato disso foram as estatísticas da partida, com 17 escanteios, 53% de posse de bola, mais chutes a gol, menos faltas e impedimentos para a equipe de Porangabuçú.

Na primeira parte, somente Elber e Guerra buscavam construir jogadas ofensivas, mas quase sempre paravam na defesa alvinegra. O erro no último passe, aliado a desconcentração de Gilberto e Artur mataram praticamente todos os ataques do Bahia. Artur conseguiu a proeza de ficar impedido 2 vezes após cobrança de escanteio, demonstrando como estava desconcentrado. Além disso, as bolas paradas do Bahia foram executadas de forma lastimável nos pés do camisa 98.

Gilberto também pareceu bastante alheio ao confronto. Não sei se pelo fato de não marcar gols há 6 jogos, ou as 9 jogos sem gols de bola rolando, ou pelo problema da esposa, o fato é que o nosso artilheiro vem jogando mal tem alguns jogos. Se necessário, melhor dar um descanso ao camisa 9, para que venha com força na reta final da competição.

Taticamente o Bahia fez uma de suas piores partidas. Gregore e Flávio se desdobraram na destruição e criação das jogadas, visto que muitas vezes havia um buraco no meio campo. Chegamos ao ponto de ter Elber, Guerra, Gilberto e Artur em linha, todos de costas para a defesa adversária, o que demonstra um erro crasso de posicionamento.

Se não fosse Douglas, teríamos ido para o intervalo com a derrota, visto a brilhante defesa em falta cobrada pelo lateral esquerdo cearense.

Na segunda parte Roger trocou Guerra por Marco Antônio. Não entendi a alteração, visto que o venezuelano era um dos poucos que conseguia parar a bola na frente, acalmar o jogo e tentar fazer o time jogar. Não se destacou mais porque os 3 homens de frente mataram as jogadas algumas vezes. Marco Antonio deveria ter entrado sim, mas no lugar de Artur, que fez um primeiro tempo para esquecer.

O garoto deu mobilidade ao time, muito pelo setor esquerdo do campo, onde gosta de atuar. De seus pés sairam as melhores jogadas. O passe para Elber ir literalmente a linha de fundo e cruzar para Artur chutar na lua, de dentro da pequena area, e o lance em que ele colocou Arthur Caike sozinho, de cara, e o camisa 77 errou a finalização. Lá atrás, Douglas seguia operando milagres.

Já com Fernandão em campo, o Bahia marcou. Em falta cobrada por Marco Antonio, Artur fez de cabeça. 1×0. Eram 36 minutos do 2 tempo e a sensação de G5 batendo forte no coração tricolor.

Pituaço cantou, comemorou, ficou aliviado, festejou até os 40 minutos. Após outro milagre de Douglas, na cobrança de escanteio o Ceará empatou. 1×1. Detalhe que tinhamos os 11 jogadores dentro da área e tomamos um gol na marca do penalti. Parecia um cruzamento de baba de praia, onde o cara cruza no bolo de jogadores para ver quem sobe e cabeceia.

Após o empate, somente Marco Antônio tentou, num belo lance que passou perto. O time estava entregue. A torcida morreu junto com a equipe. Incredulidade, revolta e medo tomaram conta do estádio. E o pior veio. Aos 48, em novo escanteio, o Bahia tomou a virada. A bola foi cruzada no 2 pau, Douglas escorregou e o Ceará virou. Novamente tinhamos varios atletas na área e nenhum ser vivo foi capaz de cortar o cruzamento. Ridículo.

Fim de jogo e vaias merecidas. Passa a sensação de que estamos satisfeitos com o 8 lugar. Um time sem alma, sem sangue, parecendo ter medo de galgar coisas maiores. Alguns jogadores precisam ser tirados da equipe, pois visivelmente estão em má fase tecnica ou emocional.

 

Douglas – Foi o melhor do Bahia. Sem suas intervenções o time teria sido impiedosamente goleado.

Nino – Foi pouco ao ataque, sendo prejudicado muitas vezes pela péssima partida de Artur.

LF – Segurou o que deu, cortou o que pode, mas no fim fez água no 1. Gol

Juninho – Fez o que pode, vinha bem mas falhou também no 2 gol.

Giovanni – O criticado lateral fez uma partida nula. Apoiou mal, cruzando errado algumas bolas, nao defendeu bem e ainda por cima nao cortou o cruzamento no 2 gol. Precisa sair do time. Está na hora de Roger olhar para a transição e puxar Cesar.

Gregore – Fez uma boa apresentação, com bons desarmes. Lutou muito, segurou o que pode. Um dos poucos que suaram sangue.

Flávio – Uma partida regular. Marcou e atacou dentro do possível. Mas foi prejudicado pela ausência de ofensividade do time.

Guerra – Para mim fez seu melhor jogo pelo Bahia. Conseguiu dominar, limpar jogadas e boas inversões. Nao merecia ter sido substituído.

Artur – O pior em campo. Totalmente desinteressado, desconcentrado, desligado do jogo. 2 impedimentos em 45 minutos por estar parado na posição de escanteio é prova da sua falta de comprometendo. Perdeu um gol inaceitável. O gol amenizou as críticas de parte da torcida, mas não apaga a sua péssima partida. E as bolas paradas nao devem ser mais cobradas por ele.

Elber – Lutou bastante, mesmo errando praticamente todos os movimentos de finalização e cruzamento. Parece estar cansado. Tomou o 3 amarelo e nao enfrenta o Inter.

Gilberto – Uma atuação muito abaixo do normal. Desconcentrado, desligado, pareceu fora de sintonia com o resto da equipe. Muitas vezes mal posicionado, nao conseguiu finalizar com qualidade 1 vez sequer. Parece que problemas extracampo estão atrapalhando o camisa 9.

Arthur Caíke – Entrou com boa movimentação. Poderia ter definido melhor o lance que Marco Antonio lhe serviu. Merece a titularidade hoje.

Fernandão – Acertou uma bela cabeçada. Somente. Errou todos os movimentos de pivô. Nao existe justificativa para sua entrada constante no time.

Marco Antônio – O mais lúcido do ataque. Entrou e deu dinâmica ao time, mobilidade e bons passes. Novamente mostrou que merece ser titular desse time.

Roger Machado – Novas escolhas erradas na escalação e alterações. Precisa buscar alternativas dentro do elenco para melhorar o rendimento da equipe. Alguns atletas apresentam desgaste e é a hora de usar o elenco. Acreditar mais nas peças que tem. Marco Antonio é uma prova disso. A desculpa do gramado ruim não cabe, visto que o Ceará foi melhor em todos os critérios. Tem credito, mas precisa rever conceitos táticos. O meio campo do Bahia nao funciona.

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