é goleada tricolor na internet
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Publicada em 5 de fevereiro de 2019 às 20:49 por Autor Genérico

Autor Genérico

Minha Análise – Bahia 1×1 Vitória

Meus Amigos,

Domingo no estádio da Fonte Nova, para um excelente público de 43.393, o Bahia foi incompetente para concluir as diversas oportunidades criadas no primeiro tempo e apenas empatou com o rival, em partida válida pela Copa do Nordeste 2019.

Absoluto durante todo o primeiro tempo, o time tricolor levou perigo logo no início do confronto. Num lance duplo, Moisés quase marcou de cabeça, mas foi impedido pelo arqueiro do rival. Aliás, esse foi o grande nome do jogo. Com defesas difíceis, impediu pelo menos 06 gols tricolores. Rogério em 02 oportunidades, Arthur e Gregore obrigaram o goleiro a intervenções dificílimas.

 

Repetindo a mesma variação tática que não teve sucesso na quarta-feira contra o nosso homônimo feirense, EM apostou no avanço de Moisés como um ponta-esquerda, a flutuação de Rogério como um segundo atacante e Nino preso pelo lado direito, como um terceiro zagueiro pela direita. Assim, o time saía com 03 jogadores, tinha a velocidade de Arthur e Moisés pelos lados e Guilherme com Gregore e Flávio para achar Rogério e Gilberto na frente. 

 

Essa saída de bola, com Nino pela direita, Jackson centralizado e LF aberto pela esquerda, conhecida mundialmente como saída La Volpiana (https://medium.com/@CaioGondo/saída-lavolpiana-o-que-é-quem-a-criou-e-suas-variações-atualmente-7c133ccc63ad), funcionou enquanto tivermos uma compactação na frente interessante, com os nossos alas sendo ofensivos e os meias dando opção para receber os passes. Com isso, criamos inúmeras oportunidades, visto que o time de Canabrava não conseguia “achar” os jogadores tricolores.

 

Além da pintura de Gilberto (que será motivo de elogios mais a frente), fruto de uma bela jogada coletiva, tivemos ainda um bom lance de Rogério e Guilherme, com linda defesa do goleiro, e também o lance capital do jogo. 

 

Ao roubar a bola, LF achou Arthur centralizado no meio campo. O camisa 98 arrancou em velocidade, com Gregore pela esquerda e Rogério pela direita. O volante foi lançado, deu um corte seco no adversário e serviu o atacante número 90 dentro da área, com o gol praticamente aberto. A decisão tomada por ele mudou o jogo, visto que o chute saiu ao lado, desperdiçando a melhor chance do confronto. Se aquela bola tivesse entrado, com certeza teríamos visto uma goleada histórica na FN. Fim da primeira parte. 1×0.

 

Se na primeira parte o time dominou amplamente o jogo, podendo ter descido para os vestiários com uma goleada histórica, na segunda etapa o que se viu foi um time lento, preso na marcação do rival e com erros crassos de posicionamento.

 

E isso se deu por um erro reiterado de EM. Se na primeira parte o time tricolor tinha em sua saída de bola Nino, Jackson e LF, na segunda etapa o que se viu foi Ernando, Jackson e Moisés recuados, com Nino e Rogério e depois Arthur pelos lados.

 

O erro de quarta-feira se repetiu.

 

Contra o Bahia de Feira, na primeira etapa Matheus Silva, Ernando e Ignácio faziam a saída da bola, com Elber e Paulinho pelos lados, com Luís Fernando, Douglas Augusto e Shaylon armação e Clayton e Caíque na frente. O time até criou oportunidades, desperdiçadas pelos inoperantes atacantes daquela noite. Já na segunda etapa, com Ernando, Ignácio e Paulinho recuados, com Matheus Silva e Clayton pelos lados, o time ficou sem saída de bola, com uma péssima partida do jovem lateral paraense.

 

Neste Bavice, novamente ficamos sem saída de bola, visto que Nino não conseguiu render o suficiente jogando mais adiantado e nosso lado esquerdo não tinha alguém tão incisivo quanto Arthur. Assim, o time começou a dar chutão, perder o meio campo e permitir ao rival uma espécie de pressão estéril no confronto. Faltou ao time apresentar uma variação entre os atletas que fariam a saída com 03 jogadores, alternando entre os volantes, laterais, zagueiros e até o meia.

 

Mesmo com essa dificuldade tivemos ainda 03 chances claras de gol. Rogério e Arthur fizeram belas jogadas que pararam nas mãos do arqueiro do time de Canabrava e Gilberto cabeceou para fora.

 

E para infelicidade da nação tricolor, num vacilo da defesa, o lateral direito do time de Canabrava acertou um chutaço no ângulo e empatou o jogo. 1×1.

 

Para piorar, as substituições proferidas por EM não surtiram efeito. Elber e Fernandão pouco acrescentaram ao ataque. Sobre Fernandão acho interessante destacar que o festejado centroavante conseguiu ganhar 02 bolas pelo alto e pressionar a defesa contrária. Quando estiver em forma, com certeza será uma mais valia ao time.

 

No fim, o frustrante empate foi um banho de água fria para a torcida, que esperava golear o frágil rival.

 

Douglas – Seguro, não comprometeu. Não teve culpa no gol.

Nino – Fez um bom primeiro tempo. Mas foi muito mal na segunda etapa. Foi prejudicado pelo esquema de EM.

Jackson – Foi seguro na primeira parte. Com a saída de LF, teve que ser deslocado para a esquerda e errou alguns lances.

LF – Vinha bem até ser substituído por lesão. Mesmo sendo o capitão, não pode discutir com o Árbitro por qualquer coisa. Tomou um amarelo besta.

Moisés – Fez um jogo razoável.

Gregore – O melhor do time. Marcou e atacou, fez belíssimas jogadas tanto nos desarmes quanto na armação das jogadas. Evolui a cada dia.

Flávio – Fez um jogo correto. Cobriu Nino quando esse foi ao ataque no primeiro tempo, mas na segunda parte pouco produziu. Poderia ter subido mais ao ataque, até pela qualidade que possui.

Guilherme – Ainda não produziu as jogadas na velocidade e quantidade que o time precisa. Alguns lampejos de quem sabe do riscado, mas muito pouco para se manter como titular. Precisa entregar mais.

Arthur – Arisco, rápido, driblador, fominha, mascarado. Foi tudo nesse jogo. Mas merece todos os elogios. Tem coragem para ir pra cima, mostrando uma característica que agrada a torcida. Produziu bastante e foi um dos melhores em campo.

Rogério – Vinha bem na partida, fazendo seu melhor jogo no Esquadrão até o fatídico gol perdido. Quem chega com a desconfiança que ele chegou, precisa saber que não pode errar um lance daqueles.

Gilberto – Espetacular a sua bicicleta. Merecia que todos saíssem da FN e pagassem novamente o ingresso. Um jogador muito inteligente, muito qualificado e que veste a camisa com entrega total. O movimento da bicicleta é de quem sabe demais do jogo.

Ernando – Inseguro, errou muitos passes. Não agradou.

Élber – Voltou a ser o jogador improdutivo do início de 2018. Precisa recuperar a explosão e força do fim do ano.

Fernandão – Ainda visivelmente fora de forma, mostrou que irá ajudar se o time entender como usá-lo. Não adianta exigir dele algo fora da área. Mas será extremamente letal se ficar perto do gol, para fazer a parede ou para ganhar pelo alto.

EM – Uma decepção. Sua leitura de jogo tanto na quarta quanto no domingo foi ruim. No clássico entrou com o time errado, sem Shaylon e sem peças para mudar o jogo num segundo tempo, manteve uma saída de bola que ficou previsível por não ter alternância entre os jogadores durante o jogo e ainda usou um centroavante de 1.90 sem qualquer jogada preparada para ele. Tem créditos, mas precisa rever seus conceitos táticos e adaptá-los ao bom elenco que possui nas mãos.

OBS – Não tive como elaborar a Análise do jogo de quarta-feira porque estive com problemas de saúde na família, já resolvidos, graças a Deus. 

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