Meus Amigos,
Sábado na distante e inacessível Arena Pernambuco, o Tricolor de Aço jogou bem, impôs sua maior capacidade técnica e saiu vencedor do Clássico das Multidões, válido pela segunda rodada da CNE.
Desde o início do confronto o time de EM mostrou que seria o mandante do confronto. Demonstrando melhor preparo físico, maior entrosamento e qualidade nos passes, o Tricolor chegou bem pela direita, numa boa triangulação entre Nino, Flávio e Arthur. O lateral tricolor encheu o pé, mas parou na boa defesa do arqueiro da Cobra Coral. Do lado esquerdo, apesar da boa partida de Moisés, Rogério se atrapalhava, como no lance que tentou uma bicicleta para fora.
O Santa Cruz apenas assustou numa pequena pressão de 2 escanteios, mas Douglas controlou as jogadas.
O gol tricolor estava maduro. Num lindo passe de Arthur, Nino recebeu na entrada da área e bateu cruzado. Marcos tentou cortar e marcou contra. 1-0. O detalhe do lance foi a presença de Moisés na área, para finalizar a jogada. Essa presença dos laterais na área chamou a atenção durante a partida.
O time pernambucano, na base da vontade, com muita transpiração, tentou equilibrar a partida. Meio que aos trancos e barrancos, foi assustando o time baiano com chutes de longe para fora.
Num bom lance de ataque, Jô (um dos destaques do time pernambucano) ganhou de Nino e virou a bola para Elias. O jovem atacante da base dominou com o pé direito e sem deixar LF se aproximar, pegou de canhota no canto contrário de Douglas. Belo gol. 1×1. Essa dupla de ataque do Santa Cruz merece uma observação mais detalhada dos olheiros tricolores.
Após o gol, o Bahia parece que acordou e voltou a se impor no campo. Praticamente o Santa Cruz não teve novas oportunidades. Arthur ainda tentou de fora da área, mas por cima.
Na volta do intervalo, o Bahia sepultou qualquer chance do Santinha. Logo no primeiro minuto, uma linda jogada do Bahia resultou em vantagem no placar. De pé em pé, Gregore para Flávio, Flávio para Arthur, Arthur para Moisés, Moisés para Gilberto, Gilberto para o gol. 2×1. Destacar novamente a entrada dos laterais na área. Moisés, praticamente no bico da pequena área, cruzou de cabeça para Gilberto, também de cabeça, definir sem goleiro.
Após o gol, o Bi-Campeão Brasileiro fechou o caixão. Gilberto arrancou e serviu Guilherme, que abriu na direita para Arthur. O canhoto tinha a opção de Nino, mas preferiu chutar no gol. A bola desviou e sobrou para o matador. Gilberto, com a frieza característica dos centroavantes, driblou o goleiro e fechou a conta. 3×1.
Depois o que se viu foi uma equipe tentando de qualquer forma diminuir o placar e outra que apenas conduziu o resultado até o apito final do árbitro. Na bola que levou perigo, Douglas defendeu. Fim de jogo e mais um triunfo incontestável do Tricolor. 3×1.
Douglas – Muito seguro, fez boas intervenções quando foi exigido. O lance do gol parece falha, mas ao analisar de forma detalhada, percebe-se que o mérito foi do atacante do Santinha.
Nino – Atuação muito interessante. Boas ultrapassagens, participação direta no 1. gol. Merece os elogios por ter atuado de forma intensa durante os 90 minutos. Faltou a ele a cobertura dos volantes, para evitar as jogadas do ponta Jô.
Jackson – Não comprometeu. Ainda se aventurou ao ataque, mas não foi feliz na finalização.
LF – Seguro como sempre. A cada dia transmite mais segurança e merece a faixa de capitão.
Moisés – Muito participativo no ataque, estava presente no 1. e no 2. gol. Tem se mostrado um reforço interessante e que pode nos ajudar muito. Chegou com vontade de ser titular.
Gregore – Fez uma boa partida, sempre destruindo e começando as jogadas de ataque. Seu futebol evolui absurdamente jogo a jogo.
Flávio – Fez um jogo interessante, com boa trama pelo lado direito. Falhou um pouco ao não cobrir os avanços de Nino.
Guilherme – Não fez um jogo de destaque. Ainda busca o melhor encaixe no time e precisa chutar mais em gol. Participou do 3 gol tricolor e mostrou novamente ter um bom passe.
Arthur – Um dos melhores em campo. Tanto para driblar quanto para armar, é um jogador de muita qualidade. Merecia ter feito um gol.
Gilberto – Matador. Simples e objetivo, mostrou como se faz. A cada dia é mais identificado com a torcida e com o time. Mostra uma qualidade técnica interessante ao sair da área e criar jogadas, como no 3. gol. Pode ser que consiga jogar com Fernandão.
Rogério – Fora de sintonia, precisa rever o preparo físico e a parte técnica. Errou muito na execução das jogadas. Não justifica sua titularidade.
Douglas Augusto – Entrou para fechar espaços. Pouco apareceu.
Shaylon – Entrou no fim e pouco produziu.
Elber – Sua entrada liberou mais Guilherme para chegar ao ataque, o que deu um melhor equilíbrio ao time.
EM – Fez uma mexida tática que ganhou o jogo. A subida dos laterais, entrando na área, com os meias e volantes na cobertura, deu ao time os elementos surpresas que era preciso para ganhar o jogo. Depois, ao tirar Rogério e lançar Élber, equilibrou novamente o meio campo, liberando mais Guilherme. Por fim, após optar por Douglas Augusto quando tirou Guilherme, fez um 4141 para reduzir os espaços do Santa Cruz. Parece ter o time na mão e demonstra ter muita confiança naquilo que está fazendo.
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