é goleada tricolor na internet
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Publicada em 1 de maio de 2019 às 00:59 por Autor Genérico

Autor Genérico

Minha Análise – Bahia 3 x 2 Corinthians

Meus Amigos,

 

Na estreia do Brasileirão/19, com um estádio bastante cheio, o Bahia foi superior ao Corinthians, venceu de forma incontestável e largou bem no campeonato.

Repetindo o esquema tático 442, com a presença de Fernandão como centroavante, a equipe de Roger Machado surpreendeu no início ao não exercer uma pressão sobre o time paulista no seu campo de defesa. Isso foi fundamental para impedir o contra-ataque corintiano, sua arma mais mortal, além de permitir as triangulações pelos lados, com boas passagens dos laterais, o que causava desequilíbrios na defesa adversária.

Quando o time paulista buscava atacar o tricolor ou marcar pressão na saída de bola, esta era tirada da zaga diretamente para Fernandão, que ganhou todas pelo alto. Uma pena que Arthur Caíque não conseguia dar seqüência as jogadas, praticamente matando os ataques do time tricolor.   

O jogo foi bastante estudado, difícil, muito tenso. Mas foi bom de assistir para quem gosta do duelo tático, pelo bom funcionamento das duas equipes. A lesão de Fernandão mudou o panorama da partida. A saída do camisa 20 com a entrada de Gilberto mudou o jeito do Bahia jogar. Se antes a bola era esticada para Fernandão segurar pelo alto e ultrapassar pelo alto a primeira linha de marcação do Corinthians, com Gilberto isso não aconteceu tanto. As tentativas por baixo não deram tanto resultado, e o Bahia perdeu força ofensiva. A cabeçada de Elton, livre, foi a única bola que merece destaque.

Quando o jogo caminhava para o intervalo, o Corinthians abriu o placar. Erros de Ramires, Moisés e dos volantes, mal posicionados, permitiram a Pedrinho dominar, ajeitar e bater da entrada da área, sem chances para Anderson. 0x1.

Se o medo de ir para o intervalo perdendo passou pela cabeça do torcedor, ele se dissipou em menos de 1 minuto. Na saída de bola o Bahia acelerou, com toques rápidos, buscando o gol. Artur recebeu a bola na direita, serviu Nino e este cruzou na medida para Arthur Caíque empatar. 1×1 e a justiça feita no placar.

 Na volta do intervalo uma mudança tática chamou a atenção. A mudança de lado de Artur e Ramires, com este último saindo pela esquerda para o centro. Se num primeiro momento pareceu equivocada a mexida, esta se mostrou extremamente acertada e fundamental para o triunfo tricolor.

Ramires passou a fazer o movimento de armação das jogadas vindo por dentro, quebrando o sistema tático alvinegro. Fágner, que teve uma vida mais “fácil” com Artur, sofreu com esta mudança tática, pois precisou avançar mais para marcar Ramires, inclusive por dentro, abrindo o espaço para as infiltrações de Gilberto e Arthur Caíque nas costas do lateral da Seleção Brasileira.

 O chutaço de Moisés que explodiu no travessão, a linda jogada de Gregore que Gilberto definiu bem e a bela defesa de Anderson eram os destaques do 2º Tempo antes da entrada de Rogério. Quando o camisa 90 entrou muitos questionaram na arquibancada, mas outros o defenderam, inclusive este que vos escreve, por entender que ele poderia trazer algo novo ao ataque tricolor, no lugar do letárgico Arthur Caíque. E isso aconteceu. Se no primeiro lance ele chutou cruzado sem perigo, na segunda participação ele participou da virada tricolor.

Ramires perdeu e recuperou uma bola para Fágner, achando Rogério aberto na ponta esquerda. Este serviu Gilberto que cruzou de primeira para Artur entrar como centroavante e bater de canhota, sem chances para Cássio. 2×1.

Com o gol, a equipe Corintiana que não tem muita aptidão ofensiva, teve que sair para buscar o empate. Após um rebote de escanteio, num lance em que muitos dariam um bico pra frente, Ramires mostrou sua técnica. Dominou, fingiu passar para um lado, trouxe para o outro e arrancou. Deu um passe para Rogério que Ralf tentou antecipar e acabou deixando a bola limpa para o camisa 90. Ai o gol da rodada aconteceu. Ao adiantar a bola, ela deu uma subida. Rogério então deu um tapa, encobrindo Cássio e marcando um dos mais lindos gols da Arena Fonte Nova. 3×1 com dancinha e tudo.

O golaço de Rogério levou à Fonte Nova ao êxtase. O triunfo estava garantido, a torcida explodiu e coroou a bela partida do Tricolor. Nilton ainda teve a chance de fazer o quarto gol, mas cabeceou para fora.

No último lance do jogo ainda teve tempo de um belo gol do Corinthians, marcado por Clayson. 3×2 e a festa tricolor na arquibancada, com o primeiro triunfo no BR19.

Anderson – Foi muito seguro, com boas intervenções. Não teve culpa nos gols.

Nino – Um dos melhores em campo. Excelente na parte ofensiva e na parte defensiva, deu muito trabalho ao lateral corintiano e ganhou quase todas de Clayson.

Ernando – Um dos melhores em campo. Ganhou todas de cabeça, foi muito seguro e conseguiu impedir os avanços do adversário.

LF – Fez um primeiro tempo intranqüilo, errando duas vezes de forma perigosa. Na segunda parte foi melhor.

Moisés – Foi excelente na parte defensiva. Marcou muito, só cometendo uma falha. Além disso, merecia o gol pelo chutaço que deu, quase do meio campo.

Gregore – Partida muito boa, destruindo e construindo de forma eficiente, com qualidade. Um dos melhores em campo.

Elton – Ponto de equilíbrio da defesa, sempre se posicionando bem para receber os passes dos zagueiros. Foi muito eficiente na organização defensiva.

Ramires – Matou a pau. Se na primeira parte foi bem, buscando ganhar no drible ao lateral esquerdo, na segunda parte inverteu de lado e recuou para fazer a construção do jogo pelo lado esquerdo. Cresceu absurdamente, jogando de frente, vindo da esquerda para o meio, rasgando a defesa adversária com passes e movimentações muito boas. Pela primeira vez no ano, o Camisa 10 esteve à altura do número que enverga as costas.

Artur – Fez um jogo muito bom, sempre acelerando, partindo pra cima dos defensores. Mereceu o gol, pelo trabalho incansável que fez durante todo o confronto.

Arthur Caíque – Apesar do gol, foi o pior em campo. Parecia em outra rotação. Ainda não está 100%, pois não conseguiu tabelar com Fernandão e Gilberto por algumas vezes. Foi importante no gol, mostrando ser bom nessa função de segundo atacante.

Fernandão – Vinha bem, ganhando todas até ser substituído. Esse esquema cada vez mais favorece sua participação, inclusive com Gilberto ao seu lado. Foi bem.

Nilton – Entrou e não comprometeu. Quase marcou de cabeça. Fez boas distribuições de jogo.

Gilberto – Lutou muito, sempre jogando 200%. Uma atuação interessante, pela movimentação imprimida. Quem sabe na próxima partida ele joga ao lado de Fernandão.

Rogério – O “doido” entrou e matou a partida. Muitas vezes jogadores como ele precisam fazer parte do elenco, pois algo diferente pode surgir de suas jogadas. O gol foi excelente, lindíssimo, de uma técnica e dificuldade muito grande. Tem melhorado muito com Roger.

Roger Machado – A cada partida demonstra ter o conhecimento maior do elenco. A leitura do adversário, a opção por Fernandão, a mudança de posicionamento dos pontas, o reaproveitamento de Rogério e a cobrança dos atletas por melhor resultado o credenciam como um ponto fundamental para o sucesso do Bahia na serie A. Recomendo a entrevista com Elton Serra, muito esclarecedora.

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