Meus Amigos,
Numa das piores noites do Bahia pós-democracia, o time do agora ex-treinador Roger Machado foi derrotado de forma vergonhosa pelo Flamengo por 5-3 em Pituaço. Com as ausências de Gregore e Ronaldo, devido às escolhas erradas de Roger Machado na partida anterior, inexplicavelmente o Bahia foi a campo com Élton como único volante. Aliado a isso, o Bahia contou com uma noite desastrosa de boa parte do seu time titular. Ademais, ficou bem evidente que os jogadores reagiram à postagem do Presidente no Twitter, mostrando que o grupo não queria mais o gaúcho como comandante.
Taticamente o Bahia repetiu a ideia de começar o jogo mais mais recuado, com duas linhas de 4 bem compactas e deixando Rodriguinho e Gilberto apenas para incomodar a defesa adversária, num 4411. Só que o Bahia foi vazado logo no início do confronto. Com menos de 1 minuto de jogo, o Bahia pagou pela esdrúxula saída com os 2 zagueiros dentro da grande área, já destacada por este que vos escreve desde o jogo contra o Ceará. Anderson tocou para LF e este devolveu uma bola ruim para o goleiro, que ao invés de dar um bico para a lateral, preferiu tentar tocar para Juninho. Pedro interceptou e marcou. 0-1.
Logo depois, o Flamengo teve outra chance de marcar, num chute de Arrascaeta na entrada da área, que Anderson defendeu. O buraco entre o meio e a defesa era grande, e com 16 minutos de jogo tomou o segundo gol. Pedro recebeu na entrada da área, sem marcação e bateu no canto. 0-2. E poderia ter sido mais.
O Bahia após esse gol pareceu querer acordar. Principalmente pelos pés de Rodriguinho, um dos poucos com brio e vontade de vencer, as chances apareceram. Gilberto foi ao fundo e cruzou para o camisa 10 bater de primeira. Belo gol. 1-2. Quando parecia que o Bahia ia buscar o empate, o Flamengo marcou o terceiro. Numa outra falha grave de posicionamento da defesa, com Élber parando na marcação de Isla, o chileno foi ao fundo e cruzou para Arrascaeta marcar. 1-3.
O Bahia continuou tentando. Em boa virada de bola de Gilberto para Rossi, Rodriguinho acertou um canudo de canhota para fora. E ainda achou mais um gol, em nova lambança da defesa adversária. Nino deu um balão para a área, o goleiro adversário falhou feio e Élber marcou. 2-3 e fim do primeiro tempo.
Esperava-se que Roger voltasse para o intervalo com a entrada de mais um homem de meio campo, para reduzir os problemas defensivos, mas optou por manter a mesma equipe. E pagou caro por isso.
Logo no início da segunda parte, Everton Ribeiro marcou um gol em jogada de lateral, após falha grave do goleiro Anderson. A bola foi em cima dele, ele não estava adiantado e a bola não foi forte. Ridículo. Um gol tomado por um goleiro de série C, que é o lugar deste rapaz. 2-4. E com 5 minutos, o Flamengo matou o confronto. Tabelando sem marcação, Arrascaeta recebeu a bola dentro da grande área e marcou. 2-5.
Depois disso, Rodriguinho ainda tentou marcar, mas o goleiro do Flamengo defendeu. Depois, Élber recebeu 2 chances claras de marcar, e perdeu as duas. E só não foi uma goleada histórica porque o Flamengo tirou o pé, mesmo com Nino tirando bola na linha, bola na trave e etc. No fim Daniel ainda diminuiu a vergonha. 3-5 e o fim da linha para Roger Machado.
Anderson – Não tem a menor condição de ser goleiro de um time na série A. Falhou em 3 gols de forma direta. Sua manutenção ano após ano é inconcebível.
Nino – Nova partida ruim. Jogador limitadíssimo que à 3 anos é titular do Bahia. Não iremos para lugar nenhum com esse perfil de jogador.
Lucas Fonseca – Falhou feio no primeiro gol e estava perdido na marcação dos atacantes do Flamengo. Como justificar sua titularidade, depois das boas partidas de Ernando?
Juninho – Uma tragédia em campo. Errou tudo novamente. Marca com os olhos. Sinceramente, não entendo como este jogador continua sendo titular absoluto do Bahia.
Zeca – Fez uma partida muit ruim. Tomou um passeio durante todo o confronto.
Elton – Parecia que estava dopado, tamanha a diferença de velocidade dele para os demais. Só confirma que não tem condições de atuar mais na série A.
Daniel – Fez o que pode, dentro das limitações da equipe. Uma reconstrução da equipe titular passa pela sua manutenção.
Élber – Um dos piores em campo. Só quer correr com a bola no pé. Preguiçoso, desinteressado, sem qualquer virtude digna de elogios. O terceiro gol do Flamengo mostra bem seu interesse em continuar no clube.
Rossi – Fez uma partida ruim, apesar de não faltar entrega e luta.
Rodriguinho – Uma ilha de qualidade cercada por merda em volta, com raras exceções. O jogador mais lúcido do time. Quando Daniel joga, seu futebol sobe de produção, pois não precisa recuar tanto para achar os companheiros. E enquanto teve pernas foi o mais perigoso ao adversário.
Gilberto – Lutou bastante na primeira parte, apesar da péssima fase técnica.
Marco Antônio – Entrou e não comprometeu.
Jadson – Entrou e não comprometeu.
Capixaba – Entrou e não comprometeu. Deveria ter sido titular.
Saldanha – Entrou e não comprometeu.
Edson – Entrou e fez mais em 10 minutos do que Elton em 80 minutos. Como não foi utilizado antes?
Roger Machado – Teve todo o tempo do mundo para trabalhar. Encontrou as melhores condições fisicas e estruturais da história do Bahia. E não conseguiu evoluir. Ficou 16 meses no comando do Bahia sem acrescentar praticamente nada ao clube. Sequer um jogador da base lançado. Apesar de ser uma pessoa admirável, de retidão e postura digna de um profissional vencedor, não soube traduzir seus conhecimentos para o time. Se em 2019 tinha a desculpa de um elenco que não tinha sido montado por ele, em 2020 as renovações de Anderson, Nino, Lucas Fonseca, Ernando e Elton, aliado às manutenções de Wanderson, Élber e Fernandão, e as contratações de Jadson e Clayson são culpa sua também. O Bahia não conseguiria brigar pela Libertadores com estes atletas e ele insistiu com os mesmos por quase 9 meses, sem dar oportunidade à outros jogadores do time de transição, ou mesmo testar novas formações táticas. Sua demissão é justa e que veio com um atraso, para este que vos escreve, de 9 meses e para a grande maioria após a queda contra o Ceará na CNE. Mas a culpa não é só sua. Aliás, os repetidos fracassos no futebol são o reflexo do comando do futebol na gestão Guilherme Bellintani.
Diego Cerri – Precisamos dar o famoso nome aos bois. Porque não anunciou a demissão de Roger ontem? Porque não aparece nos fracassos? Porque essa proteção excessiva de Bellintani ao seu trabalho?
Sua lista de 105 jogadores contratados desde janeiro de 2017 precisa ser melhor avaliada pela torcida e pela presidência. Quando eu fiz o levantamento destes nomes, que estão fixadas no meu twitter (@59Caio88), fui muito criticado por amigos defensores da gestão GB, com a frase clássica: Isso é normal no futebol! Ele acerta mais do que erra!
Meus amigos, esse cidadão destruiu o time montado por Ney Pandolfo em 2016, despachando Tiago, Jackson, Juninho e Edigar Junio (todos adquiridos pelo clube com muito esforço), dentre outros, para trazer atletas de qualidade igual ou inferior, como Wanderson, Grolli, Elton ou Kayke, por exemplo, mesmo tendo o maior orçamento da história do Bahia. A folha salarial é quase 2M de reais mais cara do que em 2017 e o time produz muito menos.
A nossa base foi destruída, muito por um “projeto” de transição que CONTRATOU 41 jogadores, muitos deles que sequer foram divulgados pelo clube, que custaram nos 3 anos alguns milhões de reais e que renderam quase nada ao time principal (Gregore e Flávio, apesar de terem sido “anunciados” como para o time de transição, sequer jogaram neste projeto e por isso não os contabilizo nos 41 destacados).
O time de 2016 que foi destaque na Copa São Paulo foi todo dispensado por esta direção. A quantidade de reformulações feitas na base beira a insanidade. Nenhum profissional fica no clube por mais de 1 ano. Porque será? A presidência precisa avaliar seu trabalho pois se tudo é uma grande coincidência, precisa urgente trazer alguem para benzer o novo CT.
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