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Publicada em 2 de agosto de 2020 às 11:06 por Autor Genérico

Autor Genérico

Minha Análise – Ceará 3 x 1 Bahia

Meus Amigos,

Na primeira partida da final da Copa do Nordeste o Bahia foi inerte, inoperante, pífio e derrotado de forma totalmente justa pelo organizado time do Ceará por 3-1. Um banho tático de Guto Ferreira.

Antes da bola rolar, esperava-se um Ceará com as linhas baixas, marcando no seu campo para sair em contra-ataque. Ledo engano. O que se viu foi um Ceará marcando alto, pressionando a saída de bola e dificultando as ações do Bahia. Ademais, o Bahia nesta partida manteve o péssimo esquema de 2019, com dois pontas abertos (Clayson na esquerda e Élber na direita) e Rodriguinho tentando fazer a ligação pelo meio sozinho. Isso novamente se mostrou um erro gigante, pois as linhas de defesa do Ceará, muito próximas, anulavam os dribles, dobravam as marcações e impediam o avanço Tricolor. A linha alta de marcação do Ceará impedia a transição rápida da defesa para os pontas e com isso as linhas médias do alvinegro estavam prontas para anular o jogo da equipe de Roger Machado.

O jogo foi bastante truncado, com poucas chances das duas partes. O primeiro gol do jogo foi do Esquadrão. Flávio roubou a bola no meio campo, arrancou e serviu Fernandão. O camisa 20 chutou de primeira, de canhota, em falha clara de posicionamento do arqueiro do Ceará. 1-0 Bahia.

Não deu nem para comemorar. Em lance digno dos Trapalhões (revejam o lance com a musica de fundo), Capixaba e Anderson se chocaram, deixando a bola livre para Fernando Sobral marcar. 1-1.

Depois, o que se viu foi um deserto de idéias do time de Roger Machado. Um time sem alma, sem organização ofensiva, com muitos erros de passe, bolas para trás, tentativas infrutíferas de jogo pelos lados e pouca aproximação entre os atletas. Novamente pareciam jogadores estáticos, como se tivessem raízes no campo. Foi irritante o primeiro tempo do Bahia. A única jogada interessante foi um lance onde Rodriguinho se livrou de 2 marcadores (sem ninguém chegar perto para tabelar, diga-se de passagem), serviu Élber na ponta e este cruzou forte na área, com Fernandão chegando atrasado. Muito pouco para um time que se considera o maior do Nordeste, melhor elenco do Nordeste, e outras baboseiras que se repetem atualmente.

Na segunda parte, esperava-se uma mudança de postura, mas esta não ocorreu. Pelo contrário. O time continuou na letargia de sempre, querendo impor um jogo de posse de bola sem eficácia, pois não agridiu a defesa adversária, não “deu trabalho” ao goleiro em momento algum. Jogo sem alma de um time que é reflexo do seu comandante.

Para piorar, tomamos mais um gol de bola aérea. Já perdi as contas dos gols tomados pelo alto desde a chegada de Juninho ao time. O deslocamento de Lucas Fonseca para o lado direito passou a causar sérios danos ao time no jogo aéreo. Tomamos gols de cabeça a torto e a direito desde o ano passado. E nada é feito para mudar isso. Fora que temos 2 zagueiros que dificilmente vão ao confronto dos atacantes, ao combate corpo a corpo. Isso atrapalha muito o desempenho da defesa, pois os atacantes conseguem ganhar muitas bolas pelo alto. O atacante do Ceará na semifinal já havia cabeceado três vezes com perigo. Ninguém viu isso no Bahia?

Para terminar, tomamos um terceiro gol ridículo. Fernando Prass deu um chutão para frente, tentando ligar o ataque de forma direta. Matheus Gonçalves conseguiu dominar a bola, sem qualquer marcação de João Pedro, cortou o cansado lateral, deu mais uma puxada para dentro e bateu sem que um mísero cristão conseguisse travar o lance. A bola desviou em Lucas Fonseca e matou Anderson. 3-1 Ceará.

Pior do que a atuação do Bahia até o fim do jogo, triste foi ver a entrevista do treinador ao término da partida. Falar o quê sobre alguém que viu o Bahia “dominar” o jogo? Que fala em hierarquia para justificar escalações?

 

Acreditar no Bahia eu sempre acredito. Mas NESSE BAHIA, de fracassos recorrentes e constantes, sinceramente não acredito mais. Venho alertando aqui desde o fim do Brasileiro de 2019, sobre a necessidade de mudança do comando técnido do futebol, com as trocas de Diego Cerri e Roger Machado. Basta listarmos aqui a sequência de fracassos desde 2018 (Sampaio Corrêa em 2018, Sampaio Corrêa em 2019, Liverpool do Uruguai em 2019, Grêmio em 2019 sem chutar uma bola no gol durante toda a partida na Fonte Nova, todo o segundo turno do Brasileiro 2019, a eliminação para o River do Piauí em 2020 e a Copa do Nordeste em 2020, pois não acredito na reversão do placar, apesar de querer muito estar errado). O medo do rebaixamento no fim do Brasileiro voltou a rondar a cabeça deste que vos escreve, infelizmente, caso continuemos com esta dupla de fracassados no Bahia.

Anderson – Já tinha ensaiado uma braga na semifinal. Não satisfeito, deu logo duas, no primeiro e no segundo gol. Não tem como manter este goleiro no elenco mais.
João Pedro – Voltou a ser o mesmo lateral dos jogos anteriores. Partida pífia novamente. Culpa total no terceiro gol, pois largou o atacante do Ceará e depois foi driblado facilmente.
LF – Novamente uma partida regular por baixo e mal no jogo aéreo. Até quando será titular indiscutível do Bahia, se não consegue cortar uma bola pelo alto?.
Juninho – Novamente um gol de cabeça pelo seu lado do campo. Até quando se repetirá isso sem qualquer providência? 
Capixaba – Novamente, com a presença de Clayson no corredor esquerdo teve seu jogo bastante prejudicado. Fez novamente uma partida ruim. Não é coincidência. Falhou no primeiro gol do Ceará, pois deveria ter chutado a bola para a lateral quando teve oportunidade.
Gregore – Sua presença em campo tem atrapalhado o desempenho do time. Não sabe construir jogadas, não consegue colaborar com a construção do jogo pois pouco aparece na intermediária ofensiva, pouco arrisca passes para criar situações de jogo. Não infiltra, não chuta no gol, não aparece na lateral para cruzar. Sua função em campo nesta final foi nula. Sua titularidade deve ser repensada se quem comanda o time entende que precisa jogar com 2 homens que marquem e ataquem. Gregore não tem capacidade para fazer isso com regularidade.
Flávio – Único que merece elogios, pela garra na maior parte do jogo. Fez uma bela roubada de bola e serviu bem Fernandão. Acredito que Ronaldo jogando mais recuado iria favorecer o seu jogo como segundo homem.
Élber – Bastante aberto pelo lado direito, foi presa fácil para a defesa cearense. Praticamente anulado durante todo o confronto, não conseguiu colaborar com o time.
Clayson – Mais uma partida pífia. Sem alma. Sem sangue. Mais uma atuação pobre. Porque continua sendo titular dessa equipe? Pelo nome? Pelo que foi pago por ele?
Rodriguinho – Começará a ser questionado assim como Guerra foi questionado se continuarmos jogando desta forma. Isolar um jogador com essa capacidade de passes e dribles é um crime. Me pergunto até quando veremos isso no Bahia, sem que seja tomado uma providência.
Fernandão – Teve uma chance de finalizar e foi feliz. Novamente ficou à parte do confronto à maior parte do tempo, o que demonstra a incapacidade de criação do Bahia e não saber utilizar o centroavante pelo alto.
Rossi – Entrou e pouco produziu.
Daniel – Entrou e tentou organizar mais a equipe na construção das jogadas, mas não teve sucesso. tentou alguns chutes de fora da área, mas foi uma ilha cercada por ineficiência dos companheiros.
Saldanha – Entrou e pouco produziu.
Roger Machado – Continuo sem entender o porque da mudança do esquema. O medo de perder os jogos decisivos fez o Bahia involuir. A falta de coragem para mudar, fazendo 3 alterações somente é inadmissível. O título dificilmente ficará em Salvador por erros seus, que se repetem jogo a jogo. Infelizmente, sua manutenção no comando técnico do Bahia é inconcebível neste cenário. Seus erros não são mais fortuitos, são recorrentes.

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