é goleada tricolor na internet
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Publicada em 21 de agosto de 2020 às 15:20 por Autor Genérico

Autor Genérico

Minha Análise – São Paulo 1×1 Bahia

Meus Amigos,

Nesta quarta rodada do Campeonato Brasileiro, o Bahia enfrentou a equipe do São Paulo no estádio do Morumbi, empatando em 1-1. Se analisarmos apenas o placar, poderiamos dizer que um empate fora de casa contra o time paulista teria sido um bom resultado. Entretanto, pelas circusntãncias da partida, pelo péssimo momento do adversário e pela falta de ambição do time de Roger Machado, entendo que o resultado foi no mínimo frustrante.

A idéia de jogar mais recuado, com duas linhas de 4 bem compactas e deixando Rodriguinho e Gilberto apenas para incomodar a defesa adversária, num 4411, se mostrou interessante. O Bahia bloqueou as penetrações do tricolor paulista, saindo rápido em perigosos contra ataques, puxados por Rossi e Élber. As entradas de João Pedro e Zeca deram consistência defensiva e melhor saída de bola ao time, o que foi de fundamental importância para o sucesso da estratégia traçada no primeiro tempo. Esses 2 laterais achavam ora Rossi, ora Rodriguinho e o jogo fluia bem, com uma transição muito rápida e que levou perigo ao dono da casa em pelo menos 3 oportunidades. Numa bela jogada de João Pedro para Rossi, o camisa 11 cruzou e Gilberto chegou atrasado para finalizar. Depois, em outra boa jogada, Rodriguinho e Gilberto tabelaram e o camisa 10 foi derrubado na área. Pênalti claro. Na cobrança Gilberto perdeu, batendo fraco e facilitando a defesa do goleiro do São Paulo. Mas na terceira oportunidade surgiu o gol tricolor. Rodriguinho recebeu de Gregore na linha do meio campo pelo lado esquerdo e serviu Rossi com muita maestria. O camisa 11 fez o famoso facão e penetrou nas costas da zaga para dar um “tapa” com qualidade na saída do arqueiro. Bahia 1-0.

Na segunda parte o Bahia voltou ainda mais recuado, passando a atuar num 4141, com Rodriguinho ao lado de Gregore e Ronaldo entre as linhas. Esta postura chamou ainda mais o São Paulo para o campo de defesa do Esquadrão, ficando sem saídas de bola praticamente. Ademais, o desgaste físico de alguns atletas fez o nível de jogo do time cair bastante. Mesmo assim, Rossi achou Gilberto em profundidade e o camisa 9 do Bahia chutou cruzado, para bela defesa do goleiro do São Paulo. Já o time paulista apesar do grande domínio territorial e com ampla posse de bola, pouco incomodava o gol do Bahia e, nas parcas oportunidades, Douglas se mostrava seguro para cortar os lances.

O drama do Bahia começou quando o banco precisou ser utilizado. Douglas sentiu a perna e foi substituido por Anderson. Depois, Rodriguinho foi substituído por Daniel e para finalizar, saíram Gregore, Gilberto e Rossi para as entradas de Elton, Saldanha e Alesson, respectivamente. E a queda de rendimento foi nítida. Muito talvez pela insegurança no goleiro, muito pela queda física dos demais que continuaram ou pela inexperiência aliada à incapacidade dos atletas que estavam em campo, ficou claro que o Bahia sofreria muito até o final do confronto.

O recuo excessivo, a incapacidade de encaixar contra ataques, incomodar o adversário foram permitindo ao São Paulo empilhar atacantes, sem medo algum de perder o confronto. Élber ainda teve a chance do jogo, ao roubar uma bola, se livrar de outro adversário e sair de cara com o goleiro. Teve 3 opções fáceis (driblar o arqueiro para direita, esquerda ou chute no canto), mas preferiu a mais difícil. Quis encobrir com uma cavadinha um goleiro que estava praticamente em pé, esperando a decisão do camisa 7. E depois, no rebote, ao invés de tocar para Saldanha livre, preferiu dar um chute totalmente desajeitado, que foi travado. Pelo histórico de Élber com gols perdidos, ele deveria treinar mais finalizações, buscando de forma mais simples atingir os objetivos.

A equipe paulista chegou ao empate após um escanteio ridículo cedido pelo Bahia. Um cruzamento de Daniel Alves quase da intermediária, onde Anderson nem saiu para cortar e nem conseguiu orientar a defesa, João Pedro acabou colocando pela linha de fundo. Na cobrança, Carneiro desviou e Luciano, livre de marcação, completou. 1-1. O detalhe do gol foi que Anderson antes da cobrança de corner avisou que Luciano estava sozinho, Juninho não estava marcando ninguém na cobrança e Zeca, que parecia não ser o responsável para pegar Luciano (até pela altura), chegou atrasado na marcação. Um erro coletivo de time que não tem qualidade para brigar por algo maior que o 10º lugar do campeonato. Logo depois, quase o Bahia tomava a virada. Reinaldo foi ao fundo e cruzou rasteiro. Pablo chegou sozinho na pequena área, novamente sem marcação de Juninho, e conseguiu perdeu um gol feito.

O Bahia ainda teve duas chances boas de marcar. Alesson entrou sozinho, basicamente na mesma posição de Gilberto, mas conseguiu chutar para fora, longe do gol. Depois, após escanteio curto, Élber fez uma boa jogada pela esquerda e chutou cruzado. A bola desviou em Daniel Alves e tocou na trave, saindo para novo escanteio. E esse novo escanteio merece um capítulo à parte. O jogo já estava no seu final. Já tínhamos feito uma jogada de passe curto, onde Élber acertou a trave. Os 2 zagueiros vão para a área, e o São Paulo estava sem zagueiros praticamente, além de termos marcado 2 gols de escanteio no último jogo, um deles no último minuto. O que o jogador do Bahia faz? Novamente uma jogada de escanteio curto, sem qualquer explicação, que quase deu contra ataque. Fim de jogo e uma sensação de impotência, de raiva até pela postura covarde do time. A falta de ambição de alguns atletas vem sendo alertada já tem um tempo e a manutenção desta postura em nada condiz com o discurso da Direção de que vamos brigar por coisas maiores do que o 10º lugar. Deste jeito, com medo de ganhar do pior São Paulo que eu já vi, em 39 anos de vida, fica difícil.

Pelo menos somamos mais um ponto rumo aos 45, necessários para a manutenção na Série A. Só espero isso este ano. Se vier mais, é lucro. Estou cansado de falsas promessas. O discurso de Élber no fim só corrobora o que eu penso sobre esse elenco.

Douglas – Apesar de uma saída de gol equivocada na primeira parte, fez uma partida muito segura embaixo da trave. Torço para que a lesão não seja grave e logo retorne ao gol tricolor. E que vá tomar um banho de folha urgente. Precisa parar de se machucar.
João Pedro – Foi bem na defesa, sempre bem postado. No primeiro tempo ainda conseguiu achar Rossi duas vezes, levando perigo ao adversário. Na segunda parte, muito pela falta de opções dos meias, pouco produziu na frente.
Ernando – Fez uma partida muito regular. Sua titularidade é incontestável. Joga simples, sem passes arriscados, mas faz bem os cortes quando necessário.
Juninho – Fez uma bela partida. Um dos melhores em campo. Mas inexplicavelmente em 2 lances quase pôs tudo a perder. Não que a culpa tenha sido só dele no gol de empate, mas entendo que deveria estar marcando alguém naquele lance.
Zeca – Fez uma partida bem interessante. Pelo seu lado pouco o São Paulo produziu. Ainda foi bem no início das ações ofensivas. Mas ficou prejudicado pela falta de opções dos meias na segunda parte. E ficará marcado pelo gol, pois estava longe da marcação de Luciano, em que pese não parecer que ele era o responsável direto para anular o mesmo.
Ronaldo – O mais lúcido durante 90 minutos. Marcou muito bem, fez desarmes interessantes e com poucas faltas. Titular absoluto.
Gregore – Estava bem na partida até cometer uma falta desnecessária no campo de ataque, que poderia ter causado a expulsão. Depois disso, se perdeu em campo e precisou ser substituído.
Élber – Foi bem na construção das jogadas, mas péssimo nas finalizações, mais uma vez. Sua incapacidade de transformar os lances que produz em gols é algo impressionante. Sua renovação merece ser melhor avaliada, até pelo valor que ganha no clube.
Rossi – Fez uma partida razoável, do ponto de vista técnico e tático. Muita entrega, luta e que desta vez o presentearam com o gol. Precisa aguentar os 90 minutos, pois será muito importante nas partidas.
Rodriguinho – Tecnicamente é o melhor jogador do Bahia disparado. Os adversários o respeitam, os jogadores do time sabem que vão receber a bola com qualidade. Mais um passe excelente e seu entrosamento com Gilberto vai ser o diferencial deste time. Mas não pode jogar tão longe do gol, como atuou na segunda parte. Precisa ser melhor posicionado por Roger, para que não se desgaste tanto e aguente os 90 minutos.
Gilberto – Teve duas oportunidades claras de marcar mas não foi feliz. Bateu mal o pênalti, meio sem confiança e depois o goleiro fez uma bela defesa no seu chute cruzado. Mas foi bem no jogo e irá ser um dos pilares do time em 2020.
Anderson – Entrou e deixou todo o sistema defensivo inseguro. Com sua tradicional cera, ameaças falsas de sair do gol, não é goleiro para um time do porte do Bahia na série A, se quisermos pensar em algo maior que o 10º lugar. Alguém destacou bem no twitter. Douglas machuca muito. Então precisamos de um goleiro reserva de melhor nível. Acho até que Claus merece uma oportunidade.
Elton – Entrou e não comprometeu. Ainda ajudou nas bolas aéreas.
Daniel – Entrou apagado. Parecia não estar 100% bem e não acrescentou muito ao ataque.
Alesson – Teve a chance de fazer o 2-1, mas chutou muito para fora. Ainda acanhado, talvez por jogar na Série A, precisa acreditar mais em si, arriscar mais dribles e chutes, pois as oportunidades quando surgem não pode ser desperdiçadas.
Saldanha – Entrou e brigou bastante. Até incomodou a defesa do São Paulo. Poderia ter feito o 2-1 se Élber rolasse a bola.

Roger Machado – A estratégia para o jogo foi boa e bem executada na primeira parte. Entretanto, a postura do time, extremamente defensiva na segunda parte prejudicaram a estratégia de jogo. Se precisamos de melhores peças no elenco, a Direção tem que ser cobrada o quanto antes. Alesson e Saldanha, mesmo com toda a luta, não podem ser as únicas opções de ataque do Bahia na série A. Anderson não merece ser o primeiro reserva.

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