é goleada tricolor na internet
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Publicada em 20 de maio de 2013 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Não somos uma torcida qualquer

Um estádio cheio de torcedores pacificamente organizados para ver ninguém em campo, dois dias depois de deixar um estádio às moscas quando um time que não nos representa estava lá para dar vexame novamente. Isso é fazer história!

Não somos mesmo uma torcida qualquer.

A emoção do momento foi indescritível. Somente quem esteve presente no evento inédito na história do futebol brasileiro pode saber o que é encher um estádio de torcedores conscientes do real problema por que passa o clube de seus corações –que ultimamente só é motivo de vergonha–, pouco depois de ter propositalmente deixado o estádio às moscas como forma de protestar contra uma forma de gestão que não os representa.

A plateia foi ao delírio com o pronunciamento da primeira dama Fátima Mendonça –o mais aplaudido de todos–, vibrou com o depoimento do governador Jacques Wagner, delirou com a gravação do prefeito ACM Neto, enalteceu a presença da senadora Lídice da Mata, do deputado federal Pellegrino, do deputado estadual Uziel Bueno (que, claramente, foi o mais assediado pelos torcedores, depois de Bobô e Paulo Rodrigues), e do vereador Hílton Coelho, que finalmente se comprometeram cabalmente na luta até o final pela democracia.

Eu, particularmente, me emocionei com a presença do veterano lutador contra a ditadura militar Joca Teixeira Gomes, filho do primeiro goleiro e fundador do Bahia, o grande Teixeira Gomes. Fiz questão de abordá-lo ao final do evento e declarar que ele é um ícone nessa luta por liberdade e democracia. Não que sua grandeza precise desse elogio vindo de alguém tão insignificante para se afirmar na história.

Acredito que nunca houve outra oportunidade na nossa história em que uma frente tão abrangente e apartidária como esta foi formada em prol do bem comum. Só faltou a presença de representantes do PMDB baiano para que todas as correntes políticas estivessem representadas nesta luta da torcida do Bahia.

O PMDB da luta pelas diretas na época da ditadura militar não esteve presente, uma pena!

Fica a dúvida: o PMDB apoia a forma como o Bahia é gerido ou sua ausência no evento foi apenas fruto da conjuntura? Isso precisa ficar claro para a torcida: de que lado está o PMDB baiano? O lado da torcida ou do outro lado?

Aliás, a manchete da Tribuna da Bahia do sábado estampa bem o conflito: “Um homem contra uma nação”. Com meus botões, penso: só a história dirá quem venceu, mas sei de uma coisa: Nós somos a torcida do Bahia!

Por isso, a permanência dessa forma de gerir o Bahia, não será apenas uma vitória deles, mas será uma derrota cabal e humilhante do prefeito ACM Neto, do governador Wagner, da senadora Lídice, do deputado federal Pelegrino, do deputado estadual Uziel Bueno, do vereador Hilton Coelho e, principalmente, de toda a nação tricolor.

Uma palavra sobre o movimento: ele deixa claro que não é contra ninguém de forma pessoal, como alguns querem fazer transparecer, mas a favor da total democracia no clube. O movimento quer apenas dar voz ao torcedor e é por isso que me senti tão representado por aqueles torcedores amordaçados no vídeo.

“Não somos uma torcida qualquer. Nós somos a torcida do Bahia!”

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