O Presidente do Bahia contratou um treinador de métodos contrários ao discurso no início da sua gestão, que seria um time sem medo e pra frente. Ocorre que o óbvio o forçou a demiti-lo e agora está no mercado em busca de um outro treinador. Enquanto isso, faz uma experiência com Preto.
Não ficarei surpreso se em caso de triunfo neste domingo, contra o São Paulo, Preto Casagrande for efetivado… nem que seja até a próxima derrota. No Brasil é assim, não?! Treinador paga pelo fracasso do todo porque não lhe é dado o direito de fazer um trabalho a médio prazo sequer.
Preto sabe exatamente as virtudes e defeitos de cada jogador, se dá bem com todos e precisa da colaboração do grupo, e, se esse grupo o abraçar, passo a acreditar num Bahia mais afeito ao esquema que Guto Ferreira deixou como legado para o discípulo. Tomara!
O jogo contra contra o São Paulo será divisor de águas para as pretensões do Bahia e do seu treinador interino. Antecipadamente, já desejo boa sorte ao Preto Casagrande.
INVESTIMENTO NAS DIVISÕES DE BASE
Primeiramente: em que ponto está o novo CT em Dias d’Ávila? O Bahia só terá uma grande divisão de base se tiver um grande centro de excelência e, claro, com profissionais do ramo e não com pessoas que estejam ali por indicações políticas.
Para disputar títulos nacionais, tem que investir na formação de valores. Formar o homem, o jogador, o profissional enfim, trará consequências estabilizadoras para o futebol e o clube como núcleo. É só ter um eficiente projeto com profissionais dedicados exclusivamente à célula, que tem de ter vida própria.
Tem que arriscar, tem que ousar, tem que inovar, tem que investir pesado nessa estupenda marca que é o Bahia se o quiser diferente do que é atualmente, e isso passa por resolver o novo CT que ao contrário do informado parece processo estacionado.
Quero ver o discurso de posse ser colocado em prática, ou seja, fazer do Bahia um clube grande dentro dos parâmetros modernos do futebol. O fundamental para isso é profissionalizar completamente a diretriz da Divisão de Base.
A torcida quer time de estrelas, mas o clube não pode dá-las porque dinheiro em caixa não há. É verdade que o orçamento deste ano bateu nos 100 mi devido ao contrato com o Esporte Interativo por conta de 2019. Como foi gasto esse dinheiro, não entro no mérito, porque nenhuma dúvida tenho dos dirigentes. Agora, se foi mal aplicado ou não o orçamento, aí são outros quinhentos.
Essa retórica da política de “pés no chão” de Marcelo Sant’Ana não agrada a ninguém! Isso é coisa cultural de dirigente fazer time de “boleirão” e brigar para não ser degolado. Admito até que o Bahia administrativamente melhorou. Mas jamais concordarei com a forma como o Futebol é tratado pelo presidente do clube.
O mandato de Sant’Ana já está acabando e continua devendo “A vez do futebol”, seu discurso de posse. Isto servirá até como exemplo para que o futuro presidente tricolor saiba o que vai falar, prometer, fazer e como quer tratar o Bahia. Mais um para que o Bahia abra naturalmente as portas do seu mundo pessoal não é do que o Bahia precisa.
Ser presidente do Bahia tem um significado muito magnifico, talvez o segundo cargo mais importante do Estado. Porém, antes de cuidar da imagem pessoal junto à imprensa nacional, tem que cuidar da causa a que se propôs, porque o resto virá de forma natural para a pessoa do presidente do clube.
Não dá mais para aguentar dirigentes apenas razoáveis. Ser ousado não significa ser desonesto e nem irresponsável. O Bahia necessita de alguém que a partir de janeiro — pode ser até o atual — consiga balançar a massa com um projeto de clube grande e não de time mediano estigmatizado pelo simples fato de pertencer a uma região menos poderosa economicamente.
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