O Bahia começa o ano de 2016, administrativamente falando, com um pé na frente apesar da série B que por si só já causa terror aos dirigentes e à torcida devido às dificuldades que ela arrasta consigo. É um mal necessário a série B, por todos os medos que ela incute nos dirigentes, mas que na mesma proporção do medo acaba ensinando de algum modo a esses dirigentes como planejar melhor um clube de futebol saindo de uma divisão inferior para a elite com sustentação planejada — é o que deduzo que deve acontecer com o Bahia.
O presidente tricolor nesse início de ano ratifica a seriedade com a qual vem conduzindo o clube demonstrando responsabilidade. A construção sem um bom alicerce estará sempre sujeita ao desmoronamento, por isso é que esse clube precisa ser reconstruído com um planejamento dotado de todos os cuidados para evitar recaídas. O imediatismo histórico já pesa tanto sobre o Bahia que se tornou insuportável, e a consciência que hoje se tem desse incômodo é que vem transformando pra melhor o Bahia, pelo menos em ideias.
Marcelo Sant’Ana pode ser pintado pela diversidade do gosto do torcedor de todas as cores; uns gostam, outros não, alguns admiram seu estilo e outros detestam. Isso é natural porque o Bahia é um clube de massa e consequentemente muito complexo por essa heterogeneidade. Porém há que se olhar a instituição representada por Marcelo, e não a sua figura. Se ele encarna aparentemente um espírito vaidoso e prepotente que precisa de mudança, essa é uma atribuição que cabe exclusivamente a ele modificá-la, ou não.
O que me faz crer que a trilha está correta são notícias como as transcritas abaixo, pois, se os de fora credibilizam o dirigente tricolor ao ponto de cogitá-lo como presidente de uma organização da qual ele é membro, não serei eu que vou dizer que ele não faz um bom trabalho no Bahia. Faz sim, pode não estar sendo refletido no futebol, mas no clube está e a consequência disso chegará ao objetivo que é o time em campo:
“Presidente do Bahia foi o responsável por elaborar o esboço de estatuto da associação de clubes que deve ser lançada em breve. Por isso, diante da atual conjuntura, os clubes cogitam lançar um candidato próprio. Mesmo embrionário, o movimento conta com três nomes que atraem simpatia: Romildo Bolzan Jr., do Grêmio, Daniel Nepomuceno, do Atlético-MG, e Marcelo Sant’Ana, do Bahia”. (ecbahia.com)
E tem mais, dito pelo presidente do clube sobre a Cidade Tricolor, que é fruto de uma concepção muito feliz, futurista sim, assim como creio que o presidente atual também seja um futurista com largas ideias, que dá para deixar a torcida esperançosa em relação à grandeza do Bahia, senão vejamos:
“O Bahia tenta acordo com a OAS. Não é fácil, a OAS está em situação de recuperação judicial. O Bahia também entrou com processo para garantir a Cidade Tricolor. O Bahia ficou em situação de insegurança, algum credor poderia querer esses patrimônios. Fazendão, Cidade Tricolor e um terreno no Jardim das Margaridas. A OAS não pode disponibilizar esses bens para outra pessoa. A Transcon, que era o pagamento inicial, o Bahia dispõe. Está em posse completamente. A OAS precisa sinalizar que pode cumprir a parte dela. Estamos buscando a solução. Não é fácil. O acordo original foi muito mal feito. Questionamos ele na ação”. (ecbahia.com)
Bem, se o acordo original foi mal feito, muito pior foi a desastrada administração anterior que acabou transferindo para a OAS todo o patrimônio tricolor e ainda levou o clube à Segunda Divisão. Mas neste momento o importante é o resgate e é isto que tenta o presidente Marcelo Sant’Ana, que precisa trabalhar a reconstrução como se estivesse lançando a pedra fundamental no clube. Agora, um projeto cuidadoso necessita de toda a compreensão do torcedor porque trata-se de algo sustentável, e só assim o Bahia será do tamanho da sua história.
SALVADOR
O soteropolitano tem mesmo que estar contente com a sua cidade. O Prefeito ACM Neto vem dando show de administração e seriedade com a chamada “coisa pública” e a cidade vai ficando cada vez mais bonita. A Orla de Salvador, ainda por concluir, já encanta os ciclistas, adeptos do Cooper e deixa os bairristas felizes. De São Tomé a Itapoan a cidade mostra igualdade social. Parabéns, Salvador!
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