é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia
Publicada em 29 de março de 2019 às 09:08 por Autor Genérico

Autor Genérico

O Sobrenatural do Almeida

O torcedor é realmente um fenômeno em se tratando de humor e paixão. Se seu time está mal, ninguém presta, desde o presidente à comissão técnica e jogadores. Se de repente tudo muda e seu time passa a vencer, então o sentimento se transforma completamente, as vaias somem e pode até surgir quem arrisque dizer que tem jogador em seu time sendo injustiçado por Tite.

Acho a vaia um instrumento de protesto legítimo do torcedor, mas não durante o jogo, porque isso só piora o que já está complicado. Vaiar não ajuda em absolutamente nada ao time em campo. Esse recurso insensato só beneficia o adversário. É uma pena que a paixão do torcedor não o deixe notar isso.

Os protestos com vaias estridentes e volumosas pra cima de Enderson foram tão agudos que cheguei a opinar contra a permanência do treinador achando que ele não mais reunia condições psicológicas para comandar o Bahia. Enderson foi prestigiado e os seus comandados resolveram jogar mais…  

A torcida entretanto admitiu, mas ainda não aceitou. A relação da torcida com o técnico é de “tapas e beijos”. Agora mesmo estão bem e nem se fala em “tapas”. Em “beijos” também não. É seguir a ordem da razão porque em time que está ganhando não se mexe.      

Já a minha avaliação sobre o treinador do Bahia continua sendo a mesma: acho-o sério, trabalhador, dedicado, e competente… Isto é, só até dentro do vestiário. Daí em diante tenho minhas restrições sobre essa competência.

Embora com os últimos resultados o Bahia tenha se credenciado – coisa que não acontecia até o jogo com o Jequié –  para conquistar o primeiro campeonato do ano, continuo com a mesma opinião de que Enderson não é treinador de beira de campo, não tem o olho clínico de um estrategista para identificar o que não está funcionando taticamente num determinado momento de um jogo e mudar.

Nesse “tira Enderson” e “fica Enderson”, uma coisa que me chamou a atenção foi o fato de um pacto ter sido formado pelos jogadores, às vésperas da partida contra o Jequié, para que a partir daquele momento as coisas mudassem positiva e radicalmente. Dito e feito. A goleada contra o Jequié ratificou o compromisso assumido e o time não parou mais de ganhar…

Mas por que raios esses pacto não foi feito anteriormente se de repente e não mais que isso, o time saiu do purgatório para o céu como num passe de mágica?  Estranho… mas deixa isso pra lá. Futebol com seus bastidores resume-se àquela “caixinha de surpresas” que jamais desvendaremos.

Será que quando Nelson Rodrigues partiu dessa para outra dimensão, teriam seus personagens, o Sobrenatural do Almeida e o Gravatinha, vindos morar na Bahia?  

– O Sobrenatural do Almeida é um personagem do saudoso escritor Nelson Rodrigues. Ele é um fantasma que seria responsável por tudo de ruim que acontecesse com o Fluminense Football Clube, time do coração do cronista, e só aparecia nessas fases ruins quando tudo conspirava contra o Fluminense. Já o Gravatinha, outro também personagem de Nelson Rodrigues, quando aparecia no estádio era prenúncio de triunfo do Fluminense.

– É… pode ser que o Sobrenatural do Almeida tenha sido expulso do Fazendão pelo Gravatinha e voltado para o Rio de Janeiro para ajudar o Flamengo com aquele pênalti presenteado pelo jogador número 4 do Flu. Aquilo só pode ter sido obra do Sobrenatural do Almeida! Que o Gravatinha acompanhe Enderson e o Bahia durante todo este ano.  São meus votos.  

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Você está satisfeito com Ronaldo como goleiro titular?
todas as enquetes