é goleada tricolor na internet
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Publicada em 15 de agosto de 2024 às 14:19 por Djalma Gomes

Djalma Gomes

O time é o mesmo

Aplicação, responsabilidade e comprometimento, três contratações que faltavam ao Bahia. O time é o mesmo, as condições são as mesmas e o treinador também é o mesmo, então… O turbilhão de espingardas de pólvora direcionadas para Rogério Ceni, a cada resultado negativo, não leva à solução alguma e nem o atingirá porque a longa experiência no futebol já o imunizou.  Ceni tem o elenco em suas mãos, uma retaguarda com toda a segurança e paradoxalmente em desalinho com a cultura do futebol brasileiro que a cada prenúncio de má fase demite o treinador – no Bahia, o treinador é blindado e nem adianta pressionar.  

– A propósito, o Nordeste vem dando aulas de organização no futebol empresa ensinando como gerenciar clubes. Bahia e Fortaleza são exemplos indeléveis, destacando-se a longevidade do Juan Pablo Vojvoda no comando do Fortaleza. Não tenha dúvidas, Rogério Ceni segue os mesmos passos para essa longevidade e só sairá do Bahia se for catastrófico.  

Um treinador não pode ser culpado quando seu time faz um jogo sem atitudes precisas e diferentes da orientação técnica, nesse ponto Ceni não foge às regras e nem treina seu time a favor de egos individuais, pelo contrário, o sarrafo de exigência fica muito alto porque ele treina para que a individualidade favoreça a filosofia do modelo implantado já que o planejamento da comissão técnica tem como objetivo fazer acontecer o que se discute e se treina exaustivamente.  

Porém, como nem tudo é perfeito, existe sim, a parcela culposa do técnico Tricolor quando ele age teimosamente – admito, mas não aceito teimosia como qualidade natural de quem confia nas suas próprias convicções e não cede, há que se flexibilizar também –, por exemplo; não dá para entender Ceni não lançar jogadores da base que atualmente pedem passagem. Fico pasmo quando o ouço falar em elenco curto – em detrimento desses garotos.  

É saudável corrigir essa deficiência que influi na eficácia ao invés de acreditar na improvisação quando na verdade o treinador dispõe naturalmente de jogadores para as respectivas vagas. Isso até lhe pouparia da mesmice nas coletivas com a imprensa, tentando explicar deficiências do time no quesito performance, quando essas acontecem.  

É muito claro quando o técnico Tricolor sente a necessidade de recorrer à Base tentando soluções pelas mãos da emergência e é correspondido sem nenhuma decepção. Mas em favor de um protecionismo, que não combina com a filosofia do próprio Grupo City, que investe muito nas divisões de base, a ascensão do jovem esmaece no excesso de zelo de Rogério Ceni. A questão é, porque não tentar quando o clube mais precisa. Ruan Pablo; Roger; Sidnei; Deo e Tiago precisam das mesmas oportunidades que são dadas a Lucho Rodriguez – nada contra o Lucho, pelo contrário. É inadmissível na atual conjuntura do Bahia pensar diferente da coerência. 

No Barcelona, Lamine Yamal, foi lançado aos 16 anos de idade e aos 17 já é titular da Seleção Espanhola; no Palmeiras, Endrick  apareceu aos 16 anos; Estêvão aos 17; Luís Guilherme aos 18; no Flamengo Lorran foi lançado aos 17 anos; Cauã Elias, do Fluminense, tem 18 anos e já está efetivado por Mano Menezes. O que dizer? Trazer o staff técnico do Xerém – base de formação do   Fluminense – para o Bahia e, ironicamente, ver mais um menino do Xerém fazendo o gol que derrotou o Esquadrão, enquanto os nossos meninos assistiam o jogo pela tv, foi um tanto quanto irônico. 

Como torcedor, sou um admirador de carteirinha do técnico Tricolor. Confio muito no sucesso do Bahia sob a “batuta” de Rogério Ceni, porém, como colunista, jamais renuncio à crítica construtiva, isenta. O que traz de benéfico a uma jovem promessa igual ao Roger, ser relacionado e lançado numa fogueira – jogo contra o Sport –, jogar em alto estilo como se veterano fosse, para depois não mais ser aproveitado, isto é, preservação ou queimação? Fica a dúvida para reflexão, sem inflexões.  

LUCIANO RODRIGUEZ 

Não cobre desse jogador pelos $$$ que ele custou, não agora. O Lucho ainda se encontra no estado de amadurecimento. Vai crescer tecnicamente muito, mas precisará do apoio da torcida para estar de acordo com as expectativas. Não se ambientou adequadamente ainda. Contra o Botafogo saiu do banco para vencer as críticas e classificar o Bahia em alto estilo, em perfeita sintonia com Biel e Everton, numa jogada para tela de cinema. Tem potencial para muito mais, mas isso passa pela compreensão do torcedor. Vamos apoiá-lo. 

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