O infame Calígula – um despreparado, afeminado, desequilibrado e filhinho de papai tirano que herdou o império Romano sem merecimento -, em seu ápice de insolência nomeou seu cavalo preferido, Incitato, senador romano.
Há referências históricas, como o historiador Suetônio, que apontam que o conselheiro cavalo (não confundir com o cavalo do conselheiro), Inicitato, possuía quase duas dúzias de criados pessoais, usava colares de pedras preciosas e tinha a prerrogativa de dormir coberto em lençóis púrpuros, cor exclusiva da autoridade imperial.
Contudo, não há referências legítimas de que Incitato, o cavalo senador, tenha algum dia realizado alguma declaração pública que pudesse prejudicar o tirano Calígula, nem mesmo o império Romano.
Apesar de senador, o cavalo Incitato jamais deu maus conselhos ao tirano imperador, pelo que se saiba. Por isso, em gratidão aos seus serviços prestados à pátria romana, o tirano, afeminado, incestuoso e desequilibrado imperador romano Calígula, ponderou nomeá-lo cônsul.
Tudo bem, o mauricinho, filhinho de papai imperador Calígula foi assassinado pela guarda pretoriana e o cavalo Incitato teve que retornar ao ostracismo e à vida sem as regalias imperiais, pelo que me consta.
Talvez, se os romanos tivessem sido pacientes como os baianos, o cavalo conselheiro Incitato tivesse passado em torno de doze anos ininterruptos na administração romana, e chegasse tanto.
Na semana passada, tivemos o desprazer de ouvir um conselheiro manchar a imagem de um clube, infringindo seu estatuto de maneira irresponsável. Acredito que nem mesmo Incitato, o cavalo senador, teria uma atitude assim.
Apesar de ter provado discernimento menor que o de Incitato, o tal conselheiro tem regalias semelhantes às do conselheiro cavalo, já que se diz que é o único conselheiro remunerado do mundo, tendo carteira assinada e direitos trabalhistas garantidos por seus excelentes serviços prestados aos imperadores, pai e filho, do tal clube.
Para que não restem dúvidas de que o tal conselheiro chegou mais longe que o cavalo Incitato, é preciso informar que ele foi aclamado, sem votação legítima, como presidente do conselho deliberativo pelo mauricinho imperador filho do tal clube.
Incitato ficou para trás neste quesito deste derby de conselheiros exóticos, já que o filhinho de papai Calígula, imperador de Roma, recuou da tentativa de torná-lo cônsul, enquanto o filhinho de papai imperador do infortunado clube insiste em ouvir conselhos do tal conselheiro.
Para não restar dúvidas sobre a cavalgadura do tal conselheiro, o imperador do clube o agraciou com uma tentativa de mudança de estatuto a fim de torná-lo conselheiro vitalício.
Com meus botões, fico a me questionar: quem, em sã consciência, ouviria conselhos de um cavalo? Um caso desse não daria ensejo à interdição do sujeito em instituição de tratamento para débeis mentais? Ainda mais grave: um imperador de um clube popular, que se aconselha com um cavalo, tem futuro?
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Falando de Bahia: quando nos livraremos de Aciolys, Marcelos pais e filhos, Maracajás, Petrônios (que Deus o tenha), Cerqueiras, Ismerins, Passos, Pernerts e afins?
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O abaixo-assinado da Revolução Tricolor está um sucesso: dez em cada dez tricolores abordados concordam e assinam sem hesitar.
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